Chapada Diamantina
Planejando sua viagem à CHAPADA DIAMANTINA
Sempre que nos encontrávamos com outros viajantes, eles nos perguntavam se já conhecíamos a Chapada Diamantina. Imediatamente após o nosso “Não”, vinha o entusiasmado conselho: “Vocês precisam ir para lá!”. Não tínhamos ideia de quando, mas sabíamos que um dia deveríamos visitar este lugar turístico. Outro motivo que nos convenceu a visitá-la foi a variedade de atividades de natureza de média exigência. Proposta ideal para dois “jovens” com um pouco mais de 60 anos de idade.
Junto com um casal de amigos, desfrutamos de seis dias completos explorando diversos encantos da região. Optamos por duas bases para a nossa permanência na região: Mucugê, localizada mais ao sul, onde passamos três noites, e Lençóis, nossa segunda e última cidade-base, onde ficamos por quatro noites. Durante o período da nossa viagem, tivemos a oportunidade de conhecer parte da região de maneira tranquila. Contudo, é importante que todos saibam que a Chapada Diamantina é uma área vasta e mesmo um mês de visitação não seria suficiente para explorar todos os seus atrativos.
Finalizando a abertura deste post, salientamos que nossa ida pra lá se deu no mês de junho, na semana dos festejos de São João, o que, com toda certeza, tornou ainda mais interessante a nossa viagem.
Casal VisiteiGostei
Neste post, você encontrará os seguintes tópicos:
• Sobre a Chapada Diamantina
• O que levar
• Como chegar
• Dicas de viagem: O que fazer na Chapada Diamantina
• Quando ir à Chapada Diamantina / Melhor época para visitar
• Hospedagem
• Eletricidade e tomadas
• Transporte
• Saúde
• Segurança
• Alimentação
SOBRE A CHAPADA DIAMANTINA
Durante séculos, a região norte da Chapada Diamantina foi conhecida como a maior área de mineração de ouro e diamantes do Brasil. Hoje, é um dos destinos turísticos mais bonitos do país. É uma pena que ela ainda seja um destino desconhecido por muitos brasileiros. Há muita verdade nos versos de Aldir Blanc e Maurício Tapajós, em sua canção Querelas do Brasil, imortalizada por Elis Regina: “O Brazil não conhece o Brasil / O Brasil nunca foi ao Brazil”.
Distante 394 km ao sul de Salvador, a Chapada Diamantina está localizada no centro do estado da Bahia. É considerada um dos parques nacionais mais gloriosos do Brasil. Desenvolvida e povoada no século XVIII, as descobertas de diamantes inspiraram seu nome. É uma região baiana formada por 24 municípios. Antigo paraíso dos garimpeiros de diamantes, ela é um parque nacional de 1.500 km² (maior que muitos países!) formado por montanhas que chegam a 1.700 metros de altitude, abrigando uma grande variedade de ecossistemas, alguns desérticos como o Cerrado e a Caatinga, mas também áreas de floresta úmida da Mata Atlântica. O que você tem que ter em mente antes de decidir ir a este destino é que ele é enorme e tem muitos, mas muitos lugares para serem visitados.
A área chama a atenção pelas belezas naturais como cachoeiras, grutas, piscinas naturais, paredões rochosos, vales e fauna diversa. Os rios que atravessam a Chapada Diamantina formam, em alguns pontos, piscinas de água límpida e doce, ideais para se refrescar diante do sol escaldante do Nordeste brasileiro. Ao redor do parque, lindas cidades coloniais, como Lençóis e Mucugê, também merecem um passeio, independentemente de ambas serem as melhores opções para se hospedar e se alimentar. Como se não bastasse toda sua beleza, o parque possui ainda mais de 300 km de trilhas para caminhadas, construídas por ex-mineiros e hoje mantidas por guias turísticos. Os caminhos abertos na época do garimpo são hoje trilhas maravilhosas para se fazer trekking (de até vários dias!) durante uma viagem a este lugar.
Sem pagar nada a mais por isso, faça suas reservas através de nossos links. Apoie este blog.
O QUE LEVAR
√ Roupas leves e confortáveis (dê preferências às que sequem rápido)
√ Roupas para sair à noite (sem muito luxo)
√ Traje de banho e chinelo de dedos
√ Agasalho (esfria em pontos altos e à noite)
√ Boné ou chapéu
√ Sapatilhas aquáticas (protegem os pés ao caminhar por pedras e na água)
√ Protetor solar
√ Repelente (de passar no corpo e aqueles que vão na tomada)
√ Câmera fotográfica/celular
√ Powerbank
√ Capa à prova d’água para celular
√ Saco estanque (bolsa impermeável)
√ Conversor (caso algum de seus aparelhos eletrônicos não possa ser ligado em 220 volts)
√ Medicamentos de uso contínio e os que podem ser úteis
COMO CHEGAR
Partindo de Salvador, você pode chegar à Chapada Diamantina de ônibus, carro alugado ou traslado.
Ônibus – Das cidades da Chapada Diamantina, Lençóis é mais fácil de chegar de ônibus a partir de Salvador. Ônibus diretos saem do Terminal Rodoviário de Salvador para Lençóis várias vezes ao dia com a empresa de ônibus Rápido Federal ou Real Expresso. A viagem tem 420 quilômetros e leva cerca de 7 horas. Você pode comprar as passagens de ônibus antecipadamente. Você também pode chegar à Chapada Diamantina partindo do Rio de Janeiro ou de São Paulo, mas ambas as viagens de ônibus levam mais de 35 horas.
Traslado – Das opções, a mais cômoda é fechar um pacote com uma agência de viagens para todos os dias que estiver na Chapada Diamantina. A partir disso, combinar os traslados para eles lhe buscarem e devolverem no aeroporto de Salvador. Esta modalidade só se faz viável se houver mais gente com você ou, então, se der certo de conseguir entrar em um grupo com outras pessoas. Agências lhe colocarão em uma Van com outros turistas. Já alguns guias credenciados aceitam transportar de duas a quatro pessoas em seu próprio carro.
Locação de veículo – Optamos por alugar um carro no aeroporto de Salvador, uma escolha que consideramos a mais adequada para o nosso grupo de quatro pessoas. Além de proporcionar comodidade e liberdade, o veículo se revelou essencial em todos os nossos passeios. Você também pode alugar um carro em Mucugê ou Lençóis, mas o preço é consideravelmente mais caro.
Iniciamos nossa jornada ao pegar o carro no aeroporto, visto que nosso destino para a primeira hospedagem se daria no município de Mucugê. A rota nos levou em direção às bem conservadas rodovias BA-245 e BR-116, com poucas praças de pedágio. O trecho totaliza 445 km, geralmente concluído em cerca de seis horas de viagem, excluindo as eventuais paradas ao longo do caminho.
Para garantir a disponibilidade de um veículo, especialmente se sua viagem coincidir com um feriado ou data festiva, como foi o nosso caso, recomendamos fazer a reserva com antecedência.
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DICAS DE VIAGEM CHAPADA DIAMANTINA
O QUE FAZER NA CHAPADA DIAMANTINA
Considerações para a realização dos passeios:
√ Sem um carro, você dependerá do veículo das agências e dos guias turísticos do Parque Nacional, uma vez que não é possível chegar a pé à maioria das atrações.
√ A Chapada Diamantina tem muitas trilhas para explorar, mas muitas delas não estão sinalizadas ou têm um percurso pouco demarcado. Com isso, você necessitará da ajuda de alguém que conheça os caminhos.
√ Nem todos os atrativos possuem infraestrutura adequada e as distâncias entre eles podem ser bastante longas.
√ Alguns passeios podem ser feitos sem guia turístico, em outros é recomendada a participação de um guia e alguns poucos exigem a presença de um guia credenciado local acompanhando os visitantes. Para cada ponto turístico deste post, sinalizaremos a necessidade ou não de um guia.
√ As principais cidades da Chapada Diamantina possuem associações dos condutores e guias credenciados a organizar passeios pelo parque. Você pode contatá-las ou combinar diretamente com um guia credenciado.
√ Se for alugar um veículo pequeno, esteja em até quatro pessoas. Sendo cinco o limite máximo de passageiros, ainda sobra uma vaga para o guia.
√ As estradas para o percurso Salvador – Mucugê – Lençóis – Salvador são asfaltadas. No entanto, a maioria das vias de acesso às atrações é de terra. Isso torna ainda mais vantajoso visitar a região durante a estação seca, evitando o período chuvoso.
√ Em muitos lugares, a cobertura de sinal via satélite é limitada, o que significa que o uso de aplicativos como o Waze, Maps, entre outros, pode não garantir uma navegação confiável até todos os destinos desejados.
√ Diversos passeios da Chapada Diamantina não são recomendados para crianças e pessoas com dificuldades de locomoção, devido à natureza acidentada e às trilhas desafiadoras da região.
√ A maioria dos passeios da Chapada Diamantina dão desconto para idosos (60+). Informe-se.
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M U C U G Ê
No século XIX, Mucugê era a cidade mais importante da região e por um tempo, com 30 mil habitantes, foi ainda maior e mais importante que São Paulo. Hoje, a tranquila cidade com um pouco mais de 10 mil habitantes é um agradável ponto de partida para passeios ao sul da Chapada Diamantina. Excelentes passeios de um dia podem ser feitos saindo de Mucugê, principalmente até o Cânion e Cachoeira do Buracão, uma das mais belas atrações de toda a Chapada Diamantina.
As ruas centrais da cidade são caracterizadas por sua arquitetura colonial bem preservada, com casarões coloridos e ruas de paralelepípedos. Ruas, casas e a igreja de Mucugê são tombadas pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), tamanha sua importância cultural e arquitetônica ao nosso país. No centro, com as casas coloniais em tons pastéis, há diversas pracinhas com bares e restaurantes.
A cidade de Mucugê do Paraguaçu foi oficialmente fundada em 1844, com o nome do rio que a cerca, que por sua vez se referia a uma fruta comida pelos índios. Mucugê é um nome indígena dado a uma fruta que crescia às margens do rio que recebeu seu nome junto a fazenda “Riachão Mucugê”, local onde posteriormente se desenvolveu a cidade de Mucugê. A palavra “Mucugê” deriva do tupi mukuîé, que designa uma planta da família das apocináceas.
A cidade de Mucugê é, sem dúvida, um charme único e encantador. No entanto, um dos aspectos que mais tornam Mucugê especial é a maneira como a vida se desenrola nas suas ruas pitorescas. Ao acordar em Mucugê na semana dos festejos de São João, é como se o tempo tivesse desacelerado e nos transportado para uma era em que a simplicidade e a autenticidade eram os pilares da vida cotidiana. Uma das experiências mais memoráveis de visitar essa cidade foi acordar todas as manhãs ao som de rojões e da banda local desfilando pelas ruas centrais. O som dos instrumentos, as melodias alegres e a animação dos músicos criam uma atmosfera vibrante e acolhedora que é verdadeiramente contagiante. Os habitantes de Mucugê têm uma forte conexão com a música, e a banda da cidade é uma parte essencial da cultura local. É incrível como essa tradição musical se torna uma maneira de dar as boas-vindas a todos que visitam Mucugê, tornando o despertar uma experiência verdadeiramente única.
1º DIA
CEMITÉRIO BIZANTINO – Aos pés de um grande paredão de pedra, no km 15 da rodovia BA-142, está situado um dos cemitérios mais curiosos do país. Localizado na própria cidade de Mucugê, o Cemitério Santa Isabel, mais conhecido como “Cemitério Bizantino”, foi construído por volta de 1855, após uma epidemia de cólera que atingiu a região. Os jazigos fazem referências a templos católicos. A obra foi concluída em 1886 e a escolha do terreno deveu-se por conta da facilidade em escavar. O cemitério é dividido em duas partes: plana e murada, e os túmulos podem ser vistos de longe, contrastando com a vegetação da Chapada Diamantina.
Durante o período imperial, a região foi um grande centro de extração de diamantes e a riqueza era tanta que barões do minério deixaram registros para as futuras gerações. Alguns deles chegaram, inclusive, a trazer arquitetos do exterior para que pudessem criar os mausoléus. Há inúmeras explicações da denominação de bizantino para o cemitério de Mucugê, mas alguns relatos fazem referência à semelhança com as cúpulas brancas do Mar Egeu, feitas no Império Bizantino, durante os séculos X e XI. Entrada gratuita (aos que estão vivos!). É possível fazer este passeio sem ter que contratar um guia.
IGATU – Igatu é uma encantadora cidade no coração da Chapada Diamantina. Conhecida como “A Cidade de Pedra“, Igatu é um tesouro escondido entre as montanhas e formações rochosas deslumbrantes da região, tornando-a um destino popular para amantes da natureza, aventureiros e aqueles em busca de tranquilidade e beleza natural.
As origens de Igatu remontam à época áurea da exploração de diamantes na Chapada Diamantina, quando a cidade era um importante centro de mineração. Atualmente, as construções históricas em ruínas, as antigas estruturas de mineração e as ruas de pedra preservam essa herança e proporcionam uma atmosfera única e nostálgica. Durante a era dos diamantes, viviam em Igatu cerca de 8 mil pessoas, a maioria delas garimpeiros. Hoje, somente cerca de 400 pessoas ainda moram no lugar. Por conta das ruínas e de muitos imóveis abandonadas, a cidade é carinhosamente apelidada de “Igatu Picchu” pelo pessoal do turismo da Chapada Diamantina.
A cidade também é conhecida por sua comunidade artística e cultural. Muitos artistas e artesãos se estabeleceram em Igatu, criando galerias de arte e lojas que exibem seus trabalhos únicos. É possível encontrar peças de arte e artesanato local que celebram as belezas da Chapada Diamantina. A hospitalidade calorosa dos moradores de Igatu é um dos encantos da cidade. Pequenas pousadas e restaurantes locais oferecem acomodações aconchegantes e pratos da culinária baiana que conquistarão o paladar dos visitantes. Apesar de parte da estrada ser bastante acidentada, vale a pena uma visita. Estrada bem sinalizada. Entrada gratuita. É possível fazer este passeio sem ter que contratar um guia.
PARQUE MUNICIPAL DE MUCUGÊ – O Parque Municipal de Mucugê foi criado em 1999 com o propósito de proteger ecossistemas peculiares de altitude. O parque é considerado a principal atração do município, com opções de turismo pedagógico, cultural e de aventura. Localizado a 4 km do centro de Mucugê, seus principais atrativos são: a área destinada à história e cultura da planta sempre-viva e as cachoeiras Piabinha e Tiburtino. Deixando o carro no estacionamento, você é recepcionado pelos funcionários do parque, que fazem uma explicação sobre as instalações, as sempre-vivas, as trilhas e as cachoeiras. A Reserva Sempre Viva é mantida por um convênio entre Prefeitura de Mucugê, universidades, governo da Bahia e ministério do Meio Ambiente. Todo um trabalho com foco em preservar e reproduzir a planta sempre-viva. O passeio no Projeto Sempre Viva termina com duas cachoeiras, que podem ser visitadas após a experiência no Centro de Visitantes. A visita ao Parque Municipal de Mucugê é um passeio tranquilo, fácil e muito gostoso de se fazer. A estrada é asfaltada e com sinalizações de acesso ao parque. É cobrada de cada visitante uma taxa de R$ 20,00 para ingressar no parque, dando acesso ao projeto e às cachoeiras. É possível fazer este passeio sem ter que contratar um guia.
Projeto Sempre Viva – Localizado no Centro de Visitantes, logo na entrada do Parque Municipal de Mucugê, o Projeto Sempre Viva investe na identificação e preservação de plantas do mesmo nome. Concebido como uma unidade de conservação de ecossistemas da região, o projeto promove programas de educação ambiental e compartilha com visitantes informações científicas e curiosidades sobre as espécies, algumas delas ameaçadas de extinção.
Antes em risco de extinção por conta da extração predatória, a planta sempre-viva agora tem lugar seguro para exibir o porquê de ser tão procurada: Ocorre que ao ser retirada do solo ela não muda de aparência por até 60 anos! Segue igual como se estivesse plantada. É por isso que os buquês de noiva passavam de geração em geração, tendo a maioria deles sido enviados ao Japão, Estados Unidos e Europa por mais de 30 anos.
Antigamente, os campos de Mucugê eram repletos de sempre-vivas. Nos meses de maio, junho e julho, época em que a sempre-viva atinge floresce, havia uma febre na cidade. Muita gente montava acampamento nas serras para coletar quilos e quilos da flor. A venda de sempre-vivas complementava a renda da população, que sofria com a decadência do garimpo e era facilmente seduzida pela abordagem dos compradores de buquês. A coleta predatória, no entanto, colocou a sempre-viva à beira da extinção. Mas graças ao esforço de pesquisadores, da prefeitura e da comunidade, a espécie símbolo de Mucugê aos poucos voltou a ocupar as áreas originais.
Cachoeira Piabinha – Uma boa pedida após a visita do Projeto Sempre Viva é seguir 500 metros por uma trilha fácil e rápida, que leva à Cachoeira Piabinha. A cachoeira possui uma queda d’água que despenca de um paredão no rio do mesmo nome. À frente da cachoeira, formam-se piscinas naturais, as quais são ótimas para relaxar e se banhar. Como fomos na estação seca, não havia água o suficiente para formar a cachoeira. Valeu a beleza da paisagem!
Cachoeira Tiburtino – A Cachoeira Tiburtino, faz parte do Rio Cumbucas, o primeiro lugar onde foi descoberto diamante na Chapada Diamantina. Um excelente local para tomar banho e relaxar, com duchas e quedas d’água. Para chegar à Cachoeira Tiburtino, o visitante terá que caminhar por 1,5 km a partir da Cachoeira Piabinha. Todavia, o terreno é plano e o percurso bem demarcado. A caminhada pela pequena trilha leva por volta de 40 minutos. A cachoeira é formada por um conjunto de rochas empilhadas, com vários locais para sentar e aproveitar a água forte como uma ducha relaxante. Ambas as cachoeiras são ótimos lugares para boas fotos e curtir a paisagem do Parque Municipal de Mucugê.
MUSEU VIVO DO GARIMPO – À beira da mesma rodovia, retornando a Mucugê, a 1,7 km do Projeto Sempre Viva, encontra-se o Museu do Garimpo. É um dos passeios para quem visita Mucugê e quer conhecer a história do diamante na região. Inaugurado no final de 2006, o museu visa propiciar ao visitante uma volta ao passado. Criativamente, uma casa de antigos garimpeiros foi restaurada e adaptada para receber um acervo que, por si só, conta e retrata o pujante Ciclo da mineração de diamantes na Bahia.
Lá, o visitante tem a oportunidade de ver objetos ligados ao ciclo da mineração do diamante, como as máquinas inglesas do século XIX usadas para lapidação de diamantes, ferramentas e vestimentas utilizadas pelos garimpeiros, peças históricas, réplicas dos maiores diamantes já encontrados, diamantes naturais, quimberlitos, carbonados e tantos outros itens. Os guias do museu também explicam sobre a história do ciclo do diamante na Chapada Diamantina, do auge ao declínio. O visitante ainda pode conferir um memorial e painéis informativos que remontam à história do garimpo na região, principalmente em Mucugê.
Do estacionamento à beira da estrada até o Museu Vivo do Garimpo o visitante vai atravessar uma trilha fácil e plana de 400 metros, onde dá pra conferir o trabalho de preservação da vegetação local. Ela é chamada de Trilha dos Polinizadores do Parque Sempre Viva porque muitos insetos, como as abelhas, contribuem na polinização de flores e plantas. É cobrada de cada visitante uma taxa de R$ 10,00. É possível fazer este passeio sem ter que contratar um guia.
2º DIA
CÂNION e CACHOEIRA DO BURACÃO – O Cânion e Cachoeira do Buracão, na cidade de Ibicoara, é um dos destinos de passeios mais emocionantes da Chapada Diamantina. A maneira mais fácil de visitá-los é estando em Mucugê ou em um passeio de dois dias saindo de Lençóis. Previamente, você deverá ligar na ACVIB (Guias de Ibicoara = (75) 3413-2048) e contratar um guia desta cidade para fazer seu passeio. A atração Cânion e Cachoeira do Buracão exige o acompanhamento de um guia e esse tem que ser do município de Ibicoara. Aliás, este foi o único passeio que fizemos na Chapada Diamantina que teve esta exigência. Via WhatsApp, acertamos com um guia para nos encontrarmos, às 9h00, em uma padaria (esquecemos o nome) de Ibicoara. Ele entrou no nosso carro e, de lá, seguimos para o almejado ponto turístico. A estrada (BA-142) que liga Mucugê a Ibicoara é boa, bem sinalizada e o percurso de 80 km leva em torno de uma hora. No entanto, os 30 km do centro de Ibicoara até o Buracão se dão em uma via de terra e um pouco acidentada.
Chegando à entrada da atração, você deixa o carro em um estacionamento e vai aos sanitários do lugar. Neste momento, caso ainda não esteja preparado, é oportuno colocar seu traje de banho, uma vez que não há vestiários nas margens do rio. Coletes salva-vidas são distribuídos antes de começar a trilha que leva ao Buracão. Na chegada ou quando terminar o passeio, não deixe de provar o pastel de jaca (salgado de jaca), uma iguaria criada e muito vendida na Chapada Diamantina.
Logo após, inicia-se uma caminhada. Os primeiros 3 km (45 minutos) se dão, em sua maioria, em uma rota plana, com apenas trechos curtos de subida; a descida seguinte de dez minutos contém a única parte mais difícil do percurso. A trilha que conduz ao Cânion e Cachoeira do Buracão é uma verdadeira maravilha da natureza. Situada em meio a uma paisagem deslumbrante, essa trilha é um convite irresistível para os amantes da aventura e da beleza natural. Com suas formações rochosas imponentes e quedas d’água espetaculares, ela proporciona uma experiência inesquecível para todos os visitantes.
Ao longo do percurso, somos brindados com vistas deslumbrantes e uma variedade de cenários que deixam qualquer pessoa extasiada. A trilha serpenteia pelas colinas e vales da região, revelando um espetáculo de pedras de tamanhos e formas diversas. Essas formações rochosas, com suas cores e texturas únicas, são como obras de arte esculpidas pela própria natureza.
Enquanto seguíamos nosso caminho, o som constante da água nos acompanhava. A trilha é pontilhada por várias quedas d’água, cada uma mais bela do que a anterior. O som suave da água corrente, o aroma fresco da floresta circundante e a sensação de frescor que emana das cachoeiras tornam o trajeto verdadeiramente revigorante.
Caminhamos por um planalto coberto de cactos, sempre junto ao rio. A descida aventureira ao desfiladeiro exige firmeza, mas, recentemente, foram instaladas escadas de madeira para auxiliar os visitantes.
Chegando ao Buracão, o guia fornece orientações a todos os membros do grupo. Ele recolhe todos os equipamentos eletrônicos dos membros do grupo e os coloca em um saco estanque, um saco estanque (bolsa lacrável e impermeável), que vai com ele até a área da cachoeira. Aqueles que têm a coragem de enfrentar as águas geladas da montanha pulam no rio e nadam em direção à Cachoeira do Buracão, passando pelo cânion. Embora a correnteza não seja muito forte, em alguns casos, o guia usa uma corda para auxiliar os visitantes enquanto eles atravessam as pedras do cânion. Independentemente da rota escolhida, todos devem usar o colete salva-vidas.
Os que não desejarem ir pela água, deverão seguir com o guia, pelas pedras do cânion. No caminho, ele vai dando dica de onde pisar e segurar para que o vistante não venha a sofrer uma queda. Tudo seria muito mais fácil se as pedras do cânion não fossem escorregadias. Aí é que está a dificuldade! Todo mundo caminhando feito uma lagartixa pelas pedras do cânion. A vantagem de ir pelas pedras é poder tirar fotos do local e de quem optou por ir pela água.
O Cânion do Buracão possui paredes íngremes de 80 metros de altura e, pela ação da cachoeira vizinha, essas estão sempre molhadas. Do começo ao fim da caminhada pelas pedras, o visitante sofre com as gotículas geradas pela cachoeira.
No final do cânion, uma enorme lacuna de pedra se abre e aí é que surge a Cachoeira do Buracão, uma majestosa queda d’água de 85 metros de altura. Você pode nadar até um pouco antes de onde cai as águas, mas evite chegar muito perto! Ali, o espetáculo da força da natureza é verdadeiramente grandioso. Este foi o ponto turístico que o Sr VisiteiGostei mais gostou na Chapada Diamantina. Imperdível!!! É cobrada de cada visitante uma taxa de R$ 15,00 para acesso à área. Conforme dissemos, é obrigatório estar acompanhado de um guia de Ibicoara para fazer o passeio do Buracão.
3º DIA
POÇO ENCANTADO – A Chapada Diamantina não é apenas bonita na superfície, mas também possui maravilhas naturais no subsolo. Há milênios criaram uma infinidade de cavernas subterrâneas com águas límpidas que, com a luz do sol, provocam reflexos incríveis nas paredes rochosas. Um destes lugares é o Poço Encantado, localizado na cidade de Itaeté, a 50 km de Mucugê, e que é outro dos destaques da Chapada Diamantina. Toda a gruta deste local, incluindo o poço, é tombada pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
A visita ao Poço Encantando começa com uma descida por algumas escadas até a entrada rochosa da gruta. A passagem é estreita, mas o percurso não é difícil e, em qualquer caso, estará equipado com capacete e lanterna. A descida é fácil, embora às vezes seja necessário abaixar-se um pouco e ter sempre uma lanterna na cabeça. Ao entrar na sala gruta, onde fica o Poço Encantando, será impossível não se surpreender com o cenário e o silêncio absoluto, um momento de encantamento na prática. O guia local explicará tudo o que você precisa saber sobre este lugar mágico. Estando você ou não com um guia, o passeio se dá sob a condução de um funcionário da atração.
Considerado um dos cartões postais da Chapada Diamantina, o Poço Encantado é mostrado na maioria dos folhetos turísticos da Chapada Diamantina. O Poço Encantado é realmente um dos lugares mais impressionantes da região. A característica mais marcante desse local é a cor incrivelmente azul da água, que é resultado da interação dos raios solares com a composição geológica da área. Tudo porque entre os meses de abril e setembro, por apenas algumas horas do dia, geralmente das 10h às 13h, a posição do sol é tal que seus raios penetram no interior da caverna e atingem a água, deixando-a com uma cor magnífica e formando um incrível feixe iluminado! Essa luz solar é filtrada e refratada através da água, realçando a tonalidade azul e criando uma atmosfera mágica. A coloração é tão intensa que contrasta até com a escuridão! Como o dia estava nublado, somente conseguimos ver o feixe de luz por alguns instantes, nos momentos em que o sol surgia entre as nuvens.
O azul desse poço e dos demais da região se deve, em grande parte, à presença de calcário na água. O calcário é uma rocha sedimentar que é dissolvida pela água, e a interação desse mineral com a luz solar pode criar a aparência de águas incrivelmente azuis. Essa é uma característica que também é encontrada em outros lugares do mundo com características geológicas semelhantes. Você passará aproximadamente 45 minutos na caverna. É cobrada de cada visitante uma taxa de R$ 50,00. Recomendamos contratar um guia para fazer este passeio, pois o acesso a este ponto turístico se dá, em grande parte, por estradas de terra, pouco sinalizadas e que não possuem cobertura de sinal de satélite para o GPS. Nós fomos sem guia e demos sorte de poder seguir (com autorização) o veículo de uma agência de turismo que também fazia o passeio.
Diz a lenda que o poço foi descoberto em 1940 por um rapaz chamado Gustavo. Ao ver uma fenda na rocha, enquanto caçava, ele teria achado que o lugar era uma toca de onça. Mais tarde, teria voltado à fenda com os amigos e descido com uma corda. Ao chegar lá embaixo, jogou uma pedra e descobriu que o que parecia ser areia era, na verdade, uma nata calcária sob a qual ficava um poço extremamente azul.
POÇO AZUL – A 30 km do Poço Encantado, em uma propriedade particular na cidade de Nova Redenção, está localizada mais uma gruta com um poço de águas cristalinas. Este foi o ponto turístico que a Sra VisiteiGostei mais gostou na Chapada Diamantina. Assim como o Poço Encantado, o Poço Azul é um dos atrativos turísticos mais visitados da Chapada Diamantina. Quando falamos da importância de um guia lhe acompanhando em alguns passeios não é à toa. Veja a seguir um dos locais por onde passamos no trajeto Poço Encantado – Poço Azul. Há muita dificuldade em chegar por conta própria a estes locais.
Depois de passar pela bilheteria, todos os que pretendem entrar no Poço Azul têm que tomar uma ducha para tirar todos os vestígios de protetor solar, xampu, creme, desodorante e transpiração. Um dos guias da atração lhe dará colete salva-vidas, óculos e respirador a estas pessoas. Inicia-se uma pequena caminhada que vai até o início da gruta, onde há uma escada de madeira até chegar a um platô.
À tarde, a luz incidente faz com que a água brilhe um azul mágico e as formações rochosas se refletem nas águas límpidas. É compreensível que, devido à popularidade do local e para garantir que todos os visitantes possam desfrutar dessa experiência, seja necessário organizar grupos de 12 pessoas e limitar o tempo de permanência na água a 15 minutos. Embora o tempo seja limitado, parece que esses 15 minutos devem ser suficientes para aproveitar a beleza do Poço Azul e criar memórias inesquecíveis.
A água é azul e tão perfeitamente clara que dá para ver todas as formações rochosas e o fundo, que varia entre 3,5 metros e 16 metros abaixo da superfície. As rochas douradas em contraste com o azul da água criam uma imagem de outro mundo. O Poço Azul tem 80 metros de extensão com duas cavernas de 20 m². A recomendação é apenas flutuar e movimentar-se suavemente, pois movimentos bruscos fazem com que a areia calcária se desprenda das paredes e a água fique turva. Então você tem que conter um pouco a emoção ao mergulhar e ver o mundo subaquático naquele poço.
Há um espetáculo semelhante ao que ocorre no Poço Encantado. Tudo porque entre os meses de abril e setembro, por apenas algumas horas do dia, geralmente das 10h às 13h, a posição do sol é tal que seus raios penetram no interior da caverna e atingem a água, deixando-a com uma cor magnífica e formando um incrível feixe iluminado. É cobrada de cada visitante uma taxa de R$ 50,00. Recomendamos contratar um guia para fazer este passeio, pois o acesso a este ponto turístico se dá, em grande parte, por estradas de terra, pouco sinalizadas e que não possuem cobertura de sinal de satélite para o GPS.
L E N Ç Ó I S
Com um pouco mais de 12 mil habitantes, Lençóis é a capital da Chapada Diamantina. Não é pra menos, uma vez que a cidade baiana é considerada por seus visitantes e órgãos de turismo como sendo a melhor base para quem quer conhecer este paraíso do Brasil. Graças a uma boa infraestrutura com hotéis de todas as faixas de preço, uma impressionante seleção de restaurantes e operadoras de turismo, o local é um bom ponto para explorar o ecoturismo em seus arredores. A atmosfera da pequena cidade é bastante festeira e multicultural, arrastando muitos turistas que também querem acesso fácil para os atrativos naturais da Chapada Diamantina. Mas além dos atrativos naturais, quem chega lá se encanta também pelo charme da arquitetura e a saborosa culinária local. Em 1864, a Vila dos Lençóis, que pertencia ao município de Mucugê, foi elevada à categoria de cidade e passou a se chamar apenas Lençóis. O nome incomum da cidade vem das simples habitações dos garimpeiros. Em meados do século XIX, os primeiros garimpeiros viviam em tendas improvisadas que, à distância, pareciam lençóis brancos na paisagem, daí o nome “Lençóis”.
Durante o boom dos diamantes, em 1844, Lençóis cresceu bastante e até se tornou uma das cidades mais importantes do estado da Bahia. O município já foi o maior produtor de diamantes do mundo! Este é apenas um fato que faz a história de Lençóis ser tão interessante. Ainda hoje, magníficos edifícios coloniais testemunham a prosperidade do apogeu. À medida que a riqueza aumentava, surgiram os coloridos edifícios coloniais que ainda hoje moldam a paisagem urbana. O declínio econômico começou por volta de 1870 com o movimento de libertação dos escravos, a falta de novas minas de diamantes e a descoberta de minas na África do Sul.
Para entrar no Centro Histórico é preciso cruzar a ponte sobre o Rio Lençóis, construída com pedras a partir de 1.860. A construção da ponte é um exemplo notável da arquitetura de sua época. Com pedras cuidadosamente talhadas e dispostas em uma arquitetura de arco elegante, a ponte não apenas cumpre sua função prática de ligar duas margens do rio, mas também é uma obra de arte que enriquece a paisagem circundante. A escolha de pedras como material de construção não apenas confere à ponte uma durabilidade excepcional, mas também se integra perfeitamente ao ambiente natural, criando uma sensação de harmonia com a paisagem ao seu redor. A ponte sobre o Rio Lençóis é um símbolo da engenhosidade humana e do respeito pela natureza, que perdura ao longo do tempo como uma lembrança viva da habilidade e dedicação daqueles que a construíram.
O antigo edifício do Mercado Municipal, às margens do Rio Lençóis e ao lado da famosa ponte de pedra e em arcos, é hoje um centro cultural. O grande mercado já teve diversos usos, inclusive para a venda de diamantes e de escravos. É um prédio bonito! Sua fachada externa é toda em pedra e harmoniza muito bem com o local. Juntamente com o rio e a ponte de pedra, formam um cenário encantador e apaixonante. No lugar histórico funcionam feirinhas artesanais, onde se encontram souvenirs e lindos trabalhos para comprar e presentear. Durante os festejos de São João, o Mercado Municipal é utilizado para a apresentação das quadrilhas juninas.
O antigo vice-consulado francês é representativo da arquitetura da época, fortemente influenciada pelos migrantes mineiros. O marco da cidade, visível de longe, é a Igreja Senhor dos Passos, construída na segunda metade do século XIX. Senhor dos Passos é o padroeiro dos garimpeiros.
É durante a noite que Lençóis ganha vida e os diversos bares e restaurantes ficam lotados de turistas que retornam dos passeios pela região. A Rua das Pedras e a Rua da Baderna são as clássicas “zonas de diversão noturna” de Lençóis. À noite, vários bares-restaurantes colocam as suas mesas nas pedras acidentadas e inclinadas, enquanto os clientes tentam não perder o equilíbrio nas cadeiras dobráveis e bambas, mesmo depois de beberem várias cervejas.
4º DIA
CACHOEIRA DO MOSQUITO – Situada no Complexo Turístico Fazenda Santo Antônio, na área rural da própria cidade de Lençóis, o nome desta cachoeira faz alusão aos pequenos diamantes, chamados “mosquitos”, que eram encontrados no local. Este foi nosso primeiro passeio em Lençóis. A fazenda fica a uma hora de viagem do centro da cidade. Depois de trafegarmos 40 km em estrada de terra, chegamos ao portão de entrada do complexo. Pagamos a taxa cobrada e seguimos por mais 30 minutos até um mirante. Foi quando vimos, de longe, a Cachoeira do Mosquito em meio ao verde da Mata Atlântica. A paradinha no mirante já dá ideia da dimensão do lugar. O visual é realmente lindo!
Do Mirante, são apenas alguns minutos de carro até o estacionamento central, onde começa a trilha que leva à cachoeira. Uma caminhada de 1,5 km, porém com um trecho de descida íngreme. Este percurso a pé leva em torno de 20 minutos e é, em sua maior parte, uma longa escadaria de quase 200 degraus! Sendo assim, esteja preparado fisicamente para enfrentar este trajeto. Se na hora não der conta, é só fazer algumas paradas pelo caminho.
A chegada ao pé da Cachoeira do Mosquito você verá que valeu o esforço: uma linda queda d’água de 70 metros de altura em meio a grandiosos paredões rochosos em um vale pedregoso. Os visitantes tiram seus calçados e logo partem para aproveitar a beleza do lugar. A combinação da queda d’água com as rochas e vegetação cria um cenário incrível, rendendo muitas fotos! Com pedras grandes e lisas em sua base, é possível tomar sol e relaxar.
Muitos se limitam a ficar com água na altura dos joelhos. Os mais aventureiros não se contentam e entram embaixo da queda das águas da impressionate cachoeira. A depender da quantidade de água, é bem fácil tomar banho na queda e ficar debaixo dela, no vão de pedra. Procure chegar ao local bem no início do dia para tentar pegar a cachoeira sem muita gente. Há uma casa onde funciona um delicioso restaurante de comida regional. Se não tiver levado nada para lanchar e for hora do almoço, essa pode ser uma boa parada. É cobrada de cada visitante uma taxa de R$ 40,00. Recomendamos contratar um guia para fazer este passeio juntamente com o do Vale das Piscinas e Poço do Diabo.
VALE DAS PISCINAS E POÇO DO DIABO – Localizado a 20 km do centro de Lençóis, à beira da BR-242, o Vale das Piscinas e Poço do Diabo é um verdadeiro paraíso natural que cativa os visitantes com sua beleza cênica. Este destino único é um dos segredos mais bem guardados da região, um lugar que combina a exuberância da natureza com a serenidade das águas, criando uma experiência inesquecível para todos aqueles que o exploram. O que torna este local verdadeiramente especial são suas piscinas naturais, que se formam entre as pedras, oferecendo refrescantes mergulhos nas águas do Rio Mucugezinho. A atração é uma excelente opção para quem tem pouco tempo ou não quer fazer percursos muito longos.
Após estacionar o veículo, os visitantes passam por um restaurante rústico e bastante aconchegante. O pessoal do estabelecimento é muito bacana e prepara porções incríveis! Já dá para tirar algumas fotos do local e se preparar para iniciar a caminhada pelas pedras até o Poço do Diabo. Aos que não quiserem fazer o passeio até o poço, podem ficar na área do restaurante tomando uma bebida, comendo alguns petiscos ou almoçando. O ambiente é bastante convidativo a relaxar ouvindo o barulho das águas do rio. Nós almoçamos na volta, depois de visitarmos as piscinas naturais e o Poço do Diabo.
É então iniciada uma caminhada de 1,5 km pelas pedras, passando ao lado das várias piscinas que se formam pelo acúmulo da água do Rio Mucugezinho. O lugar é também conhecido como “Balneário do Mucugezinho”, uma vez que o rio dá origem a vários poços onde é possível se banhar. Alguns são maiores, outros menores, mas todos interessantes.
No percurso há várias pontes de madeira improvisadas, capazes de driblar a água de alguns trechos, permitindo aos turistas seguirem adiante. Recomendamos tomar bastante cuidado ao pisar sobre as pedras, pois essas são lisas e escorregadias.
O caminho para chegar ao Poço e à Cachoeira do Diabo é fácil e rápido. Faça a caminhada sem pressa. Aliás, são comuns pequenas paradas para tirar fotos das belas paisagens do local. O percurso até o Poço do Diabo leva em torno de 35 minutos, e você deverá suar bastante com o exercício. Um mergulho na piscina natural é, portanto, uma primeira forma muito bem-vinda de se refrescar.
A melhor época para visitar o Vale das Piscinas é durante a estação seca, que vai de maio a outubro. Durante esse período, as condições de trilha são mais favoráveis. No entanto, o vale tem seu charme durante o ano todo, e cada estação oferece uma perspectiva única das maravilhas naturais da região.
O nome é feio, mas o lugar é lindo!!! O Poço do Diabo encontra-se diante de uma cascata de 20 metros de altura, um poço de até seis metros de profundidade e muita vegetação. O local é um pouco perigoso, sendo um lugar muito propício a afogamentos. Não se aventure! Um detalhe muito particular que impressiona é a água avermelhada, devido aos restos de rochas e terra que o rio traz consigo.
O nome Poço do Diabo tem sua explicação porque o lugar era usado para jogar os corpos de escravos que desviavam (furtavam) pedras de diamantes das minas para comprarem sua liberdade. A visão do massacre não era nada bonita, e assim o poço foi batizado com esse nome.
Para se banhar no poço ou então ficar somente tomando sol sobre as pedras, o visitante ainda tem que caminhar mais um pouco por uma trilha que liga o topo da cachoeira até a base das águas. A trilha é íngreme e difícil, com muitas pedras no percurso. Pela foto abaixo já dá para imaginar. Antes de descer para o poço, uma visão de cima da cachoeira mostra a dimensão do lugar, com as pedras contrastando com as águas escuras que caracterizam a Chapada Diamantina.
Este passeio rende muitas fotos bonitas. Entrada gratuita, tanto para o Vale das Piscinas como para o Poço do Diabo. Recomendamos contratar um guia para fazer este passeio juntamente com o da Cachoeira do Mosquito.
5º DIA
GRUTA DA FUMAÇA – A atração é uma caverna localizada na cidade de Iraquara, a 65 km de Lençóis, na parte norte da Chapada Diamantina. Em 2008, o lugar serviu de locação para a telenovela A Favorita, da rede Globo. Para nós, foi um passeio surpreendente, pois não havíamos achado nenhuma menção da Gruta da Fumaça nos roteiros que pesquisamos antes da nossa viagem.
Na entrada do recinto, você deverá pagar uma taxa que lhe dará direito a alguns equipamentos de segurança, como capacete e lanterna, e os serviços de um guia local. Há regras a serem seguidas durante a visita à Gruta da Fumaça, as quais serão passadas pelo guia. Ele também lhe explicará tudo o que você precisa saber sobre esta fantástica caverna. Estando você ou não com o seu guia, o passeio se dá sob a condução de um funcionário da atração.
A Gruta da Fumaça é conhecida por ser uma das mais completas da região, oferecendo boa diversidade de formações. São toneladas de diferentes formas de estalactites e estalagmites e os visitantes podem chegar perto delas. É uma maravilha natural impressionante e bonita de ser vista. Apesar de ser chamada de “gruta”, ainda não encontraram a outra saída. Sendo assim, ela é então uma caverna, uma vez que entramos e saímos do passeio pelo mesmo lugar.
Se quiser dar mais emoção à atração, atire uma pedra em uma destas turminhas que ficam penduradas no teto da caverna. Depois é só ficar de olho na reação do grupo, principalmente das mulheres!
O local é incrível e o guia transforma o passeio em algo extremamente construtivo, com informações históricas e geológicas muito relevantes. É cobrada de cada visitante uma taxa de R$ 40,00. Recomendamos contratar um guia em Lençóis para fazer este passeio juntamente com o da Fazenda Pratinha e do Morro do Pai Inácio.
FAZENDA PRATINHA – Saímos da Gruta da Fumaça e nos dirigimos à Fazenda Pratinha. Foram 9 km por estrada de terra, algo que levou por volta de 15 minutos. Também no município de Iraquara, o local apresenta muitos benefícios, sendo indicado para as pessoas que não têm muito tempo para viajar e conhecer as belezas da área, aos que querem um tempo de sossego entre as trilhas da região, e também àqueles que procuram férias em um ambiente familiar.
A Fazenda Pratinha tem diferenciais únicos que a tornam uma excelente opção, seja para os passeios rápidos ou para as estadas mais longas. A fazenda foi eleita como sendo um dos lugares que possuem as águas mais claras do mundo! Isto já revela o motivo da visitação ser tão especial. O lugar ainda conta com um restaurante que serve pratos tradicionais, doces, bebidas e petiscos. Imperdível!!! É cobrada de cada visitante uma taxa de R$ 80,00 para acesso à área da fazenda. Recomendamos contratar um guia em Lençóis para fazer este passeio juntamente com o da Gruta da Fumaça e do Morro do Pai Inácio.
O complexto turístico possui vários atrativos, mas relacionaremos a seguir somente aqueles que achamos mais interessantes.
Gruta Pratinha – Esta atração tem um custo extra de R$ 100,00, mas é altamente recomendada: um lago cristalino leva às profundezas de uma gruta misteriosa. Neste passeio que dura 30 minutos estão inclusos snorkel, colete, pés de pato, lanterna à prova d’água e o acompanhamento de um guia da fazenda. É importante ressaltar que os visitantes não poderão fazer movimentos bruscos na água, apenas flutuar com leveza. Você deverá adentrar à gruta até chegar à área mais interna, onde não há luz solar. É nesta hora que as lanternas entram em ação.
Banho no Rio Pratinha – Poderíamos até resumir este lugar como sendo uma “praia caribenha no meio da Chapada Diamantina”. Com a água transparente e muitos peixes coloridos, só ficou faltando a areia fina e alguns graus mais altos na temperatura da água, que estava um pouco fria. Esta atração da Fazenda Pratinha rende ótimas fotos!
O Pratinha é um rio subterrâneo que faz parte da Bacia Sedimentar de Irecê, vindo da região do Morro do Chapéu, que emerge na Gruta Azul e na Pratinha e segue descoberto. Em seu percurso subterrâneo, o rio atravessa subsolo rochoso rico em magnésio e conta com a filtragem das rochas calcárias que asseguram a limpidez de suas águas.
O rio não tem uma profundidade tão considerável, especialmente no início, o que permite que as famílias com crianças aproveitem com segurança. Lá tivemos algum tempo para nadar, relaxar e curtir a maravilha do lugar. O lugar é de uma beleza estonteante e mergulhar nessas águas cristalinas é uma experiência fora do comum.
Uma vez dentro da água, você sentirá que, de vez em quando, levou um pequeno beliscão. Esta sensação vem dos peixes pequenos que existem no rio e que costumam beliscar a pele dos banhistas. Isto não será nenhum incômodo que possa atrapalhar seus gostosos momentos no Rio Pratinha. Banhar-se nestas águas é uma das atrações obrigatórias para quem visita a Fazenda Pratinha, mesmo que sejam um pouco geladas. Passeio gratuito, já incluso no valor cobrado para acessar a fazenda.
Gruta Azul – A Gruta Azul, diferentemente da Gruta Pratinha, é um local apenas para a apreciação. Por ser um ponto de águas azuladas, não é permitido a entrada e o mergulho. A profundidade de suas águas chegam a 70 metros, o que também torna o banho perigoso.
Para melhor admirar a Gruta Azul, você deve visitá-la no início da tarde, ou seja, quando os raios solares incidem exatamente na direção da abertura da gruta, iluminando-a com uma cor azul intensa dada pelo reflexo da água presente no seu interior. Passeio gratuito, já incluso no valor cobrado para acesso à fazenda.
MORRO DO PAI INÁCIO – O último passeio do dia se deu em um dos símbolos da Chapada Diamantina, o Morro do Pai Inácio. Aliás, não dá para ir a esta região e não visitar o Morro Do Pai Inácio! Localizado no município de Palmeiras, o morro de 1.200 metros de altura está distante 22 km do centro de Lençóis. O nome do morro, diz a lenda, refere-se a um feito heróico de Pai Inácio, escravo que namorava às escondidas com a filha do coronel Horácio de Matos. Perseguido pelos capangas do coronel, Pai Inácio teria subido o morro e, sem ter para onde fugir, pulado com um guarda-chuvas aberto. Segundo a tradição popular, o escravo conseguiu sobreviver e escapar pelo vale.
A subida pode ser considerada no nível moderado e leva em torno de meia hora. Do estacionamento até a parte mais alta do morro existe um certo desnível, mas sem grandes dificuldades. É comum os visitantes pararem durante o percurso para descansar e tirar algumas fotos. Somente no final da trilha é que se faz necessário subir por algumas pedras irregulares para chegar ao topo. Nada que não possa ser resolvido com uma mão amiga.
Duas novas escadas de madeira no final do caminho, onde costumava haver muita escalada, reduziram significativamente o nível de dificuldade geral. Se você tiver problemas nos joelhos, pode pegar emprestado um bastão de caminhada na entrada e, em troca, deixar uma pequena doação (não especificada) na volta, quando terminar o passeio.
Do seu cume, você pode desfrutar de uma visão de 360° do Parque Nacional. Uma fantástica vista panorâmica faz valer a pena o árduo empreendimento. Todos desfrutamos deste lugar mágico sem dizer uma palavra, em absoluto silêncio. Neste momento, foi impossível não refletir sobre a sorte que nós, viajantes, tivemos de poder contemplar mais uma das fantásticas obras criadas por Deus.
A extensa área rochosa no topo da montanha é um paraíso para fotógrafos e fãs do Instagram, que, como eu, gostam particularmente de serem registrados em uma variedade de posições diante de abismos. Leve um casaco, pois sempre venta no planalto.
A visita ao Morro Do Pai Inácio no final do dia foi estratégica. Nossa intenção era fazermos o passeio e ainda assistirmos ao pôr do sol do topo do morro. O pôr do sol visto de cima do Morro do Pai Inácio é um verdadeiro poema.
Antes que o astro rei fosse embora, o guia sugeriu que fôssemos a um determinado lugar para tirar uma foto com o sol batendo de frente no conhecido paredão da Chapada Diamantina. Minutos depois do pôr do sol é preciso descer correndo porque escurece muito rápido. É cobrada de cada visitante uma taxa de R$ 12,00 para subir o morro. Recomendamos contratar um guia em Lençóis para fazer este passeio juntamente com o da Gruta da Fumaça e o da Fazenda Pratinha.
6º DIA
PARQUE MURITIBA – O Parque Muritiba fica a poucos minutos do centro de Lençóis. É um passeio com dificuldade moderada e que é realizado em aproximadamente quatro horas. Por ser uma atração prática, versátil e fácil, a maioria das pessoas que visitam a região reservam metade de um dia para conhecer o local e tirar ótimas fotos. É um ótimo programa para se fazer com toda a família.
O percurso de 6 km de extensão possa por formações geológicas milenares, cachoeiras e piscinas naturais. O solo é feito de pedras, com coloração acinzentada, e o terreno assemelha-se à lua, onde toda a área tem dezenas de buracos.
O passeio teve a seguinte sequência, segundo sugestão do nosso guia:
Finalizando a parte sobre os passeios, relacionamos alguns locais que não visitamos, mas que são classificados como pontos turísticos interessantes da Chapada Diamantina. São eles:
* Cachoeira da Fumaça (precisava mais um dia na nossa viagem para fazer este passeio, que também é um dos destaques da Chapada Diamantina)
* Gruta Lapa Doce
* Cachoeira do Herculano
* Vale do Pati (opções para 3, 4 e 5 dias de trilha)
* Vale do Capão
QUANDO IR À CHAPADA DIAMANTINA / MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR A CHAPADA DIAMANTINA
Você pode visitar a Chapada Diamantina o ano todo, mas há duas estações distintas: A chuvosa vai de novembro a abril. O bom deste período é que as quedas d’água ficam ainda mais espetaculares. Quem vai à Chapada Diamantina na estação chuvosa tem que estar preparado para o banho, levando roupa apropriada e uma capa de chuva. A pior desvantagem é o fato das chuvas tornarem os caminhos escorregadiços, algo extremamente perigoso para algumas atrações. A estação seca vai de maio a outubro. Durante esse período, a Chapada Diamantina fica seca e todas as cachoeiras terão menos água. Embora nosso país seja conhecido por suas praias quentes, a Chapada Diamantina fica longe do litoral e as temperaturas podem cair rapidamente, principalmente em altitudes mais elevadas. Leve camadas de roupas e prepare-se para sol, chuva e temperaturas mais amenas. No gráfico abaixo, é possível ver, mês a mês, as médias de temperatura (vermelho) e de chuva (azul), obtidas com base em dados climatológicos de diversos anos. Nossa viagem se deu no mês de junho, na semana do São João nordestino, e achamos que não poderíamos ter ido em melhor momento.
HOSPEDAGEM
As cidades de Lençóis e Mucugê tem diversas pousadas e hostels, sendo, em sua maioria, locais simples e rústicos. Com excelente custo x benefício e impecável em seus serviços e instalações, recomendamos duas acomodações para sua estada em Mucugê e Lençóis. Durante a alta temporada, é aconselhável reservar sua hospedagem com antecedência, pois as melhores acomodações se esgotam com facilidade.
- Mucugê – Pousada Mucugê.
- Lençóis – Pouso da Trilha Hospedagem.
ELETRICIDADE E TOMADAS
Mucugê e Lençóis, da mesma forma como Salvador, operam em correntes de 220 volts. Aos que não residem no Brasil, o padrão das tomadas em nosso país é o tipo N.
TRANSPORTE
O transporte de turistas na Chapada Diamantina é facilitado por meio de várias opções, proporcionando aos visitantes a flexibilidade de explorar essa região espetacular. Aqui estão algumas maneiras comuns de se locomover na Chapada Diamantina:
Locação de Veículo – Muitos turistas optam por alugar um carro ao chegar em cidades como Lençóis ou Mucugê, que são frequentemente usadas como bases para explorar a região. Isso oferece a liberdade de criar seu próprio itinerário e visitar as atrações no seu próprio ritmo.
Transporte Público – Existem ônibus que conectam as principais cidades da Chapada Diamantina. No entanto, o transporte público pode ter horários limitados, então é importante verificar os horários de partida e chegada com antecedência.
Passeios e Excursões – Muitos visitantes optam por participar de passeios guiados que incluem transporte. Operadoras de turismo locais oferecem uma variedade de passeios para as atrações mais populares, muitas vezes com guias experientes que compartilham informações valiosas sobre a região.
Trilhas a Pé – Para os aventureiros, muitas das trilhas na Chapada Diamantina podem ser percorridas a pé. Isso permite uma experiência mais próxima da natureza e é uma ótima maneira de explorar áreas remotas.
Bicicleta: Alugar uma bicicleta é outra opção para explorar a Chapada Diamantina, especialmente para quem deseja uma experiência mais ativa. Há trilhas adequadas para ciclistas em algumas áreas.
SAÚDE
Capriche no filtro solar, pois com o sol do Nordeste brasileiro não se brinca! Por ventar bastante, você até pode achar que não está se queimando, o que é um grande erro! Use boné/chapéu, proteja as regiões do seu corpo que menos pegam sol e, se tiver com crianças, vista-as com blusas contra raios UV. A falta de cuidado com o sol pode estragar o seu passeio. Ingira bastante líquido, mantendo-se sempre hidratado. As cidades de Mucugê e Lençóis possuem farmácias, mas pequenas, que podem, muitas vezes, não ter o medicamento que você precisa. Sendo assim, é aconselhável levar seus remédios de uso contínuo (se tiver) e, por precaução, aqueles que podem ser úteis durante sua estada na região.
Contratar um Seguro Viagem é algo importante para a tranquilidade e segurança de qualquer viagem. O seguro oferece cobertura para situações inesperadas, como problemas de saúde, acidentes, perda de bagagem, cancelamentos de voos e outros imprevistos. Compare planos e encontre os melhores preços das principais seguradoras no site da Seguros Promo.
SEGURANÇA
Todas as cidades que compõem a Chapada Diamantina têm uma taxa de criminalidade baixa, e em nenhum momento nos sentimos ameaçados ou preocupados com riscos relacionados à violência ou crimes. Para garantir uma estada segura e sem incidentes, mantenha-se atento ao que acontece ao seu redor. Aos estrangeiros, aconselhamos deixar o passaporte original guardado no hotel e andar somente com a cópia (colorida) das páginas de identificação.
ALIMENTAÇÃO
A região da Chapada Diamantina tem uma culinária própria, com pratos típicos que incorporam ingredientes regionais. Um exemplo é a carne de sol, frequentemente acompanhada de mandioca e feijão verde. Nas cidades de Mucugê e Lençóis, você encontrará uma variedade de restaurantes que oferecem tanto pratos locais quanto opções da culinária nacional e internacional. Muitos restaurantes se esforçam para usar ingredientes frescos e da região. No entanto, buscando atender aos gostos e costumes variados dos turistas, a maioria dos estabelecimentos servem massas, grelhados etc.
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