Planejando sua viagem a VERSALHES

O Palácio de Versalhes não fica em Paris, mas, como o próprio nome sugere, na cidade de Versalhes. Versalhes encontra-se a cerca de 15 km da capital da França, e é facilmente acessível por transporte público. Uma excelente opção para uma viagem de um dia para quem está hospedado em Paris. Munidos desta informação, através de pesquisas que já havíamos feito em outros blogs de viagens, fomos conhecer a cidade de Versalhes e o luxuoso palácio criado a partir de um sonho ambicioso do rei Luiz XIV, no século 17.

Vamos mostrar para você neste post como foi o nosso dia em Versalhes. Estamos torcendo para que você possa conhecê-la em breve.

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Neste post, você encontrará os seguintes tópicos:

   • Sobre Versalhes
   • Sobre o Palácio de Versalhes
   • Como chegar
   • Visitando o Palácio de Versalhes
   • Funcionamento
   • Ingressos
   • Curiosidades

SOBRE VERSALHES

Versalhes (em francês Versailles) é uma cidade no departamento de Yvelines, região da da França. A então pequena vila surgiu como uma residência rural para caça usada por Luís XIII, rei da França entre 1610 e 1643. Tudo começou quando Luís XIII foi para a região de Versalhes, localizada nos arredores de Paris, para caçar nas florestas. Com o tempo, Luís XIII afeiçoou-se pelo local e, em 1623, ordenou a construção de uma pequena casa de campo.

Versalhes foi a sede do poder político durante um século, entre 1682 e 1789, antes de se tornar o berço da Revolução. Depois de perder o seu estatuto como “cidade real”, tornou-se a capital de um departamento, o Sena e Oise. Como subúrbio de Paris, é hoje um município de setores residenciais e de serviços, sendo muito conhecida pelo seu castelo, o famoso Palácio de Versalhes.

Câmara Municipal do município de Versalhes

SOBRE O PALÁCIO DE VERSALHES

É um palácio enorme com um jardim enorme. Tudo é realmente grande! Você não pode imaginar que esta foi simplesmente uma residência ou lar de alguém no passado. Embora, claro, não fosse qualquer um. De 1682 até 1789, o Palácio de Versalhes e os seus jardins foram a residência da Família Real da França. Luís XIV, rei que governou a França entre 1661 e 1715, e que ficou conhecido como o Rei Sol, foi o primeiro a entrar no palácio. Na altura em que demonstrou interesse pelo lugar, este ainda não era tão grande como é hoje. Ele contratou o arquiteto Louis Le Vau e o artista Charles le Brun para criar um projeto para o palácio que envolveria a expansão do palácio. André le Nôtre foi o responsável pela concepção do jardim de cem hectares. Esse palácio é o grande símbolo do poder dos monarcas na França absolutista, além de ser o grande ícone que representa o padrão de vida luxuoso dos reis e da nobreza.

Atualmente, o Palácio de Versalhes é apenas um museu, um dos locais mais visitados de toda a França, recebendo, anualmente, milhões de pessoas. O Palácio de Versalhes, seus jardins e museus nacionais estão na lista do Patrimônio mundial da UNESCO e são destino turístico de primeiro plano para quem visita a França.

Vista aérea do Palácio de Versalhes – créditos: framesdrone

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COMO CHEGAR

Ir de Paris a Versalhes é muito fácil, especialmente quando se utiliza um trem RER (Réseau Express Régional) que é uma rede de trens expressa com menos paradas que o metrô e com conexões regulares a várias estações de metrô de Paris. Existem vários meios de transporte de Paris a Versalhes, mas a maneira mais comum e fácil é pegar o trem RER linha C que o levará à estação de trem Chateau rive Gauche, em Versalhes. Você pode embarcar na linha C em várias estações do centro (Champs de Mars (perto da Torre Eiffel), Port de l’Alma, Invalides, Musée d’Orsay, Saint-Michel Notre Dame) e viajar até a estação Château Rive Gauche em cerca de uma hora. Parte um trem a cada 15 minutos. Os bilhetes de ida e volta custam 7 € e têm a garantia de não lhe deixar preso em engarrafamentos, como ficaria de carro.  Nem todos os trens da linha C vão para a estação Chateau rive Gauche. Esteja atento a isso.

Este trem atravessa Paris de leste a oeste e segue o famoso rio Sena que divide Paris em duas partes. Da região central de Paris, são cerca de 30 minutos de trem até a estação Chateau rive Gauche e depois, até o Palácio de Versalhes, são mais 10 minutos a pé. O caminho para chegar ao palácio é fácil e agradável, sem nenhum segredo, basta seguir as placas ou a multidão.   Para evitar aglomerações e desfrutar ao máximo o passeio, procure ir a Versalhes na terça ou quarta-feira.

Percurso entre a estação Chateau rive Gauche e o Palácio de Versalhes

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VISITANDO O PALÁCIO DE VERSALHES

AS ÁREAS DE ENTRADA – Ao passar pelo luxuoso portão de entrada do palácio, nós, visitantes comuns, somos convidados a reviver o glamour de um legado deixado por Luiz XIV. O ouro que reluz dos adornos desse portão é uma pequena mostra de tudo o que será visto lá dentro. Uma das mais bonitas realizações das artes francesas, Versalhes é um convite ao luxo, ao poder e ao delírio de um rei que deixou sua marca na história.

Portão principal do Palácio de Versalhes

Antes de entrar no palácio, explore cada contorno, fonte, árvore, grama do inesquecível jardim simétrico e único. Para muitos, um solo sagrado de tanta beleza e perfeição. A partir daí você poderá imaginar o caminho que percorrerá neste gigantesco castelo. Visitar agora todos os 2 mil quartos e salões pode ser um pouco demais! Mas há uma série de áreas que você não deve perder.

Área reservada para a compra dos tickets e organização dos grupos visitantes

Os bilhetes são vendidos separadamente por áreas do Chateau: palácios e jardins ou integrados. Pagamos 15 € pela entrada no Palácio e mais 8,50 €, por pessoa, para ingressar nos jardins. Uma vez dentro do complexo do Palácio de Versalhes, o luxo é arrepiante! É possível percorrer uma infinidade de espaços e se deslumbrar com a grande riqueza artística, entre as quais vale destacar a enorme capela e os grandes aposentos do rei e da rainha.

Agora dentro do complexo

SALÃO DOS ESPELHOS – Não dá para ignorar: o Salão dos Espelhos é a área mais bonita de Versalhes. Entre a infinidade de salas rica e luxuosamente decoradas, o Salão dos Espelhos (Galerie des Glaces em francês) destaca-se para todos os visitantes. Ele é revestido de mármore e decorado em uma versão modificada da ordem coríntia, e contém até 357 espelhos. O que surpreendeu a todos é que o pintor francês Charles Le Brun levou quatro anos para pintar os afrescos do teto do referido salão. Imagine quanta paciência e vontade foram necessárias para realizar tais trabalhos. Não há dúvida de que ele teve que gastar muito nervosismo e energia naquele projeto, mas foi por isso que deixou um legado que milhões de visitantes podem admirar. Para além da já referida Sala dos Espelhos, os visitantes têm ainda a oportunidade de espreitar os quartos do rei e da rainha, bem como inúmeras outras salas interessantes deste castelo.

Esta sala está lindamente decorada com pinturas no teto, estátuas, lustres e muitos espelhos. Era utilizado para receber convidados e celebrar festas. O histórico Tratado de Versalhes foi assinado nesta sala, em 28 de junho de 1919.

Salão dos Espelhos

GALERIA DAS GRANDES BATALHAS – Esse é o maior cômodo do palácio, com 120 metros de comprimento. Ele foi desenhado para exibir telas representando as mais importantes batalhas que contribuíram para a formação da França. Da Batalha de Tolbiac, em 496, à Batalha de Wagram, em 1809, a Galeria das Grandes Batalhas retrata as batalhas mais heróicas da história francesa. O salão está cheio de 33 pinturas gigantescas. 

A sala em si também é uma maravilhosa obra de arte, comprida e bem ampla. Ela possui uma claraboia no teto que acompanha toda sua extensão e que ilumina o ambiente de maneira natural. No centro, uma cúpula que divide o grande corredor em dois, chama a atenção com seus detalhes em ouro. A galeria permanece inalterada desde 1848. Interessante, não?!!!

Galeria das Grandes Batalhas

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APOSENTOS DO REI – Outro destaque dentro do palácio principal de Versalhes são os Aposentos do Rei. Mais íntimos, eram usados principalmente para funções oficiais e, com isso, necessitavam ser bem luxuosos. Esses cômodos oferecem um pouco mais de vislumbre da vida cotidiana do rei Luís XIV. A decoração do quarto do rei está à altura de sua posição: o mobiliário é luxuoso e com finas coberturas em ouro. A área é ricamente ornamentada com decorações douradas, tapeçarias e pinturas. No centro, está uma cama monumental de dossel, fechada por cortinas que isolavam o monarca do frio. O topo da cama é decorado com quatro buquês de penas brancas de avestruz, um artigo de luxo reservado ao casal real. Quase tudo na sala ainda é o mesmo da época de Luís XIV.

Foi neste quarto que Luís XIV morreu no dia 1º de setembro de 1715, aos setenta e sete anos. No século XVIII, o quarto passou a ser ocupado pelos seus sucessores, Luís XV e Luís XVI, mas estes, achando-o muito frio, somente realizavam ali as “cerimônias de dormir e acordar”, preferindo dormir mesmo em um quarto adjacente, menor e mais confortável. Em 6 de outubro 1789, foi na janela deste quarto que a família real apareceu para a multidão antes de deixar o castelo e transferir-se para Paris.

Aposentos do Rei

APOSENTOS DA RAINHA – Os Aposentos da Rainha mantêm a decoração deixada por Maria Antonieta, que era sinônimo de luxo e extravagância. Um conjunto de quatro cômodos com os toques pessoais da rainha, eles foram reformados pelo governo francês alguns anos atrás a fim de reavivar o brilho dos tempos de ouro. A habitação principal foi palco da morte de duas rainhas e o nascimento de 19 príncipes e princesas. Sem dúvida, um verdadeiro berço real.

Aposentos da Rainha

CAPELA REAL – A Capela Real do Palácio de Versalhes foi terminada em 1710, no final do reinado de Luís XIV. Foi a quinta e última capela construída no palácio desde o reinado de Luís XIII, e foi dedicada a São Luís, o santo padroeiro do rei. O teto abobadado é dedicado à Santíssima Trindade. No centro, está Deus Pai em sua Glória, de Antoine Coypel, no fundo, podemos ver a A Ressurreição, de Charles de La Fosse, e, acima da tribuna real, encontramos A Descida do Espírito Santo, de Jean Jouvenet.

OBRAS DE ARTE – As coleções dos museus do Palácio de Versalhes são bem mais importantes do que poderíamos imaginar. Além das obras de arte — como quadros e esculturas que constituem o cenário — os afrescos e as mobílidas não devem ser deixados de lado: verdadeiros testemunhos do saber-fazer dos artesãos do século XVII e XVIII. O Castelo de Versalhes possui mais de 60 mil obras de arte, dentre as quais há algumas peças que devem ser vistas. Uma das mais importantes é a Coroação de Napoleão, de Jacques-Louis David.

Tela “Coroação de Napoleão”, de Jacques-Louis David

JARDINS DE VERSALHES – Não se pode visitar o Palácio de Versalhes sem dar uma passeada pelos seus jardins. Completamente simétricos, você encontrará fontes, estátuas, aldeias falsas e muito mais. Também é bom que o jardim possa ser visitado de forma totalmente gratuita, exceto em dias de espetáculo de fontes. Estes são os destaques dos Jardins de Versalhes.

Jardins de Versalhes

Os jardins do palácio de Versalhes são agradáveis para passear. Tudo é lindo e bem conservado. Existem também várias fontes nos jardins. São realizados shows de fontes onde as fontes borrifam água ao ritmo da música e há também um lindo show de luzes.  Se você quiser ter uma ideia do tamanho dos jardins do palácio, dê uma olhada no Google Maps. Com ele, você pode caminhar vários quilômetros nos jardins.

Jardins de Versalhes

HAMEAU DE LA REINE – No final dos jardins franceses, você encontrará uma pequena vila que Maria Antonieta construiu. Na vila, encontrará um moinho de água, uma quinta, um estábulo de ovelhas e algumas pequenas casas. A vila foi construída por volta de 1785 e foi usada pela rainha para escapar da vida rígida da corte. A maneira de Maria Antonieta escapar da etiqueta da corte era um pouco estranha: nesta aldeia, a rainha brincava com suas amigas como camponesas. Infelizmente, o interior das casas não é acessível aos visitantes.

Hameau de la Reine

TEMPLO DO AMOR – O Templo do Amor foi construído em 1778, no meio de uma pequena ilha, e você pode reconhecer o templo pela réplica da estátua de Bouchardon. O nome vem dos muitos casais que gostam de se beijar no centro do templo. Imperdível se você estiver com a pessoa que você ama.

Templo do Amor

FUNCIONAMENTO

Palácio de Versalhes
Abril a outubro: aberto de terça a domingo, das 9h00 às 18h30
Novembro a março: aberto de terça a domingo, das 9h00 às 17h30
Jardins de Versalhes
Abril a outubro: aberto de terça a domingo, das 8h00 às 20h30
Novembro a março: aberto de terça a domingo, das 8h00 às 18h00
Fechados todas as segundas-feiras, 1º de janeiro, 1º de maio e 25 de dezembro

INGRESSOS

O Palácio de Versalhes é visitado por 10 milhões de pessoas todos os anos. O elevado número de visitantes provoca longas filas. Muitas vezes acontece que o tempo de espera ultrapassa os 60 minutos. Poderá, portanto, ser útil reservar, antecipadamente, um bilhete online e evitar filas na bilheteira. Outra forma é comprar um bilhete prioritário com guia. Compre seu ingresso diretamente no site do Palácio de Versalhes.

CURIOSIDADES

  ♦ Todo o Palácio de Versalhes mede em torno de 67 mil m².
  ♦ Possui cerca de 60 mil peças referentes à história francesa, sendo 372 esculturas e mais de 5 mil móveis.
  ♦ Possui cerca de 700 quartos, 2153 janelas, 67 escadas e mais de mil lareiras.
  ♦ A Galeria dos Espelhos possui 357 espelhos e os Jardins 600 fontes antigas.
  ♦ Em 1919, o Palácio de Versalhes sediou a delegação que assinou o Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial.
  ♦ No Palácio de Versalhes, em 1783, também foi assinado o Tratado de Paris, por meio do qual os ingleses reconheceram a independência dos Estados Unidos.
  ♦ Durante a Revolução Francesa, o Palácio de Versalhes foi invadido, e o rei Luís XVI e sua esposa, Maria Antonieta, foram obrigados a mudar-se para Paris.

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