Parque Kruger, África do Sul
Planejando sua viagem ao PARQUE KRUGER
Sempre alimentamos o desejo de conhecer a África do Sul. A realização deste sonho iniciou quando nosso filho e nossa nora nos convidaram para visitarmos este país. Os dois montaram um roteiro fabuloso para conhecermos Joanesburgo, o Parque Kruger e a Cidade do Cabo (Cape Town), três destinos fantásticos!
Passamos um dia em Joanesburgo, pernoitamos nesta cidade e, na manhã seguinte, partimos em direção ao parque Kruger. No caminho, aproveitamos para visitar alguns dos pontos turísticos da Rota Panorâmica. Daí a razão de abordarmos neste post três outros locais, antes de falarmos sobre o Kruger: a God’s Window, a vila de Graskop e a Elephant Whispers. Voltando ao destino Kruger, podemos lhe garantir que o safári que lá fizemos foi uma das experiências mais gostosas das nossas vidas! Um passeio perfeito para turistas de todas as partes do mundo. Diferentemente de ir a um circo ou a um jardim zoológico, a emoção é muito maior quando se vê os animais soltos em seu habitat, convivendo livremente com a natureza. Passamos dois dias dirigindo sozinhos pelo parque, o que nos permitiu conhecer a realidade de uma savana, avistar vários animais selvagens e tirar muitas fotos.
Bora ver a bicharada?
Casal VisiteiGostei
Neste post, você encontrará os seguintes tópicos:
• Sobre o Parque Kruger
• Informações básicas para sua viagem
• Quando ir ao Parque Kruger / Melhor época para visitar
• Hospedagem
• Transporte
• Segurança
• Alimentação
• O que visitar no trajeto Joanesburgo-Kruger
• Safári no Parque Kruger: Dicas de viagem
SOBRE O PARQUE KRUGER
O Parque Kruger, cuja pedra fundamental foi lançada por Paul Kruger, em 1898, é uma das maiores reservas naturais da África do Sul e um dos destaques sul-africanos mais populares. Sendo uma propriedade do estado, ele está localizado no extremo Nordeste do país, na fronteira com o Zimbábue. No Parque Kruger, você tem a chance única de vivenciar a vida selvagem da África de perto. Aberto ao público desde 1927, o parque ocupa uma área de 2 mil hectares e é o lar de quase 147 espécies de mamíferos, incluindo os famosos “Big Five“ (cinco grandes) da selva africana. São eles: elefante, rinoceronte, búfalo, leão e leopardo.
Sem pagar nada a mais por isso, faça suas reservas através de nossos links. Apoie este blog.
INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA SUA VIAGEM
Visto – Brasileiros não precisam de visto para estadas a turismo de até três meses na África do Sul. Apenas necessitam apresentar passaporte com, no mínimo, três meses de validade. Mais informações, consulte os sites Mundo dos Vistos e Do you need VISA. Indo a turismo, leve seus comprovantes de hospedagem, da passagem da volta, do seguro viagem (se tiver) e quaisquer outros que possam lhe ajudar no momento de passar no controle de imigração.
Idioma – Ao todo, são 11 idiomas na África do Sul. É comum os sul-africanos se comunicarem em, pelo menos, duas línguas: a nativa, que utilizam ao conversar com a família, e o inglês, que é falado por praticamente toda a população.
Moeda – A moeda local é o Rand sul-africano (ZAR). Consulte a taxa atualizada.
Para uma viagem mais segura e prática, é recomendável optar por alternativas como Cartões de Viagem. O cartão Wise, por exemplo, permite carregar dinheiro em diferentes moedas de forma digital, facilitando na hora de pagar e sacar em suas viagens internacionais. Evite transportar grandes quantias em dinheiro e reduza os riscos de transtornos ao viajar para outro país! Saiba mais sobre o Cartão de Viagem Wise.
Vacinas – Nenhuma vacina é exigida para entrada no país. O risco de malária no Kruger é considerado baixo. No entanto, é prudente quem visita o parque levar um medicamento para profilaxia desta doença, principalmente crianças e mulheres grávidas. Informe-se sobre isso com antecedência com seu médico.
Eletricidade e Tomadas – Todo o país opera em correntes de 220 volts e tomadas no tipo D, com três pinos, mais grossos que os utilizados no Brasil e dispostos de forma triangular. Caso não possua, é possível comprar adaptador para o padrão sul-africano no próprio aeroporto de Joanesburgo.
QUANDO IR AO PARQUE KRUGER / MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR O PARQUE KRUGER
O clima na África do Sul é semelhante ao da região sul do Brasil, inclusive tem praticamente a mesma localização no mapa, em se tratando de hemisférios. O calor é constante, mas do anoitecer até o amanhecer o frio é intenso! A alta temporada vai de dezembro a janeiro e de julho a setembro. Como nosso objetivo na África do Sul era um safári no Parque Kruger, fomos a este país no mês de agosto. Se também é esta a sua intenção, procure planejar para que sua viagem aconteça entre junho e outubro. Neste período, a estação nas reservas é seca e você tem uma chance melhor de observar os animais, pois eles não podem se esconder tão bem. Além disso, por chover pouco e não fazer tanto calor, é mais difícil haver mosquitos e, consequentemente, o risco de pegar malária é consideravelmente menor. Comparado com o horário de Brasília, o fuso deste país é de +5 horas (UTC +2).
HOSPEDAGEM
Hospedar-se no Kruger não tem nada a ver com ficar em barracas nas florestas. Este parque possui uma ótima infraestrutura em toda sua extensão, tanto no tocante à segurança, à organização quanto às suas hospedagens. Dentro do parque, existem vários hotéis, acampamentos e pousadas, onde você pode pernoitar. De alojamentos estaduais e reservas particulares a pousadas de luxo, há realmente algo para todos os orçamentos. Você pode imaginar esses alojamentos como sendo uma pequena vila no meio do parque, uma relativamente próxima da outra (de 60 a 90 minutos). Os maiores estão no sul e no centro do parque. O norte é relativamente silencioso e é frequentado por um número significativamente menor de pessoas. As vagas para se hospedar dentro do Kruger se esgotam com facilidade e, por isso, aconselhamos fazer suas reservas com bastante antecedência. Nossa nora, por exemplo, reservou nossas acomodações com seis meses antes da viagem. Utilize o site oficial do Parque Nacional Kruger para fazer suas reservas em quaisquer dos alojamentos do parque. Se for passar alguma noite no Kruger, você deve indicar isso logo ao entrar no parque.
Ficamos hospedados em três alojamentos diferentes: um nas imediações do Kruger, bem próximo ao portão de entrada Phabeni, e dois dentro do próprio parque. Todos nos agradaram. Seguem os locais, conforme ordem de hospedagem:
⇒ Hotel Masasana’s (537 Sabie Road +27 83 794-5937)
⇒ Pretoriuskop Rest Camp [4] (Voortrekker Road, Parque Kruger 1350 +27 21 424-1037)
⇒ Letaba Rest Camp [6] (Shingwedzi Road, Parque Kruger 1350 +27 13 735-6636)
Informações importantes sobre os rest camps (hospedagens dentro do Kruger):
⇒ Quase todos rest camps contam com restaurante, lanchonete, banheiros, loja, mercadinho e posto de combustível.
⇒ Quem não está pernoitando no parque, também pode entrar nos rest camps para usar a infraestrutura mencionada.
⇒ Skukuza é o principal deles. Além dos serviços já mencionados, há correios, museu, biblioteca, serviço médico, posto policial, aeroporto e até um campo de golfe! Skukuza é também o centro administrativo do parque e, ao seu redor, há ruas organizadas como um bairro, onde residem funcionários. Há também escola e igreja.
⇒ Os rest camps costumam permitir que seus hóspedes lavem roupas, cozinhem e até façam churrasco.
⇒ Todos os rest camps são protegidos com muros, alambrados e cercas elétricas. A entrada e saída são feitas por meio de um portão, que abre no nascer do sol e se fecha ele se põe. Quem dorme no parque deve permanecer dentro dos rest camps durante a noite.
TRANSPORTE
Existem muitas maneiras de explorar a África do Sul. A forma mais individual é certamente com um carro alugado. Você tem liberdade ilimitada para ir aos lugares que lhe interessam, fazer paradas quando quiser e descobrir tudo por conta própria. Já no próprio aeroporto Internacional Oliver Tambo (JNB), em Joanesburgo, pegamos o veículo anteriormente reservado e fomos aproveitar o dia, desbravar a metrópole sul-africana. Um carro com sete lugares e com duas cadeirinhas para nossos netos. Foi um pouco difícil para acostumar dirigir pelo lado esquerdo, na “mão invertida” (ou “mão inglesa”). Mas, à medida que rodávamos pela cidade, íamos pegando o jeito. Graças a Deus, tudo correu bem nos 1.700 km percorridos. Adquirimos um chip eSIM com plano internacional para esta viagem. Com ele, nos guiamos pelos sinais das antenas e satélites. Com exceção de um determinado ponto do Kruger, no dia em que faltou sinal e chegamos atrasados ao alojamento Pretoriuskop, tudo correu otimamente. O aplicativo Waze foi quem nos apoiou nos descolamentos que fizemos pela África do Sul.
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Nas autopistas, guardas rodoviários costumam parar veículos de turistas estrangeiros e alegar infrações que não existem! Mesmo sem ultrapassar o limite de velocidade, tivemos que dar uma propina para evitar problemas. Numa segunda abordagem, ligamos o celular e começamos a filmar antes que o policial mencionasse a falta. Ele fez cara feia, devolveu nossos documentos e nos liberou.
Se pretende alugar um carro na África do Sul, adquira, ainda no Brasil, uma Permissão Internacional para Dirigir (PID). A Europcar não tocou no assunto, mas sabemos que algumas locadoras nem liberam o veículo se não for apresentada a PID do condutor.
SEGURANÇA
Uma vez dentro do parque, você dificilmente terá problemas com bandidos. Suas preocupações com segurança passarão a ser outras: o cuidado ao dirigir pelas estradas do Kruger e a proteção para que nenhum animal lhe ataque. O safári é bastante seguro, mas não se pode esquecer que estes problemas existem. Para que a sua estada seja boa e tranquila na África do Sul, tal como foi a nossa, seguem alguns conselhos: 1º) Trate os animais com respeito, mantenha distância deles; 2º) Não saia do veículo e nem se incline para fora dele. O desembarque só é permitido nas áreas de descanso e nos acampamentos; 3º) Não tente atrair a atenção fazendo sons, batendo palmas ou imitando barulhos; 4º) Só saia à noite se for para fazer safáris guiados. Sozinho, jamais! Aliás, é proibido!; 5º) Não ultrapasse a velocidade máxima permitida para trafegar no parque, que é de 50 km/h; 6º) Dentro do parque, mantenha todas as portas do veículo travadas e, havendo risco, os vidros fechados; 7º) Proteja-se contra picadas de mosquitos. Vista roupas leves e compridas e use repelente várias vezes ao dia. Havendo possibilidade, durma sob uma rede mosquiteira.
Contratar um Seguro Viagem é algo importante para a tranquilidade e segurança de qualquer viagem. O seguro oferece cobertura para situações inesperadas, como problemas de saúde, acidentes, perda de bagagem, cancelamentos de voos e outros imprevistos. Além das precauções, todo visitante deve ter contratado um seguro de viagem para ingressar em 26 países da Europa, nos Emirados Árabes, Catar, Austrália, Rússia, Cuba, entre outros. Compare planos e encontre os melhores preços das principais seguradoras no site da Seguros Promo.
ALIMENTAÇÃO
Nos pontos de paradas, há lanchonetes, restaurantes e até mini-mercados para dar um jeito na sua fome.
O QUE VISITAR NO TRAJETO JOANESBURGO–KRUGER
Saímos de Joanesburgo às 6h, com o dia começando a amanhecer. Nosso intuito era visitar alguns pontos turísticos da Rota Panorâmica, pernoitar próximo ao portão Phabeni do parque e, no dia seguinte, bem cedinho, partir rumo ao safári no Kruger. A Rota Panorâmica é conhecida por suas belas vistas. Seus principais pontos turísticos são: o Blyde River Canyon, a God’s Window, as formações rochosas de Bourke’s Luck Potholes e suas diversas cachoeiras. Havíamos planejado conhecer o Blyde River Canyon, mas, como nosso tempo era escasso e ainda tínhamos que estar até as 16h no Elephants Whispers, só foi possível visitar a God’s Window e a pequena vila de Graskop.
GOD’S WINDOW – A God’s Window, ou a “Janela de Deus”, foi a nossa primeira parada. É uma atração na Rota Panorâmica que possui uma das vistas mais bonitas da África do Sul.
A 1.000 metros de altitude, é um ponto de observação que vale a pena ser visitado por quem vai de Joanesburgo ao Parque Kruger. Estando bom o tempo, sem neblina, é possível avistar o parque Kruger. Há três pontos que lhe permitem ter visões diferentes do local.
GRASKOP – Graskop é uma pequena vila turística com excelente localização no meio da Rota Panorâmica. Em Graskop, lojas de souvenirs se alinham com restaurantes e operadoras de turismo. Vale a pena uma parada neste lugar para almoçar ou comer um lanche, ir ao banheiro, comprar umas lembrancinhas e abastecer o veículo.
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ELEPHANT WHISPERS – Visitamos a Elephant Whispers como parte do passeio pela África do Sul e não nos arrependemos nem um pouco do tempo e dinheiro investidos nesta atração. Localizada às margens do Rio Sabie, perto de Hazyview, a Elephant Whispers possibilita que seus visitantes entrem em contato com elefantes africanos. Pudemos ver os grandalhões de perto e obtivemos percepções interessantes sobre o mundo desses animais de até 6 toneladas e com altura de mais de 3 metros. A empresa não atua como um circo! Os elefantes são muito bem tratados por profissionais que possuem respeito, afeto e bastante cuidado com deles.
Iniciaram com a história da origem dos elefantes da Elephant Whispers e as regras de conduta que ela possui para lidar com seus animais. Falaram sobre os hábitos, anatomia etc. Aliás, foi lá que descobrimos que os elefantes africanos não são, nem de longe, tão fáceis de domesticar quanto os asiáticos, exigindo muito esforço e paciência por parte de seus instrutores. É possível aprender bastante sobre este magnífico animal.
Em seguida, fomos a outro ponto para que cada visitante pudesse conhecer os elefantes e seus cuidadores. Um destes animais foi conduzido para a sombra de uma grande árvore. Através de uma interação próxima e direta, pudemos ver com que habilidade estes poderosos usam suas trombas para substituir suas mãos. Para nós, foi incrível a oportunidade de tocar e sentir dentes, orelhas, pele etc. de um elefante.
Os visitantes podem não apenas tocar, acariciar e alimentar os elefantes, mas também dar uma volta montado em um deles. Coisas que jamais pensamos que fôssemos fazer na vida: andar de elefante!!! O passeio dura em torno de 15 minutos, acontece dentro das instalações da Elephant Whispers e é conduzido por seus cuidadores. Esta atividade é opcional e é cobrada uma taxa em separado para os interessados. Se chover, todo o evento é cancelado.
Para nós, foi uma experiência inesquecível, uma atração que não deve ser perdida por nenhuma pessoa que esteja em turismo pela África do Sul. Obtenha mais informações e faça sua reserva no próprio site da Elephant Whispers.
Já no final da tarde, terminado o passeio da Elephant Whispers, nos dirigimos para a Masasana’s Rest, nossa hospedagem na noite que antecederia o safári pelo Parque Kruger. Trabalhando na modalidade airbnb, a casa que reservamos foi capaz de abrigar, com conforto, toda a nossa família. O local foi escolhido por razões estratégicas, haja vista que pretendíamos chegar bem cedo ao portão Phabeni no dia seguinte. Já tínhamos a informação de que sempre há filas para ingressar no parque e que estas costumam demorar. Para que você tenha noção da hospedagem Masasana’s Rest, publicamos algumas fotos que tiramos momentos antes de deixarmos as acomodações e seguirmos para o Kruger.
Na noite que chegamos ao Masasana’s, após nos instalarmos, saímos para jantar num restaurante a 240 metros da nossa hospedagem. Gostamos muito do local. Apesar de não haver tantas opções no cardápio, estava uma delícia o prato que pedimos! Com uma atmosfera bacana, o local atende também como um pub. Tanks Bush Pub: R536, Hazyview, 1242 +27 72 582-6461.
Ao viajar para outro país, mantenha-se conectado de forma prática e acessível com a solução eSIM da Airalo. Diga adeus às altas taxas de roaming e à complicação de trocar chips físicos a cada destino.
SAFÁRI NO PARQUE KRUGER
DICAS DE VIAGEM PARQUE KRUGER
Estávamos ansiosos por este momento porque era o início de nosso safári de dois dias pelo Parque Kruger. Vindo de Hazyview, ingressamos no parque pelo portão Phabeni [1]. Seguindo recomendações de outros blogs de viagens, procuramos chegar a esta entrada o mais cedo possível.
Passados alguns minutos das 6h, estávamos nós na entrada do Kruger. Mesmo nos apressando, já havia vários veículos na nossa frente aguardando para entrar no parque. Três são as vantagens de se chegar com bastante antecedência: 1ª) Garantir sua entrada no Kruger, uma vez que o número de veículos permitidos por dia é limitado; 2ª) Evitar ficar muito tempo na fila, pois o atendimento é bastante demorado; 3ª) Muitos animais têm sua fase ativa nas primeiras horas da manhã e são mais fáceis de serem observados do que no calor do meio-dia.
Como regra, os preços de admissão do Kruger são ajustados anualmente e são referidos como “Taxa Diária de Conservação“. A taxa de entrada do Parque Kruger para 2019 é de aproximadamente € 20 por dia para estrangeiros. Crianças pagam metade desse valor. Isso se aplica a hóspedes durante o dia e a pernoitar nos demais acampamentos. Não há custo adicional para o veículo em si. Para os que vão pernoitar em alojamentos do parque, a taxa de conservação é cobrada juntamente com as diárias de hospedagem.
Imprimimos os comprovantes e apresentamos todos eles ao efetuarmos o check-in no portão Phabeni, um dos nove que dão acesso ao parque. Lembrando que a entrada no Kruger é altamente controlada. Portanto, esteja com seu passaporte neste momento. Concluído o check-in, recebemos um documento que nos acompanhou por todos os momentos que estivemos no parque. Cuide bem dele, pois o mesmo será solicitado em diversas situações do seu safári.
O Parque Kruger é quase inteiramente cercado, com exceção de algumas poucas áreas a leste, na divisa com Moçambique. Os visitantes entram e saem por um dos portões, todos com recepção. As estradas principais no Kruger são pavimentadas e fáceis de dirigir. Sempre há indicações para acesso aos diversos pontos de apoio (rest camp) e portões do parque. O motorista só tem que ter em mente que deve se concentrar na direção, evitando ficar procurando animais enquanto estiver conduzindo o veículo. Existem também ruas laterais em que nem todos os carros podem circular. Mapas das estradas do parque estão disponíveis nos portões de entrada e saída. Ainda: é permitido entrar por um portão e sair por outro.
Começamos nosso safári apostando quem seria a primeira pessoa da família a localizar um animal no parque. Foi a senhora VisiteiGostei quem avistou uma girafa entre algumas árvores secas. Foi a maior festa! Quando os animais não estiverem muito próximo do veículo e principalmente quando não forem considerados perigosos, é permitido permanecer com os vidros do carro baixados. Contudo, não permita que as crianças administrem o baixar e o suspender dos vidros. Seja prudente e desfrute seu safári com segurança.
Algumas das regras do Parque Kruger:
⇒ Velocidades máximas: 50 km/h para as vias principais e 40 km/h para as secundárias. Os limites de velocidade no parque devem ser rigorosamente respeitados. A polícia, presente em diferentes delegacias do parque, aplica multas todos os dias naqueles que infringem esta e outras regras
⇒ Proibido caçar qualquer animal do parque
⇒ Não alimentar os animais
⇒ Não é permitido sair do veículo
⇒ Aqueles que irão pernoitar deverão estar em seus acampamentos antes de escurecer.
Sem pressa e sempre de olho se havia algum animal, principalmente algum da lista dos big five, seguíamos nosso safári pelas vias principais do parque Kruger. Estipulávamos a nossa próxima parada em algum rest camp da reserva e íamos curtindo o percurso. A propósito, caminhávamos em direção à Skukuza Rest Camp. Mesmo que seu celular tire ótimas fotos, procure levar uma câmera que possua um bom zoom. Ocorre que, em muitas ocasiões, os animais estão distantes e somente com este recurso você conseguirá registrá-los da forma como gostaria. As fotos do leão, leopardo, búfalo e tantos outros bichos que você verá mais adiante são casos que evidenciam isto.
Vimos muitos, mas muitos animais neste safári!!! Elefantes, impalas, hienas, gnus, macacos e zebras havia aos montes no Kruger. Por diversas vezes, eles estavam juntos, pastando, dividindo o mesmo espaço. Contudo, apesar das muitas fotos que tiramos neste passeio, publicamos aqui poucas delas. Nosso principal objetivo é lhe passar informações, de forma a planejar a sua viagem para este destino turístico.
Após duas horas de safári, andando vagarosamente com o carro e com muitas paradas para apreciar e tirar fotos dos animais, chegamos a Skukuza [2], nosso primeiro ponto de apoio no parque Kruger. As mulheres trocaram as fraldas das crianças, usamos o banheiro e carregamos um pouco a bateria da câmera. Como ainda era cedo para o almoço, só tomamos café e compramos algumas garrafas d’água para consumirmos durante o próximo trajeto. Parar onde bem quiser e por quanto tempo desejar são vantagens de todos os que fazem safári self drive. Skukuza apresenta loja de conveniência, restaurante e boa infraestrutura para atender seus visitantes. Possui também várias acomodações, mas, conforme mencionamos, nossa primeira pernoite aconteceria no rest camp Pretoriuskop e, a segunda, no Letaba.
Deixamos o Skukuza e continuamos nosso safári em direção ao rest camp Lower Sabie, nossa próxima parada. Enquanto dirigíamos, nos deparamos com mais uma grande quantidade de animais, alguns repetidos e outros que ainda não havíamos visto. Foi neste trajeto que avistamos um grupo de leões. Dois eram agora os big five para a nossa lista: elefante + leão. Os animais que pertencem aos chamados big five não fazem parte porque são os maiores da África, mas, sim, porque, em tempos passados, eram os mais difíceis de serem caçados.
Vale a pena não examinar somente o chão em busca de cores e movimentos suspeitos. Os leões geralmente ficam preguiçosamente em lugares sombreados durante o dia. Já os leopardos, principalmente nos dias quentes, passam suas horas nos galhos bifurcados das árvores.
Há uma atitude comum em todas as pessoas que fazem um safári self drive: Ao encontrar vários carros parados na pista, estaciona também o seu veículo e começa a procurar o que pode haver de interessante no local. A primeira coisa a se pensar é “Esta gente deve ter visto um leão ou um leopardo!”. Como poucos abrem os vidros para se comunicar com os outros visitantes, as pessoas ficam um bom tempo procurando o que pode estar acontecendo de especial. Às vezes, alguém viu um leão, por exemplo, mas o animal foi embora e todos os que chegam depois ficam estacionados, tentando avistar algo que os surpreenda. Por diversas vezes, paramos nosso veículo e conseguimos ver algo diferente, como foi o caso de uma impala morta em cima de uma árvore, a qual havia sido devorada por um leopardo. Atente-se para a sequência das fotos abaixo: aglomeração de carros, uma árvore distante e nada de suspeito e zoom da câmera registra uma presa morta entre os galhos.
E prosseguimos com o safári…
Passavam alguns minutos das 14h quando chegamos ao Lower Sabie [3]. Dos rest camp que conhecemos, ele foi o que mais nos impressionou. A infraestrutura de suas acomodações, seu excelente restaurante, a facilidade de acesso e o posicionamento junto ao rio para ver os animais é que fazem do Lower Sabie um dos principais pontos de apoio do Kruger. Não pernoitamos neste local, somente paramos para esticarmos as pernas, usarmos os banheiros e almoçarmos. A pernoite aconteceu na nossa próxima parada, no Pretoriuskop.
Encontramos em Lower Sabie um painel sobre o qual as pessoas marcavam com um ímã os animais (big five) que viram e a região em que eles estavam. Uma forma de poder ajudar a todos que também estão fazendo safári. Infelizmente, ninguém havia reportado a presença de rinoceronte! Mais à frente, no dia seguinte, vimos no rest camp Satara um painel igual e com os mesmos propósitos.
Enquanto almoçávamos, foi possível avistar na outra margem do rio o nosso terceiro big five, um búfalo. Faltavam agora só dois dos “bichos de destaque” da África para vermos no Kruger: o rinoceronte e o leopardo. Nossa intenção não era somente localizá-los, mas curtir a savana como um todo. No entanto, não podemos negar que gostaríamos de encontrá-los antes que terminasse o safári. Saímos de Lower Sabie às 15h e tínhamos mais três horas para rodar pelas pistas do sul do parque procurando animais. O portão do alojamento estaria fechado a partir das 18h.
Chegamos ao Pretoriuskop Rest Camp [4] com 20 minutos de atraso [18h20] e o portão de acesso já estava fechado. Explicamos que havíamos errado a rota e eles liberaram nossa entrada. Foi grande o susto! Como não havíamos vivido (e nem lido) uma experiência deste tipo, chegamos a pensar como seria dormir dentro do carro numa savana. Fizemos o check-in, adentramos à nossa hospedagem e fomos ao minimercado pegar algo para nossa janta. Como vimos alguns hóspedes fazendo churrasco, aderimos à ideia. Compramos só carnes exóticas, era o que havia para consumo: costelinhas de javali, bifes de búfalo e linguiça de impala. Uma noite gostosa. Abaixo, fotos tiradas na manhã seguinte, minutos antes de deixarmos o alojamento.
Segundo dia de self drive no Parque Kruger. Tão logo clareou o dia, partimos do Pretorius e dirigimos lentamente para o norte. Acordamos bem cedo para que pudéssemos aproveitar a movimentação dos animais e também porque nossa “viagem” seria muito longa até nosso próximo destino, o alojamento Letaba Rest Camp, ao norte do parque. Com o celular recebendo perfeitamente bem os sinais, saímos pelas pistas do Kruger para observar mais animais e ver se conseguíamos avistar algum rinoceronte, leopardo ou outros leões.
Nova aglomeração de carros e, imediatamente, emparelhamos nosso veículo com os demais. Não sabemos quem foi a primeira pessoa a avistar um leão solitário, mas gostaríamos de agradecer pela façanha. Veja a distância que ele se encontrava e como o animal estava camuflado entre galhos e capins.
É preciso muita atenção para avistar, por conta própria, os animais selvagens. Em determinado momento, trafegávamos por uma das pistas do Kruger quando nossa nora pediu que retornássemos, pois acreditava ter visto um leopardo. Ela estava certa! Que emoção! Um leopardo! Era o quarto big five da nossa lista. Você só pode vê-los com dificuldade. Os leopardos sempre estão bem camuflados, dormem durante o dia e são bastante tímidos. Sua pele o camufla tão bem que dificilmente pode ser visto a olho nu. Como a maioria dos felinos, ele caça à noite e dorme durante o dia. Chegando ao ponto de apoio Satara, nossa nora atualizou o quadro Sightings Board com a presença do selvagem e sua respectiva localização.
Para completar os cinco grandes da savana, faltava agora localizar um rinoceronte. Infelizmente, a caça predatória reduziu drasticamente a quantidade deste animal no continente africano. Estima-se que a população de rinocerontes do mundo diminuiu 70% em uma década. Somente no Parque Kruger, cerca de 10 rinocerontes são caçados todas as semanas. O objetivo dos caçadores ilegais é sempre o mesmo: retirar o chifre destes animais e comercializá-los com traficantes de joias. Assim como para muitos que visitam o parque Kruger, não conseguimos ver nenhum rinoceronte. Os guardas do Kruger têm autorização para matar todo aquele que estiver caçando no parque.
Objetivando chegar ao camp Satara, seguíamos atentos para ver se localizávamos mais animais selvagens. As pistas ao Norte do Kruger possuem menos carros e turistas do que as do Sul. Isto porque a parte de cima do parque tem menos rios e, consequentemente, menos bichos também. O Sul, por outro lado, é mais densamente povoado por humanos e animais.
Chegamos a Satara Rest Camp [5] por volta das 13h. Situado no centro do parque, Satara é um dos principais alojamentos e o terceiro maior do Kruger. Consideramos a loja de Satara como sendo a mais bonita e mais completa dos rest camp que visitamos.
De volta ao safári, houve um fato inusitado em nosso passeio. Encontramos embaixo de uma árvore uma grande quantidade de macacos babuínos pegando algo do chão. Paramos e ficamos intrigados, uma vez que todos se comportavam da mesma maneira, ingerindo um alimento amarelo. Se locomoviam mais um pouco e levavam a mão à boca novamente. Com a câmera, aproximamos a imagem para ver o que a macacada comia. Depois de uma foto e uma pesquisa no Google, constatamos: Estávamos diante de um pé de amarula!
E prosseguimos com o self drive até chegar ao alojamento Letaba, nossa segunda e última pernoite no Kruger.
Às 17h30, chegamos ao acampamento Letaba Rest Camp [6]. Letaba é um dos pontos de apoio mais antigos do Kruger. O acampamento é grande, com diversas tendas para hospedagens, áreas comuns para os hóspedes, o museu do elefante, loja de conveniência e um restaurante. A tenda que ficamos era limpa e com camas confortáveis. No deck, havia uma geladeira, fechada com cadeado, isto para evitar que os macacos a abrissem e furtassem nossos alimentos, algo comum de acontecer. A loja de conveniência do Letaba possui uma razoável diversificação de alimentos, bebidas e souvenirs com bons preços. O restaurante oferece um menu com poucas opções, mas, apesar disso, a comida é bem preparada e seus funcionários são muito simpáticos. O preço dos pratos era similar aos cobrados fora do parque, o que foi um grande negócio.
Pela manhã, tomamos nosso café, colocamos as malas no carro, tiramos nossa última foto no Kruger e partimos rumo ao portão Phalaborwa [7], para pegarmos as rodovias que nos levariam ao aeroporto de Joanesburgo. No próprio aeroporto, devolvemos o carro e embarcamos num voo para a Cidade do Cabo, o último destino da nossa viagem à África do Sul.
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