Planejando sua viagem a OURO PRETO

Ouro Preto, o destino que atrai pessoas do mundo inteiro, é a joia da coroa entre todas as cidades históricas mineiras e deve, obrigatoriamente, estar na lista de qualquer itinerário de turismo em Minas Gerais. Ela está localizada em uma região montanhosa com cascatas, trilhas para caminhadas e uma enorme área de floresta nativa.

Andar pelas ruas desta cidade é como viajar no tempo, aprendendo mais sobre como era a vida por ali no século XVIII. Subir e descer ladeiras, bater perna por suas ruas estreitas, visitar as belíssimas construções históricas e tirar muitas fotos serão as principais atividades de seu roteiro neste destino. Das cidades históricas de Minas Gerais que visitamos, Ouro Preto é a única que exige, pelo menos, dois dias de permanência.

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SOBRE OURO PRETO

Inicialmente chamada de Vila Rica, Ouro Preto fica na Região central Minas Gerais. A magnífica cidade barroca de Ouro Preto, um dos locais turísticos mais importantes do país, foi criada por volta de 1700. Aliás, tal criação se deu por acaso, quando os portugueses tentavam escravizar os indígenas e acabaram descobrindo que havia ouro no lugar. Os depósitos do precioso metal eram enormes! Seu nome não foi porque encontraram petróleo na região, mas porque o ouro extraído era levemente preto, devido à contaminação por óxido de ferro. Diamantes também foram encontrados em Ouro Preto e a região logo se tornou uma das mais ricas do Brasil.    Entre 1700 e 1820, 80% da produção mundial de ouro saiu da região de Ouro Preto. Com seus 100 mil habitantes, era a cidade mais rica do “Novo Mundo”. 

Esta cidade histórica foi edificada por artesãos, artistas portugueses e escravos. Foi a capital do estado de Minas Gerais até o final do século XIX, mas depois perdeu esse status para Belo Horizonte. Acredita-se que este foi um golpe de sorte que a manteve preservada até hoje. Em 1980, Ouro Preto foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, sendo o primeiro bem cultural brasileiro inscrito na Lista de Patrimônio Mundial. A cidade possui a maior coleção de arquitetura barroca do Brasil e várias igrejas antigas que abrigam grandes obras de arte.

O filho mais ilustre de Ouro Preto foi Antônio Francisco Lisboa (1738 a 1814), mais conhecido como Aleijadinho. Embora tivesse mãos severamente aleijadas, ele foi o maior escultor, entalhador e arquiteto do Brasil colonial. Criou esculturas e relevos no estilo do barroco brasileiro, o que lhe valeu grande reconhecimento mundial. Além da sua relevância para a arquitetura do Brasil, Ouro Preto também foi essencial para a luta da Independência do país em relação a Portugal, sendo o berço do movimento da Inconfidência Mineira.

QUANDO IR A OURO PRETO / MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR OURO PRETO

É possível passear em Ouro Preto em qualquer época do ano. Somente como informação: chove muito de novembro a março; entre abril e outubro, as chuvas são muito escassas; nos meses de junho, julho e agosto, as noites costumam ser frias, com temperaturas abaixo de 10 ºC. Escolha a ocasião de acordo com a sua conveniência e possibilidade.  As cidades históricas, dadas as diferenças de altitude, frequentemente atingem baixas temperaturas durante todo o ano. Mesmo que sua viagem ocorra no verão, leve um agasalho para usar à noite.

DICAS DE VIAGEM OURO PRETO
O QUE FAZER EM OURO PRETO

1. PRAÇA TIRADENTES – Ao chegar, dirija-se diretamente à Praça Tiradentes, localizada no coração de Ouro Preto. É a partir dela que você deverá iniciar seu passeio pela cidade mais histórica de Minas Gerais.

Um pouco de história: A praça recebeu este nome porque foi nela que a cabeça de Tiradentes foi exposta à população de Ouro Preto. Dentista, comerciante, tropeiro, militar, minerador e articulista político, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, mártir da Inconfidência Mineira, morreu em 21 de 1792, na cidade do Rio de Janeiro. Ele foi condenado à morte por esquartejamento, depois de assumir sozinho a responsabilidade sobre a Inconfidência e inocentar os companheiros. O grupo lutava contra o domínio, exploração e embargo de Portugal ao Brasil-colônia. O monumento a Tiradentes que você verá no centro da praça foi criado em 1894 como homenagem ao mártir da independência.

No entorno da praça, concentram-se lojas, bares, restaurantes e alguns dos pontos turísticos de Ouro Preto, como o Centro de Informações Turísticas, o Museu da Ciência e Técnica, a igreja de Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia, o Museu da Inconfidência, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e o Museu do Oratório. 

Há ainda muitos guias oferecendo seus serviços aos turistas. Se resolver explorar as atrações sozinho, com o seu roteiro, tal como fizemos em nossa viagem, prepare-se para dizer “não” uma porção de vezes. No entanto, caso decida conhecer Ouro Preto com a ajuda de um profissional, contrate somente os que forem credenciados pelo Ministério do Turismo. A vantagem é o fato da cidade ter muito história para ser contada, e eles são preparados para tal, abastecidos com muitas informações. A desvantagem é que você terá que se ajustar à sequência e tempo de permanência por eles estipulados. Apesar de haver muitos pontos turísticos, as atrações encontram-se relativamente próximas umas das outras. Tem-se também como opção de conhecer a cidade a bordo de uma antiga e charmosa jardineira (foto menor), cujo passeio sai todas as manhãs do Largo de Coimbra.

2. CENTRO DE INFORMAÇÕES TURÍSTICAS – Conforme dissemos, bem na Praça Tiradentes há um escritório de apoio ao turista. Passe neste local para pegar, gratuitamente, um panfleto com o mapa e os pontos turísticos de Ouro Preto. Aproveite para tirar dúvidas e obter dicas dos passeios. Rua Padre Rolim, 498 – Fone: (31) 3551-5212.

3. MUSEU DA CIÊNCIA E TÉCNICA – Saindo do Centro de Informações Turísticas e subindo uma quadra, você encontrará o Museu da Ciência e Técnica. Também conhecido como Museu de Mineralogia, esta atração está abrigada no prédio que já foi a antiga sede do Palácio dos Governadores, isto quando Ouro Preto era a capital da então província das Minas Gerais. O Museu de Ciência Técnica, que é administrado pela UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), possui um rico acervo em diversas áreas, como mineralogia, mineração, história natural, entre outros. Estima-se que o museu tenha por volta de 30 mil peças vindas de várias partes do mundo. Em nossa visita, o museu estava fechado. Mesmo assim, valeu a pena ter visto de perto seu antigo prédio. Praça Tiradentes, 20 – Fone: (31) 3559-3118.  Estando diante do museu, aproveite para contemplar a paisagem e tirar belas fotos da Praça Tiradentes e do telhado das casas de Ouro Preto.

4. IGREJA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS E MISERICÓRDIA – Bem ao lado do Museu da Ciência Técnica, está a Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia, também conhecida como Igreja “Mercês de cima“. A igreja que teve sua construção iniciada em 1772 encontra-se em um local de destaque e grande amplitude visual em Ouro Preto. Ela ocupa uma posição superior na serra de Ouro Preto e é uma referência arquitetônica na cidade. Raramente abre para visitação e, por isso, só temos fotos da parte externa da igreja. Rua Padre Rolim, s/n – Fone: (31) 3551-4736.

5. MUSEU DA INCONFIDÊNCIA – Também localizado na Praça Tiradentes, o Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares. Criado em 1938 com peças recolhidas na região, o acervo do museu conta com obras de Athaíde e Aleijadinho e preserva a memória da Inconfidência Mineira. A entrada custa R$ 10,00 (inteira). Infelizmente, não é permitido fotografar o interior do museu. Como visitamos Ouro Preto dias antes do Carnaval, havia um palco bem em frente ao prédio, prejudicando as fotos que tiramos da fachada do museu. Praça Tiradentes, 139 – Fone: (31) 3551-1121.  Encontram-se neste museu os restos mortais de 16 inconfidentes.

6. IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARMO – A Igreja de Nossa Senhora do Carmo é outra atração no entorno da Praça Tiradentes. Fica do lado direito do Museu da Inconfidência (para quem olha o museu de frente). Poderíamos dizer que está localizada na esquina da praça. A Igreja de Nossa Senhora do Carmo não é tão rica em ouro como tantas outras, mas se orgulha por possuir obras de Aleijadinho. É monumento tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Permitido fotografar o interior da igreja somente com aparelho celular (sem flash). Visita a R$ 3,00 (inteira). Rua Brigadeiro Musqueira, s/n – Fone: (31) 3551-2601.  A Igreja de Nossa Senhora do Carmo foi um dos últimos trabalhos de Manuel Francisco Lisboa, morto um ano depois. Ele foi pai do escultor e arquiteto Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Na fachada principal, vê-se o escudo da Ordem Carmelita, ladeado por anjos e outros ornamentos. Uma das obras de Aleijadinho logo na entrada da igreja.

Com construção iniciada em 1766, a igreja foi edificada no estilo rococó e é a única mineira que possui painéis de azulejos vindos de Portugal. Para chegar até Ouro Preto, os azulejos teriam que ser transportados desde o Rio de Janeiro em lombo de burro, o que deve ter custado muito ouro à Irmandade.

Na nave da igreja, encontram-se instalados seis altares laterais, representando cenas da Paixão de Cristo. Os dois altares do meio foram feitos por Aleijadinho, enquanto que os outros foram elaborados por seus alunos. A pintura do forro da nave é datada de 1908 e foi elaborada pelo pintor italiano Ângelo Clérice, representando a entrega do Escapulário aos carmelitas. Há ainda na pintura do teto os quatro evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João.

  

Todo douramento do altar mor foi realizado por Manuel da Costa Athaíde, também conhecido como “Mestre Athaíde”. Athaíde é considerado o maior representante da pintura do Brasil colonial e um divisor de águas na história da pintura brasileira. No topo do arco do cruzeiro, estrutura que separa a nave da capela-mor, pode-se ver o escudo da Ordem das Carmelitas sustentado por dois grandes anjos.

No fundo da edificação, encontramos a sacristia, fazendo jus a toda arte que compõe a Igreja de Nossa Senhora do Carmo. A começar pelo mobiliário, com cômoda, bancos, relógios e espelhos, tudo encanta neste espaço da igreja.

A sacristia desta igreja foi a mais linda de todas as que visitamos nesta viagem que fizemos por cinco cidades históricas de Minas Gerais. Ela é composta de ricos detalhes, como a impressionante pintura do teto e um lavabo em pedra sabão esculpido por Aleijadinho, em 1776. Com aplicação de ouro nas elevações, o lavabo possui ao centro a imagem da Senhora do Carmo. A autoria da pintura do teto ainda é um mistério, pois em nenhum local consta o nome de quem a fez. Alguns estudiosos atribuem tal trabalho a Manuel Ribeiro Rosa, mas sem confirmação.

Encontra-se também na sacristia da Igreja de Nossa Senhora do Carmo um espelho de cristal da Boémia. Trata-se de um exemplar raro de uma variedade de cristal fabricada na região da Boémia, atual República Tcheca. Os espelhos da época não refletiam com tanta nitidez como os atuais. A segunda foto é do corredor que leva à sacristia.

7. MUSEU DO ORATÓRIO – Instalado em um casarão histórico de três andares, o Museu do Oratório está anexo à Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Inaugurado em outubro de 1998, o Museu do Oratório apresenta uma magnífica coleção, única em todo o mundo, com oratórios que se caracterizam pela diversidade de tipos, de tamanhos e de materiais. Cerca de 162 oratórios e 300 imagens dos séculos XVII ao XX expostos numa atmosfera proporcionada por um fundo musical barroco, a maior parte doada ao IPHAN pela colecionadora Ângela Gutierrez. A entrada custa R$ 5,00 (inteira). Adro da Igreja do Carmo, 28 – Fone: (31) 3551-5369.

8. RESTAURANTE TIRADENTES – Ao redor da Praça Tiradentes, existem inúmeros locais onde você pode saborear a comida tradicional mineira. Nós almoçamos no Restaurante Tiradentes. Um self-service simples, mas com comida bem preparada em panela de pedra e um atendimento de primeira linha. Fica descendo a ladeira que sai do lado esquerdo do Museu da Inconfidência (para quem olha o museu de frente), a alguns metros do museu. Não se preocupe porque haverá na praça funcionários convidando os turistas para conhecerem o restaurante. Rua Amália Bernhaus, 25 – Fone: (31) 3551-6378.  O restaurante fica no caminho para quem vai ao Largo de Coimbra, seguindo o roteiro que sugerimos para seu passeio.

9. LARGO DE COIMBRA – Continuando na descida da ladeira, a 50 metros do restaurante Tiradentes, você chegará ao Largo de Coimbra. No entorno deste lugar encontram-se os seguintes pontos turísticos: Igreja de São Francisco de Assis, Igreja de Nossa Senhora da Conceição + Museu de Aleijadinho, Feira de Pedra Sabão e Casa de Tomás Antônio Gonzaga. Tudo muito próximo e fácil de ser localizado.

10. IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS – Localizada no Centro Histórico de Ouro Preto, a igreja que possui projeto arquitetônico de Aleijadinho e pinturas de Mestre Athaíde é um clássico do barroco e uma pérola do estilo rococó. O requinte do interior da igreja não está na quantidade de ouro, mas na maestria destes dois grandes gênios, onde a talha, as esculturas e a pintura harmonizam entre si. O início de sua construção ocorreu em 1766.  Os mestres Aleijadinho e Athaíde foram os responsáveis por transformar as igrejas de Ouro Preto em magníficas obras de arte.

A Igreja de São Francisco de Assis figura entre as Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo, também é um bem cultural tombado pelo IPHAN e, como se não bastasse, reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Com pinturas de Athaíde, o teto desta igreja é considerado o segundo mais lindo do mundo! Permitido fotografar o interior da igreja somente com aparelho celular (sem flash). Visita a R$ 10,00 (inteira) e a entrada também é válida para a Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Largo de Coimbra, s/n – Fone: (31) 3551-2601.

No interior da igreja, é possível ver as marcações dos antigos túmulos onde eram enterrados os irmãos que faziam parte da ordem e famílias que patrocinaram a sua construção. Dizem que o mau cheiro dentro das igrejas, causado pela decomposição dos corpos enterrados sob o piso, era insuportável, logo, o cemitério do lado de fora não era apenas uma questão de espaço mas de qualidade das missas. O piso da igreja é todo de madeira e, abaixo dos tampos, os túmulos.

O Museu de Aleijadinho e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição estão sendo restaurados. Com isso, algumas das peças do museu foram transferidas e estão, provisoriamente, expostas na sacristia da Igreja de São Francisco de Assis. Visitando esta igreja, procure saber se as obras ainda estão na sacristia ou se retornaram ao Museu de Aleijadinho.

Dentre as obras do genial escultor brasileiro, estão os quatro famosos Leões de Essa em madeira, que serviam como suporte do caixão dos mortos nas cerimônias solenes. Na verdade, os Leões de Essa têm cara de macaco, patas de gavião, orelhas de porco e em nada lembram um leão. Nem juba eles têm! Dizem que na época de Aleijadinho não havia nenhuma imagem de leão. Então, um velho escravo lhe disse como era na África o animal, e Aleijadinho esculpiu segundo a sua imaginação.

11. IGREJA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS E PERDÕES – Caminhando pelo lado esquerdo, 100 metros atrás da Igreja de São Francisco, fica a Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Perdões. Sua localização é de fácil acesso, embora não seja tão facilmente encontrada pelos visitantes. Construída em 1762, a igreja possui grossas paredes de pedra com cunhais de cantaria. Está situada na parte baixa de uma colina e tem o projeto de sua capela-mor de autoria de Aleijadinho. É popularmente conhecida como “Mercês de baixo”, para diferenciá-la da Igreja das Mercês e Misericórdia, denominada “Mercês de cima”.

Adentrando à nave da igreja, já percebemos sua estrutura singela. Bonita, mas sem grandes obras que a destaquem das demais instaladas na cidade, embora seu tenha sido desenhado por Aleijadinho. Sua planta apresenta uma diferença significativa em relação às demais igrejas da época, que é a ausência de corredores laterais. Uma curiosidade que chama a atenção são as pinturas simulando janelas com almofadas e bandeiras nas paredes laterais.

A Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Perdões conserva em seu interior um rico acervo de imaginária, merecendo destacar as três peças atribuídas ao Aleijadinho: São Pedro Nolasco, imagem de roca, do altar-mor; São Raimundo Nonato e um crucifixo, cujas imagens foram atribuídas a Aleijadinho em período anterior à criação dos Cristos de Congonhas (obras-primas do escultor). Permitido fotografar o interior da Igreja somente com aparelho celular (sem flash). Visita a R$ 10,00 (inteira). Rua das Mercês, s/n – Fone: (31) 3551-3282.

12. FEIRA DE PEDRA SABÃO – Conhecida popularmente como Feirinha de Pedra Sabão, acontece desde 1995 no Largo de Coimbra, em frente à Igreja de São Francisco de Assis. São mais de 50 expositores que vendem artesanato. São bijuterias, joias, esculturas, peças de decoração, instrumentos musicais e outros artefatos que levam a pedra sabão como matéria prima. São artesãos da região que muitas vezes produzem sua arte no próprio local, fascinando o visitante com seu ofício. É uma verdadeira perdição para quem gosta de comprar um souvenir! A entrada é gratuita.

13. CASA DE TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA – A casa de Tomás Antônio Gonzaga também fica no Largo de Coimbra, bem de frente para a Feira de Pedra Sabão. É a atual sede da Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio e vale uma visita. A casa setecentista foi residência do poeta e inconfidente Tomás Antônio Gonzaga, imóvel em que permaneceu por seis anos, enquanto ocupava o cargo de ouvidor de Vila Rica. Como poeta, duas de suas obras de literárias merecem destaque: Marília de Dirceu e Cartas Chilenas.

A casa é um belo exemplar da arquitetura colonial e uma boa oportunidade de conhecer por dentro como eram os imóveis na época. Com entrada gratuita, o casarão do século XVII possui sacadas que oferecem uma bonita vista para a Igreja de São Francisco de Assis e a feirinha, além de um belo jardim nos fundos. Rua Cláudio Manoel, 61 – (31) 3559-3287.

14. IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – Coube ao bandeirante Antônio Dias a iniciativa da edificação de uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Assim sendo, entre 1727 e 1746 foi construída a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, seguindo o projeto elaborado por Manoel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho. Atualmente, a igreja está em restauração e não recebe visitantes. Praça Antônio Dias, 09 – Fone: (31) 3551-3282. 

Na parte de trás da igreja, encontra-se o Museu de Aleijadinho, que também está sendo restaurado. O museu conta com cerca de 250 peças sacras, além de documentos gráficos. Lamentamos bastante não poder visitar esta atração.

15. IGREJA MATRIZ DE SANTA EFIGÊNIA – Para aqueles que não estejam de carro em Ouro Preto, vale a pena chamar um transporte por aplicativo (ou táxi) para visitar a Igreja de Santa Efigênia. Circulando por Ouro Preto, você ficará intrigado a conhecê-la, pois, estando ela no alto da Ladeira de Santa Efigênia, é um prédio que se destaca na paisagem e pode ser visto de quase todos os pontos da cidade. Devido a sua importância cultural, em 1939 a igreja foi tombada pelo IPHAN. Lamentamos o sol que entrou fortemente pelas janelas da igreja, não permitindo fotos (celular) com boa qualidade.

Aquela que também é conhecida como “Igreja de Santa Efigênia e de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos“, começou a ser edificada em 1733 e foi finalizada quase cinquenta anos depois, por volta de 1780. Conta-se que foi construída pelo escravo alforriado Chico Rei e sua tribo, com o ouro tirado da Mina da Encardideira. Com isso, expressivos elementos simbólicos da cultura negra podem ser observados nas talhas em madeira, sobretudo no altar-mor, representando conchas, caramujos, chifres e outros elementos da religiosidade africana.

A Irmandade teve condições de bancar vários artistas para embelezamento do templo, dentre os quais Manuel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho, Francisco Xavier de Brito (entalhador), Francisco Branco (entalhador), Manuel Gomes da Rocha (entalhador), Miguel da Costa (pedreiro), Felipe Vieira (entalhador), entre outros. Os nomes desses artesãos ficaram registrados nos livros de pagamento da irmandade, que fez tudo com esmero e da melhor forma que pode. Sobre a porta de entrada da igreja, há uma imagem de Nossa Senhora do Rosário, esculpida em pedra sabão, cuja autoria é atribuída a Aleijadinho.

O teto da nave possui uma bela pintura à base de corantes vegetais, que durante muito tempo esteve encoberta por outra camada de tinta. Na pintura do forro da capela-mor, há quatro doutores da igreja, entre os quais, um Papa negro. Visita a R$ 5,00 (inteira). Rua Santa Efigênia, 396 – Fone: (31) 3551-5047.

 

16. PASSEIO DE TREM OURO PRETO – MARIANA – A linha férrea entre Ouro Preto e Mariana começou a ser construída em 1883 e é um dos atrativos turísticos das cidades de Ouro Preto e Mariana. Com 18 km de extensão, o Trem Turístico da Vale ajuda a contar a história e difundir a cultura e as belezas naturais da região. Todo o complexo arquitetônico, do qual o trem faz parte, foi revitalizado e abrange somente as duas estações. A viagem dura cerca de uma hora e passa por vales, túneis, cachoeiras e paredões de pedras, cenários típicos de Minas Gerais. O trem tem capacidade para quase 300 passageiros. Maiores informações e compra de bilhetes diretamente no site oficial deste passeio. Praça Cesário Alvim, s/n – Fone: (31) 3551-7705.  Como visitamos Ouro Preto no Carnaval, havia nos vagões três atores e músicos que animaram o bonito passeio.

Museu da Ferrovia – Estando você na estação ferroviária de Ouro Preto, não deixe de visitar o museu que conta a história história da ferrovia local. A estação ferroviária pode ser visitada de forma gratuita. Lá existem vídeos sobre a cidade de Ouro Preto, painéis históricos com fotos antigas, maquetes de locomotivas e pontes ferroviárias que retratam o trajeto de trem entre Ouro Preto e Mariana. Uma maquete extremamente fiel nos detalhes arquitetônicos e escala. Entrada gratuita.  Otimize o seu tempo, visitando o museu enquanto espera a partida do trem.

17. IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO PILAR – A Igreja de Nossa Senhora do Pilar, cujo interior é imperdível, está localizada na parte baixa da cidade, um pouco distante das outras atrações de Ouro Preto. No entanto, vale o esforço para conhecer a segunda igreja mais rica em ouro do Brasil, que perde somente para Igreja de São Francisco, de Salvador.

A Matriz do Pilar tem aproximadamente 400 kg de ouro e 400 kg de prata. Como bem pode imaginar, é ouro e esculturas para todo lado, unidos a imponente pintura do teto. Ficamos impressionados com a abundância de detalhes e ouro do interior desta igreja. Uma atração que jamais pode ficar fora do seu roteiro de viagem a Ouro Preto. Permitido fotografar o interior da igreja com câmera ou celular (sem flash). Visita a R$ 10,00 (inteira). Praça Monsenhor Castilho Barbosa, 17 – Fone: (31) 3551-4735.

Anexo a Matriz do Pilar, na sacristia, fica o Museu de Arte Sacra, onde estão expostas mobílias, pratarias, obras de Aleijadinho e diversas imagens religiosas.

18. IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO – Esta construção de autêntica arquitetura barroca é, tradicionalmente, conhecida como Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Sua planta e fachada curva a transformam em uma das maravilhas da arte mineira setecentista. Apenas ela e a São Pedro dos Clérigos, em Mariana, possuem essa característica no estado, a de serem verdadeiramente barrocas em sua arquitetura. É um dos mais originais edifícios sacros do tempo do Brasil Colônia, monumento tombado pelo IPHAN em 1939. Largo do Rosário, s/n – Fone: (31) 3551-4735.  Fechada para visitas quando visitamos Ouro Preto.

19. IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA – Construída entre 1804 e 1898, a Igreja de São Francisco de Paula acabou sendo a última erguida no período colonial. Seu projeto é de autoria do sargento-mor Francisco Machado da Cruz. A imagem do padroeiro, feita por Aleijadinho, encontra-se no museu deste mestre mineiro. Situada bem próximo da rodoviária de Ouro Preto, soubemos que esta igreja costuma ficar cheia no final da tarde (todos os dias!), quando as pessoas vão para lá assistir ao pôr do sol. Já tínhamos a informação de que ela dificilmente abre para visitação. Rua Henrique Adeodato, s/n – Fone: (31) 3551-4736.

20. MUSEU CASA DOS CONTOS – O museu encontra-se instalado em um casarão construído entre 1782 e 1787, o qual foi sede da “Casa de Contratos”, que recolhia os impostos. O casarão serviu para diversas finalidades, tanto como local de pesagem e fundição do ouro extraído da região, como cárcere para os inconfidentes. Atualmente, abriga a Sede do Museu da Moeda, além de ser o Centro de Estudos do Ciclo do Ouro.
O museu é um dos mais completos de Ouro Preto e é possível visitar uma senzala em seu interior. Infelizmente, estava fechado quando visitamos esta cidade histórica. Ah, também é difícil tirar foto da fachada! A visita é gratuita. Rua São José, 12 – Fone: (31) 3551-1444.

Atrações que gostaríamos de visitar, mas que não deu tempo: MINA DO CHICO REI e MIRANTE DO ITACOLOMI.  Ficou para outra ocasião…

SOUVENIRS

É muito fácil encontrar artesanato em Ouro Preto… e a um ótimo preço! O material mais característico do local é a pedra sabão. Juntamente com os produtos em pedra sabão, as pedras preciosas são outra opção típica de compras desta cidade. Compre somente se você puder avaliar se o que está vendendo é genuíno. O topázio imperial é uma pedra é extraída apenas em Ouro Preto.

Os melhores lugares para comprar presentes e lembrancinhas de viagem são nas lojas da Praça Tiradentes e na Feira de Pedra Sabão. Ambos locais possuem uma enorme variedade de souvenirs. Vai aqui a nossa sugestão: Império Gemas. Praça Tiradentes, 68 – Fone: (31) 98596-2142.

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