Planejando sua viagem a QUILOTOA

SOBRE QUILOTOA

A vila de Quilotoa, localizada no Equador, é uma pequena comunidade pitoresca situada nas imediações da impressionante cratera do vulcão do mesmo nome. A vila é parte integrante do cenário espetacular dos Andes equatorianos e é um destino popular para os amantes da natureza, caminhantes e viajantes em busca de experiências autênticas na região andina. Quilotoa em si é pequena e rústica, composta por algumas casas de adobe, pequenos estabelecimentos comerciais e pousadas modestas. Os habitantes locais, em sua maioria, são descendentes dos povos indígenas Quechua e têm uma cultura rica e tradições ancestrais que continuam a desempenhar um papel importante em suas vidas diárias.

A popularidade de Quilotoa se deve à beleza de suas paisagens e ao espetáculo das águas calmas. Na comunidade de Quilotoa, também conhecida como “Rota do Cimeira”, os visitantes podem fazer ecoturismo e turismo de aventura com alta dose de adrenalina ou simplesmente contemplar as paisagens próximas. Os turistas têm a oportunidade de experimentar a hospitalidade calorosa dos habitantes locais e aprender sobre sua cultura. O número exato de habitantes pode variar ao longo do tempo, mas geralmente consiste em uma população reduzida de algumas centenas de pessoas. Devido à sua localização isolada e à natureza rural da vila, a população permanece relativamente pequena e a vida é voltada principalmente para a agricultura e o turismo.

Pórtico da cidade de Quilotoa

COMO CHEGAR (estando em Quito)

Conforme mencionamos, optamos por ir de excursão bate e volta, através de uma viagem organizada por uma das muitas agências de turismo que existem em Quito. Se você desejar retornar no mesmo dia, não há razão para procurar um transporte intermunicipal. Não vale a pena!!! Acredite: Você não terá tempo para fazer todos os passeios que fizemos e sua viagem será estressante.

Ônibus turístico para o nosso passeio

DICAS DE VIAGEM QUILOTOA
O QUE FAZER EM QUILOTOA

Preferimos ir a Quilotoa através de uma viagem organizada (excursão) a fazer o passeio por conta própria, e você entenderá o porquê. Considerando os “custos reais”, indo por conta própria não teria economizado tanto. A relação custo/incômodo/otimização de tempo entre a carreira solo e a turnê organizada, foi fortemente a favor da segunda opção. Outra razão é porque o passeio é muito bem organizado: foram muito pontuais e tivemos tempo suficiente para curtir as atrações, sem perda de tempo e sem correria. Ainda contamos com a comodidade de ter um guia experiente (inglês e espanhol) e um ônibus  turístico confortável à disposição do nosso grupo durante todo o passeio. Fechamos a excursão com uma agência de turismo de Quito, e a experiência foi fantástica!    O ônibus da excursão passa por alguns pontos conhecidos para pegar e devolver os turistas. Porém, dependendo da localização onde você estiver hospedado (principalmente no Centro Histórico), ele lhe recolherá e devolverá praticamente na porta de seu hotel.

1ª parada: COMUNIDADE DE NATIVOS ANDINOS – Nossa jornada começou nas movimentadas ruas de Quito. No entanto, o verdadeiro tesouro dessa viagem aguardava-nos à medida que nos distanciávamos da cidade e adentrávamos às terras altas da região andina. À medida que deixávamos para trás a agitação da cidade e nos aproximávamos das paisagens deslumbrantes da região andina do Equador, nosso ônibus fez sua primeira parada: um vilarejo à beira da estrada, onde alguns poucos nativos daquela região vivem em sua essência mais pura e simplicidade. Esta parada foi um momento especial que não contávamos como sendo parte do passeio.

Casa de família andina

Interior da casa de família andina

Ao explorarmos o local, fomos cativados pela singeleza da vida rural andina, onde a cultura e as tradições ancestrais ainda estão vivas. Os habitantes locais nos ofereceram uma visão calorosa de seu modo de vida, que gira em torno da agricultura, pecuária e artesanato, atividades estas que sustentam suas famílias há gerações.

Apetrechos utilizados para demonstrar seu modo de viver aos turistas

Nativo falando ao nosso grupo

Os nativos Andinos têm uma longa história de criação de animais que desempenha um papel fundamental em seu sustento e sobrevivência. Esses animais são criados tanto para a obtenção de alimentos quanto para a produção de materiais essenciais, como lã e couro. Alguns dos animais mais comuns criados pelos nativos Andinos são lhamas, porcos, galinhas, cavalos, cabras, ovelhas, trutas e o cuy (porquinho da Índia).

Essa parada nos proporcionou uma introdução autêntica à riqueza cultural e natural desta região. Um alerta de que essa viagem não seria apenas sobre paisagens deslumbrantes e aventuras emocionantes, mas também sobre a conexão com as pessoas e o respeito por suas tradições.

2ª parada: GALERIA DE ARTE “EL CÓNDOR ENAMORADO” – Continuamos nossa jornada, percorrendo caminhos que nos levavam cada vez mais  para perto do vulcão. No entanto, mais alguns quilômetros e o ônibus fez sua segunda parada: a Galeria de arte “El cóndor enamorado”. Também à beira da estrada, essa galeria é um tesouro escondido que cativa os visitantes com sua riqueza cultural e expressão artística. Tem o poder de transportar os amantes da arte para a criatividade equatoriana, oferecendo uma experiência que vai muito além das telas, esculturas e artesanatos.

Ao cruzar a porta da galeria, fomos imediatamente envolvidos por um ambiente acolhedor e convidativo. As paredes exibiam uma variedade de obras de arte que celebram as diversidades e a história do Equador. Pinturas retratam as paisagens exuberantes dos Andes, a rica herança indígena e a influência da cultura espanhola.

Galeria de arte “El cóndor enamorado”

O nome “El Cóndor Enamorado” é uma homenagem à majestosa ave andina que simboliza a liberdade e a grandiosidade da natureza equatoriana. Assim como o condor, as obras de arte nesta galeria alçam voo na imaginação dos visitantes, convidando-os a explorar a rica cultural do país. À medida que explorávamos as salas da galeria, éramos imersos na rica tradição artística do Equador, uma fusão de influências culturais que captura a alma e a essência do país. As esculturas em madeira, cerâmica, pinturas a óleo e aquarelas nos contam histórias de um povo, sua história e sua visão do mundo.

A galeria é mais do que um espaço para contemplação; é um portal para a alma equatoriana. É um lugar onde as histórias são contadas por meio de pincéis e cinzéis, onde os visitantes são convidados a mergulhar na criatividade humana. Uma visita a esta galeria é uma experiência que toca o coração e a mente.

Antes do ônibus partir, a Sra VisiteiGostei ainda arrumou um jeito de tirar uma selfie com uma lhama que vive ao lado da galeria. Uma selfie um pouco diferente daquelas que costumamos fazer com nossos celulares. Se eu não tivesse registrado, ninguém acreditaria no que ocorreu.

Selfie inusitada antes de partir rumo ao vulcão

3ª parada: VULCÃO E LAGOA QUILOTOA – A 180 km de Quito, três horas de viagem, está a cidade de Quilotoa e seu belíssimo vulcão. A atração Volcán y Laguna Quilotoa é bastante famosa entre os equatorianos e turistas do mundo inteiro. Quilotoa é o vulcão mais ocidental dos Andes equatorianos. Uma caldeira com quase 3 km de diâmetro se formou dentro de sua cratera. Este é o produto do colapso do vulcão, ocorrido há cerca de 800 anos. Segundo estudos, o fluxo vulcânico conseguiu chegar ao Oceano Pacífico. Por outro lado, a cidade de Quilotoa é muito pequena. Preferimos descrevê-la como uma aldeia, que também é constituída quase inteiramente por instalações turísticas.

Alojamentos, restaurantes e lojas para servir os turistas

Quando descemos do ônibus já fomos recebidos pelo vento frio que provavelmente deve soprar nesta cidade o ano todo. Estávamos na beira da cratera e não podíamos acreditar no que víamos. Nossos olhos foram presenteados com uma visão espetacular. As águas calmas verde esmeralda da lagoa, dentro da cratera, pareciam um espelho refletindo o céu acima. Era difícil acreditar que estávamos diante de uma caldeira vulcânica! Ficamos absolutamente emocionados com essa visão. Na caldeira de 250 m de profundidade, formou-se uma lagoa. Os minerais conferem à superfície um tom esverdeado e azulado quando atingidos pela luz solar. No seu interior, existem nascentes que, a partir da costa, podem ser percebidas como trilhos borbulhantes que sobem à superfície.

Vulcão e Lagoa Quilotoa

A borda da cratera forma uma trilha circular que deve levar cerca de cinco horas para ser percorrida. A uma altitude de até 3.900 metros, esta caminhada deve ser bastante cansativa. Talvez tenha sido bom não haver tempo suficiente para caminharmos ao redor da cratera. Acho que iríamos tremer as cinco horas do percurso. O vento gelado soprava em nossos ouvidos enquanto, na borda da cratera, deixávamos nosso olhar vagar pela superfície brilhante da água.

Após diversas fotos tiradas no topo do vulcão, decidimos descer até a margem da lagoa. Uma caminhada desafiadora, mas extremamente recompensadora. Quanto mais descíamos, mais quente ficava, até porque tínhamos de abrir caminho através de areia e cinzas. Antes de chegar à margem, fizemos várias paradas para tirar fotos do vulcão por ângulos diferentes.

Descida sinuosa rumo à margem da lagoa

Chegando lá embaixo, tivemos a oportunidade de sentir a magnitude do lugar, com as paredes que cercam a lagoa se erguendo imponentes ao nosso redor. A água da lagoa era cristalina e convidava a um mergulho, embora a temperatura fria nos lembrasse da natureza vulcânica do ambiente. Apesar disso, pessoas passeavam de caiaque pelas mansas águas da lagoa.

Lagoa Quilotoa

A Lagoa Quilotoa é uma das 15 lagoas de origem vulcânica consideradas as mais belas do mundo segundo Twistedsifter. No artigo publicado por este site com o nome “15 dos mais belos lagos vulcânicos do mundo” os leitores são convidados a desfrutar desta misteriosa maravilha da natureza através de uma galeria de fotos que descreve as lagoas de acordo com o seu encanto.

Pausa para descansar e contemplar mais um pouco o Quilotoa

Após um dia de exploração e maravilha, voltamos à superfície, cansados, mas gratos pela oportunidade de testemunhar a majestade do Vulcão Quilotoa.  ainda tivemos disposição para enfrentar o vento frio e tirar mais algumas fotos do vulcão. 

INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA SUA VIAGEM

Visto – Brasileiros não precisam de visto para estadas a turismo de até seis meses no Equador. Apenas necessitam apresentar passaporte com, no mínimo, três meses de validade. Mais informações, consulte os sites Mundo dos Vistos e Do you need VISA.   Leve seus comprovantes de hospedagem, da passagem da volta, do seguro viagem e quaisquer outros que possam lhe ajudar no momento de passar no controle de imigração.

Idioma – Espanhol (castelhano).

Moeda – A moeda soberana equatoriana, Sucre, deixou de existir depois de 116 anos de vigência. Em 2000, o Equador passou a usar oficialmente o dólar estadunidense (USD). Consulte a taxa atualizada. O Real é uma moeda bem aceita nas casas de câmbio do Equador.  Aconselhamos sempre levar o passaporte quando for cambiar.

Vacinas – Devido ao surto de febre amarela em alguns estados brasileiros, muitos países estão exigindo que viajantes procedentes do Brasil tenham sido vacinados contra esta doença… e a Colômbia é um deles. Os viajantes que partirem do Brasil com destino a qualquer cidade da Colômbia deverão apresentar CIVP válido, isto é, com registro de vacinação contra a febre amarela realizada pelo menos 10 dias antes da viagem. Mais informações sobre o CIVP, acesse o Portal ANVISA.

QUANDO IR A QUILOTOA / MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR QUILOTOA

O clima é um pouco frio durante todo o ano em Quilotoa, com a temperatura média sempre em torno de 11°C, a mínima em 3 °C e a máxima em 15 °C. Por isso, você deve levar roupas bem leves para suas caminhadas, mas também agasalhos para se proteger do frio e do vento. Uma vez que a temperatura em Quilotoa se mantém estável, convém ir em um mês com pouca precipitação. Os meses que menos chove são: junho, julho, agosto e setembro.

Dados Climatológicos – Quilotoa (clique sobre a imagem para ampliá-la)

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