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Machu Picchu, Peru

Machu Picchu, Peru

Planejando sua viagem a MACHU PICCHU

O post sobre Machu Picchu é o único em nosso blog escrito no estilo de relato de viagem. Todos os demais seguem uma estrutura em tópicos. Se você, leitor, chegou até aqui buscando informações para encarar uma trilha de quase 100 km no meio do nada, saiba que este relato está repleto de dicas e detalhes sobre a nossa experiência! Por isso, o texto é pessoal e bastante detalhado. Temos certeza de que você irá gostar e saberá o que fazer em Machu Picchu quando estiver na “Cidade Perdida dos Incas”.

Boa leitura e boa viagem!

Casal VisiteiGostei



Neste post, você encontrará os seguintes tópicos:

   • Sobre Machu Picchu Pueblo (Aguas Calientes)
   • Sobre Machu Picchu
   • Sobre a trilha Salkantay
   • Comprando o passeio
   • O que levar
   • Relato da viagem

Visto, Idioma, Moeda, Vacinas, Eletricidade e Tomadas, DICAS DE VIAGEM MACHU PICCHU, O QUE FAZEM EM MACHU PICCHU, QUANDO IR A MACHU PICCHU / MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR MACHU PICCHU, SAÚDE, CULTURA E COSTUMES, ALIMENTAÇÃO e SOUVENIRS, estão descritas no post “Cusco, Peru”.

SOBRE MACHU PICCHU PUEBLO (Aguas Calientes)

Também conhecida como Aguas Calientes, MACHU PICCHU PUEBLO é uma cidade no Peru às margens do rio Urubamba. É famosa por ser o acesso mais próximo à cidade inca de Machu Picchu, a 6 km de distância, 20 minutos de ônibus ou uma hora e meia a pé.

Fundada em 1901 e atualmente com um pouco mais de 5 mil habitantes, ela serve como terminal de passageiros da ferrovia PeruRail vinda de Cusco e de Ollantaytambo. Machu Picchu Pueblo cresceu em função dos visitantes que chegavam pela trilha inca e precisavam pernoitar, antes de prosseguirem ao santuário de Machu Picchu. Machu Picchu Pueblo possui uma boa infraestrutura para seus visitantes, com muitos hotéis e restaurantes.

SOBRE MACHU PICCHU

Machu Picchu, que em quéchua significa “Velha Montanha“, é uma cidade pré-colombiana localizada no topo de uma montanha, a 2.400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba.

Consta de duas grandes áreas: a agrícola, formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a urbana, na qual se destaca a zona sagrada e seus templos, praças e mausoléus reais. A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a história inca, tudo planejado para a passagem do “deus sol”.

O lugar foi elevado à categoria de “Patrimônio Mundial da UNESCO” e, recentemente, foi classificado entre as “Sete Maravilhas do Mundo Moderno“.

Descobrimento e redescobrimento

Sob as ordens de Pachacutéc, Machu Picchu foi construída no século XV. Este local é o símbolo mais marcante do Império Inca, quer devido à sua localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia, em 1911.

Foi o professor norte americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu, isto em 24 de julho de 1911. Este antropólogo, historiador ou, simplesmente, explorador aficionado da arqueologia, realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos. Bingham criou o nome de “a Cidade Perdida dos Incas” através de seu primeiro livro, Lost City of the Incas. Saiba mais sobre a História de Machu Picchu.

SOBRE A TRILHA SALKANTAY

As três formas mais comuns de visitar o Sítio Arqueológico de Machu Picchu são: Trem, Ônibus e Trilha (caminhando). Nossa escolha, que é a base do que escrevemos daqui em diante, foi “Trilha”.

A trilha Salkantay cruza a Passagem Salkantay, a 4.630 metros, e desce para a floresta amazônica. Ela está entre os 25 melhores Trekking do Mundo, segundo a National Geographic Adventure Travel Magazine. O passeio “Trekking Salkantay e Machu Picchu”, que começa e termina em Cusco, tem a duração de cinco dias e quatro noites. Caminhamos quase 100 km em área rural nos Andes, em solo irregular, com pedras, subidas e descidas, na chuva, neve, sol e neblina, tudo isto em elevada altitude. Dormimos em sacos e barracas de camping e só tomamos banho de chuveiro e sabonete no 4º dia. Depois que você parte, não há como retornar. Se você estiver pronto para enfrentar o desafio, este passeio também poderá ser um dos mais gratificantes e memoráveis da sua vida!

Mapa Trilha Salkantay Machu Picchu

Mapa da Trilha Salkantay

 Clique sobre as imagens para visualizá-las em tamanho maior.

A dificuldade do trekking Salkantay é de média a difícil, mas é atingível para a maioria das pessoas com alguma experiência de caminhada. Embora seja acessível para a maioria dos caminhantes com bons níveis de aptidão, a altitude, a duração da trilha a cada dia e os trechos irregulares aumentam a dificuldade dessa caminhada. Para aqueles que não querem fazer a caminhada toda, há alternativas para diminuir a distância, incluindo alugar uma mula, pegar um trem da hidrelétrica para Machu Picchu Pueblo ou ir e voltar de ônibus do sítio arqueológico de Machu Picchu. Embora seja uma caminhada cansativa, assim que chegar ao próximo acampamento a equipe de apoio já terá preparado sua refeição e montado a barraca que você irá dormir. Esta mesma equipe lhe acordará todas as manhãs com um chá de coca bem quente na porta da sua barraca e lhe servirá um delicioso café da manhã. Ah, nem precisávamos dizer que o caminho é repleto de paisagens deslumbrantes e que você poderá registrar todas elas com sua câmera!

Recomendamos aclimatar-se por dois dias em Cusco, já que a elevação máxima da trilha Salkantay é significativamente maior do que na cidade. Também recomendamos que se prepare, antecipadamente, com constantes caminhadas. Em algumas delas, procure fazer um percurso maior, carregando uma mochila pesando uns 10 kg.

Sem pagar nada a mais por isso, faça suas reservas através de nossos links. Apoie este blog.

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COMPRANDO O PASSEIO

Machu Picchu Agency Trilha Salkantay Machu Picchu

Compramos os passeios Valle Sagrado e Trilha Salkantay com a Machu Picchu Agency e a recomendamos. Eles foram extremamente profissionais e têm ótimos preços.

 Não contrate nenhum passeio com antecedência, deixe para fazê-lo, pessoalmente, em uma agência de turismo, em Cusco!!! Você irá gastar muito mais se fechar seus passeios em seu país. Só para se ter noção, o Trekking Salkantay e Machu Picchu é comumente vendido US$ 150 acima do que pagamos. Não se afobe, sempre há vaga em algum grupo e você dificilmente ficará de fora.

Boleto Machu Picchu

Cada um de nós pagou US$ 212 para fazer o passeio “Trekking Salkantay e Machu Picchu”, incluindo a entrada no sítio arqueológico e a subida na montanha Huayna Picchu.

Sua hospedagem em Machu Picchu Pueblo será providenciada no momento da compra do pacote, pois as agências de turismo têm por hábito vendê-la com o trekking. Você ficará no hotel que, muito provável, todos do seu grupo também se hospedarão.

Todos os pacotes são mais ou menos parecidos, não mudando quase nada entre o que as agências vendem.

O que o pacote lhe dá direito

   √ Transporte em Van do centro de Cusco até Mollepata
   √ Transporte em Van de Mollepata a Marqoqasa
   √ Guia profissional (em espanhol ou inglês)
   √ Mulas para carregar bagagens e equipamentos
   √ Muleiro e cozinheiros
   √ Barraca e colchonete
   √ Almoço e janta no 1º dia
   √ Café da manhã, almoço e janta no 2º e 3º dias
   √ Café da manhã e janta no 4º dia
   √ Café da manhã no 5º dia (hotel)
   √ Pernoite em hotel em Machu Picchu Pueblo (Aguas Calientes)
   √ Ingresso para o sítio arqueológico de Machu Picchu
   √ Ticket de trem de Machu Picchu Pueblo a Ollantaytambo
   √ Traslado de Ollantaytambo para o centro de Cusco

Opcionais

   √ Saco de dormir e bastões (levamos, mas as agências alugam)
   √ Ônibus Machu Picchu Pueblo => Machu Picchu => Machu Picchu Pueblo (US$ 12 por trajeto)
   √ Ingresso para a montanha Huayna Picchu (PEN 22)
   √ Café da manhã no 1º dia (Mollepata, PEN 7)
   √ Almoço no 4º dia (restaurante na hidrelétrica)
   √ Gorjeta para o muleiro, cozinheiros e guia
   √ Passeio termas de Santa Teresa (PEN 15)
   √ Tirolesa em Santa Teresa (PEN 70 ou 100, dependendo a opção escolhida)
   √ Visita guiada em Machu Picchu

O QUE LEVAR

Para vestir

   √ Agasalho de inverno
   √ Jaqueta impermeável (com capuz) ou capa de chuva
   √ Calça impermeável
   √ Calça de abrigo (evitar picadas de insetos)
   √ Calça e blusa térmicas (segunda pele)
   √ Calçados próprios para trekking
   √ Meias especiais para trekking (evitar bolhas) + meias sockets
   √ Jeans + camiseta (para último dia)
   √ Shorts + cuecas/calcinhas+sutiãs esportivos
   √ Camisetas
   √ Sunga ou biquíni/maiô (termas de Santa Teresa)
   √ Chinelos
   √ Gorro/touca + luvas
   √ Chapéu/boné e óculos de sol

Outros itens

   √ Dinheiro (para despesas extras, +/- PEN 200)
   √ Passaporte original (para entrar em Machu Picchu)
   √ Mochila + capa ou saco plástico (para proteger da chuva)
   √ Squeeze
   √ Saco plástico ou bolsa impermeável para colocar os documentos, dinheiro, bilhetes, etc.
   √ Saco de dormir (ideal é o para -18 ºC)
   √ Bastões de trekking
   √ Travesseiro e um lençol
   √ Lanterna (de mão ou de cabeça)
   √ Powerbank (só no 4º dia há energia elétrica disponível ao trilheiro, em Machu Picchu Pueblo)
   √ Escova de dentes + Creme dental + Sabonete + Papel higiênico
   √ Toalha
   √ Barras de cereais, chocolates e biscoitos (para quando estiver na trilha)
   √ Cadeados

Kit de primeiros socorros

   √ Sorojchi Pills ou outro remédio que combata a doença da altitude
   √ Medicação anti-náusea/enjoo
   √ Dipirona + Dorflex
   √ Relaxante muscular
   √ Antialérgico
   √ Anti-inflamatório
   √ Comprimidos para combater diarreia
   √ Esparadrapo e Band-aid
   √ Lenços umedecidos
   √ Repelente de insetos
   √ Protetor solar
   √ Manteiga de cacau
   √ Pastilhas de cloro (deixa a água das trilhas potável)

RELATO DA VIAGEM

Eram 19h30, quando um funcionário da agência de turismo apareceu no hostel, em Cusco, para combinar conosco como seria nossa ida à cidade perdida dos incas. Disse que por volta das 4h30 do dia seguinte outro funcionário da agência retornaria ali para nos levar à Plaza San Francisco, o ponto de encontro, em Cusco, de todos os que iniciariam a trilha Salkantay naquele dia.

1º dia) Marqoqasa – Soraypampa & Lagoa Humantay (18 km)

Madrugada em Cusco e estávamos nós, com frio e sono, a caminho da Plaza San Francisco.

Saída Cusco Trilha Salkantay Machu Picchu

Plaza San Francisco, o ponto de encontro

Em duas horas e meia, um ônibus nos levou até o povoado de Mollepata (2850 metros). Lá, tomamos café da manhã (PEN 7/pessoa) e pesamos nossas bagagens. Cada trilheiro poderia despachar um volume de até 5 kg. Quem estava acima dos deste peso e não teve como reduzir, acabou pagando caro pelo excesso. Este limite foi criado de forma a não sobrecarregar as mulas. Despachadas as bagagens, os grupos foram divididos. Nosso grupo era composto por 12 pessoas mais o guia, o quéchua Carlito. Nossa Família era quase a metade do grupo, uma vez que estávamos em cinco pessoas! Como o critério para a divisão dos grupos é o idioma, o Carlito se comunicou com a gente em espanhol. O grupo se compunha de cinco brasileiros (nós), duas argentinas, três chilenos e dois mexicanos. Pessoal extremamente legal e até hoje nos comunicamos via Facebook.

Relato Trilha Salkantay Machu Picchu

Grupo Sexy Latinos

Fomos todos transportados de ônibus de Mollepata até Marqoqasa (3.350 metros), ponto inicial do trekking. Eram 9h, quando começamos a caminhada.

Relato Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Trilha Salkantay Machu Picchu Marqoqasa

A trilha começou tranquila, mas logo apareceram as primeiras subidas e, consequentemente, as primeiras dificuldades. Como estávamos acima dos 3.000 metros de altitude, qualquer esforço cansava muito mais! Buscando aliviar os problemas que a altitude costuma causar, e também para turbinar o grupo, o quéchua Carlito sempre possuía nas mãos um saco plástico com muitas folhas de coca. Ensinou-nos que deveríamos mascar as folhas, mas não engoli-las, da mesma forma como costumamos fazer com os chicletes. E fomos nós caminhando com um pouco de falta de ar e mascando folhas de coca.

Relato Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Trilha Salkantay Machu Picchu

Relato Trilha Salkantay Machu Picchu

O quéchua Carlito fez, então, a primeira parada para descansarmos. As paradas, que foram muitas durante todos os trajetos, serviam para o guia passar orientações e também para juntar o grupo, uma vez que sempre alguém acabava ficando para trás. Isto não gerava atraso no percurso, pois eles já contam com retardatários em todas as turmas. Não precisou ninguém dizer nada para aprendermos que, por uma questão lógica, quem chegava mais tarde no ponto de parada acabava descansando menos. Como não havíamos passado repelente no início da trilha, o fizemos neste momento de descanso. Não bastasse a altitude, os mosquitos “borrachudos” estavam atacando e nos incomodando bastante. Eles picavam até sobre a roupa! Para quem não sabe, a picada de um borrachudo incha e coça mais do que a de um pernilongo (muriçoca)!  Durante todos os dias da trilha, havia banheiros no trajeto. Não era em abundância, mas, vez ou outra, aparecia um. Quase todos cobravam PEN 1 por pessoa para uso.  Não tem papel higiênico! É nesta hora que você não pode ter se esquecido de deixar pelo menos um rolo na sua mochila.

Relato Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Trilha Salkantay Machu Picchu

Meia hora parados, deu tempo de passar repelente, ouvir o guia, bater papo com os colegas do grupo, comprar alguma alguma coisa na vendinha e bater algumas fotos. Quando resolvi sentar e descansar um pouco, ouvi a voz do Carlito em tom cantante: “Muchachos… muchachos, vamos! Adelante!”. Também aprendi, particularmente falando, que na próxima parada eu deveria priorizar o descanso. Pé na trilha e lá fomos nós em busca do acampamento em Soraypampa e de um prato de comida.

Relato Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Trilha Salkantay Machu Picchu

Relato Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Trilha Salkantay Machu Picchu

Relato Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Trilha Salkantay Machu Picchu

Mais algumas horas de caminhada e chegamos ao nosso primeiro acampamento, num vale entre as montanhas Humantay e Salkantay. Eram 14h quando finalizamos os 16 km do 1º dia (escrevemos com numeral para marcar fortemente o/a dia/noite do passeio). Ao chegar, vimos nossas barracas montadas, uma ao lado da outra. Cada um foi apresentado ao seu “aposento” e, ao abrir a barraca, nos deparamos com nossas bagagens! Tudo muito organizado!!!

Relato Trilha Salkantay Machu Picchu

 

As barracas eram boas, confortáveis e todos os dias estavam limpas. Cada barraca acomodava bem duas pessoas e suas respectivas tralhas. A única questão era se organizar o máximo possível dentro dela, pois ficávamos loucos toda vez que tínhamos que procurar algo naquele espaço pequeno de 4 m². Para que não sentíssemos o chão da barraca na hora de dormir, eles forneceram um colchonete. Isto aliviava um pouco e tornava mais confortáveis os sacos de dormir.

Relato Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Os senhores da equipe de apoio nos surpreenderam com tamanha eficiência. Eles montaram e desmontaram as barracas; colocaram e retiraram nossas bagagens da mula; carregaram outras três mulas com alimentos, pratos, talheres, copos, fogão, botijão de gás, barracas, lixo, etc.; fizeram os cafés da manhã, almoços, lanches da tarde e jantares; lavaram as louças e, no final, deixavam tudo arrumado! Ah, bem cedo, acordavam todos com um chá de coca na porta da barraca! Para cada grupo havia um muleiro, dois cozinheiros, quatro mulas e o guia.

Um tempo para usar o banheiro e ajeitar as tralhas. Fomos avisados que às 15h seria servido o almoço. Com uma fome absurda, almoçamos uma comida deliciosa, bem temperada e com muita fartura. Em todos os dias, não repetimos nenhuma refeição, tamanha a variedade.  Quanto à bebida, sempre faziam sucos de frutas, não dando vez aos refrigerantes que pesam bastante e complicariam a logística deles e das mulas. A única coisa que não curtimos muito foi a temperatura dos sucos. Como a água não era tratada e tudo tinha que ser feito na hora, muito rapidamente, eles a ferviam para fazer os sucos e estes vinham mornos. Não dava para ser diferente e todos entendíamos, mesmo não curtindo.

Conforme avisado anteriormente pelo guia, meia hora depois do almoço sairia um mini trekking para o Lago Humantay. O percurso era curto, 4 km ida e volta. Por não ser uma caminhada obrigatória, resolvemos ficar dormindo na barraca, haja vista que estávamos cansados por ter acordado às 4h e caminhado 16 km em altitude. Nossa filha, nosso filho e nossa nora, muito corajosos, partiram com alguns poucos trilheiros do nosso e de outros grupos. Eles já tinham lido que a subida era íngreme e, portanto, difícil. Disseram que, para quem havia caminhado 16 km, 4 km a mais não faria nenhuma diferença. Quando regressaram nos contaram que quase desistiram no meio da subida. Concluíram que o esforço valeu a pena, pelo desafio e pela bonita paisagem do local.

Humantay Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Lago Humantay e geleira do mesmo nome

Humantay Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Humantay Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Retornados todos os que haviam escalado a montanha para ir ao lago Humantay, houve uma reunião com o pessoal do grupo. O guia passou as coordenadas de como seria a trilha do 2º dia, o horário que seria servido o café da manhã e o da partida rumo a Abra Salkantay. Disse também que haveria uma subida muito forte e que esta duraria 7 km, até que o ponto mais alto da trilha fosse alcançado. Carlito aconselhou alugar uma mula todas as pessoas que tiveram dificuldade no percurso do 1º dia. O valor da mula, juntamente com o senhor que a conduziria, era PEN 100/pessoa. Conversamos entre nós e, como a Sra VisiteiGostei é hipertensa, achamos melhor não correr o risco e alugar uma mula para a subida vertical dos 7 km.

Para a reunião, a equipe de apoio nos forneceu lanches e um gostoso chocolate quente. Como já tinha começado a esfriar, atacamos no tal chocolate quente.

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Jantar do primeiro dia

A noite se iniciava e a temperatura começava a cair. Colocamos um agasalho e fomos para o jantar. De novo, comida gostosa e em abundância. Havia, inclusive, opção para vegetarianos! Só não ganhamos peso nesta viagem porque queimávamos o exagero com as longas caminhadas. Passados alguns minutos depois do jantar, todas as luzes foram apagadas, para que todos pudessem dormir.   Aproveite o tempo livre que tiver entre o lanche e o jantar para arrumar sua bagagem para o dia seguinte. Se não tiver lanterna nesta hora a coisa se complica!

Uma vez apagadas as luzes, fomos para fora do barracão apreciar o céu daquela noite em Soraypampa. Tentamos ficar bastante tempo admirando o firmamento, mas o frio não colaborou. Em poucos minutos, cada um tratou de retornar à sua barraca. A 1ª noite “sempre é” a mais fria de todas! Aliás, o frio da primeira noite só não foi maior porque as barracas encontravam-se dentro de um barracão. O barracão era fechado lateralmente com lonas plásticas e coberto com folhas de zinco, protegendo-nos do vento, da chuva e, consequentemente, de um frio maior. Se elas estivessem expostas ao tempo, como na 3ª noite, na certa congelaríamos.

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Noite em Soraypampa (foto de outro trilheiro)

Nossa foto do céu de Soraypampa não ficou boa. A falha foi não ter levado tripé na viagem e fotos à noite exigem este equipamento. Acredite, a foto acima não é montagem, o céu se apresentava tal como você está vendo.

2º dia) Soraypampa – Suyroqocha – Abra Salkantay – Challhuay (22 km)

Eram 5h30 quando os cozinheiros nos acordaram com um chá de coca bem quente, que desceu gostoso e se tornou um hábito também nos próximos dias. Fazendo muito frio, víamos a fumaça sair da chaleira dos cozinheiros. O objetivo deles era nos despertar, nos aquecer e nos energizar para mais um dia de caminhada, aliás, a pior dos cinco dias. Já havíamos lido em diversos blogs que a o 2º dia era o mais punk da trilha. Seria o dia que a gente sentiria os efeitos de caminhar em altitude. O rendimento é impressionantemente menor.

Choveu forte de madrugada e agradecemos a Deus pela existência do barracão protegendo nossas barracas. No entanto, para a nossa tristeza, ainda chovia um pouco quando acordamos. Pensamos o quão difícil seria o percurso do 2º dia: 22 km, com caminhada vertical, ponto mais alto da trilha, com frio e, ainda por cima, debaixo de chuva! Se tivesse jeito esperaríamos a chuva passar para iniciar a caminhada. Chegamos até a perguntar ao guia Carlito se iríamos esperar parar de chover, mas ele nos respondeu: “Ah, muchacho, hace parte de la experiencia!”. Como há uma programação, e esta tem que ser seguida, nos arrumamos e fomos tomar o café da manhã. Após o café da manhã, falamos ao Carlito sobre a intenção de alugar a mula. Ele nos conduziu até o “Señor de los caballos”. Pagamos e nos sentimos mais aliviados com a opção escolhida. Do nosso grupo, somente a Sra VisiteiGostei foi de mula, mas muita gente de outros grupos também não quiseram correr o risco e pagaram os PEN 100.

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

O barracão que nos protegeu

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Este grupo se deu mal…

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Já este se deu bem. Havia cama e teto solar no iglu!

Pontualmente 6h30, quando o Carlito, novamente em tom cantante, soltou a voz: “Muchachos… muchachos!”. Sabíamos que era hora de partir. Conforme solicitado pela equipe de apoio, deixamos as nossas bagagens na frente da barraca e fomos para fora do barracão. Para a nossa felicidade, havia parado de chuviscar. Pé na trilha. O pessoal que foi de mula saiu meia hora depois.

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

O grande problema era realmente a altitude. Algo muito óbvio acontecia: Quanto mais subíamos, mais cansado ficávamos! Chegamos num ponto que caminhávamos cinco minutos e tínhamos que parar para recuperar o fôlego, deixar o oxigênio entrar. Veja só o semblante do nosso filho na última foto acima, dá para perceber que lhe faltava ar naquele momento. A altitude realmente dificultava a nossa jornada. Já estávamos no meio das nuvens, mais de 4.000 metros acima do nível do mar.

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Subimos mais um pouco e alguns pingos de chuva começaram a cair sobre nós. Imediatamente, tratamos de colocar nossa capa. A chuva, que parava e voltava, não estava forte, tratava-se de um chuvisqueiro com ventania. Porém, num determinado ponto da subida, a danada acabou se transformando em “chuva de granizo”. O que estava difícil piorava com os granizos batendo no rosto da gente. Não podia parar de caminhar nem tampouco havia lugar para nos abrigarmos. Depois soubemos que o guia Carlito mudou de caminho porque estava chovendo bastante e a rota planejada inicialmente era perigosa nestas condições.

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Quando chegamos à metade da subida, com uma hora de caminhada, as mulas nos alcançaram. Já tínhamos sido avisados que deveríamos sair do caminho para deixá-las passar, livremente. Orientaram que, estando próximo a um precipício, era para ir para o lado do barranco e se encostar nele (!!!). As mulas adoram andar pelas beiradas e podem lhe jogar ribanceira abaixo. A equipe de apoio, para que não nos pegassem de surpresa, sempre gritava: “Mula! Mula!”. Depois disto, ao surgirem as mulas, tanto indo como voltando pela trilha, todos nós também gritávamos: “Mula! Mula!”. Querendo ou não, a gente era obrigado a parar e descansar um pouco, até elas passarem.

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Caminhávamos com grande sacrifício quando o nosso filho gritou: “Olha quem tá chegando!”. Era a Sra VisiteiGostei passando por nós montada numa mula, sem fazer nenhum esforço e dando tchau. Ela depois nos disse que, em contrapartida, passou um medo danado! Falou que as mulas andam mesmo beirando os precipícios e que quase sempre elas escorregam nas pedras do caminho. Só não caem porque escorregam com uma pata, mas as outras três ficam firmes no chão (rsss). A preocupação dela era despencar, com mula e tudo, num desses precipícios. Para sentir melhor o episódio da mula, assista ao vídeo.

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Continuamos a nossa trilha. Estávamos quase em Suyroqocha e  alguns poucos quilômetros de Abra Salkantay quando veio uma grande surpresa: Neve! Era só o que faltava! A gente sempre soube que brasileiro gasta o que não tem para ver neve, mas aquela hora não fazíamos nenhuma questão de sentir floquinhos brancos caindo sobre a nossa pele e roupa. Nevava e ventava! O rosto endureceu e as mãos congelaram! Quem tinha luvas rapidamente tratou de colocá-las. Eu, que não as levei nesta viagem, sofri naquele momento. Para se ter noção do que se passou, eu tive dificuldade em apertar o botão da câmera para tirar fotos ou filmar.

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

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Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Registramos um pouco da caminhada com neve.

Depois de 7 km de dura caminhada, chegamos a Abra Salkantay. Foi a passagem mais alta dessa trilha (4.630 metros), localizada entre duas enormes montanhas: Salkantay à direita e Humantay à esquerda. Objetivo atingido! Descansamos curtindo uma paisagem de tirar o pouco fôlego que ainda nos restava. Ficamos um pouco mais de uma hora contemplando a paisagem e ouvindo as explicações do guia Carlito sobre a espiritualidade do lugar. Ele, como quéchua, fez um ritual de agradecimento aos deuses. Momentos registrados em nossas mentes e câmeras e já estava na hora de começar a descer. Tiramos as últimas fotos com o Pico Salkantay ao fundo.

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

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Encerrou-se naquele ponto a ajuda das mulas do “Señor de los caballos”. Dali em diante, quem foi de mula estava por conta e voltaria a caminhar, da mesma forma como o fez no 1º dia. Para nosso consolo, a pior parte da trilha havia passado. Agora, quase todo o trajeto era descida ou plano. Quando nos deparávamos com alguma subida, esta era suave e não exigia muito de nós. Faltavam duas horas de caminhada para chegarmos ao local onde almoçaríamos.

 Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

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Carlito e Juanjo

A descida era, com certeza, mais fácil, mas um agravante para quem tinha problema nos joelhos. O Sr VisiteiGostei teve que administrar seus passos pela descida. Tendo operado os dois joelhos, não houve como não deixá-los inchados e doloridos depois de completada a descida por um solo irregular. Nossa nora e a Sra VisiteiGostei também tiveram seus joelhos inchados e doloridos. Naquele momento, alguns remédios do kit de primeiros socorros entraram em ação. Chegamos a Huayracpampa, o local onde foi servido o almoço do 2º dia. Já estávamos a 4.000 metros de altitude, 630 metros abaixo de Abra Salkantay, mas ainda sentindo frio. Carlito nos disse que mais um pouco que descêssemos começaria a esquentar. Enquanto almoçávamos, choveu forte, mas estávamos protegidos numa tenda simples, mas bem montada. Nos dois primeiros dias, fez mais frio do que nos outros e o pessoal da cozinha serviu como entrada, tanto no almoço como na janta, uma deliciosa sopa.

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu    Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Por sorte, a chuva parou logo após o almoço e pudemos prosseguir nossa caminhada sem nos molharmos. Continuamos a descida, passando de uma paisagem fria e montanhosa para uma mais cálida e de floresta.  Estávamos próximo do começo da alta região da selva amazônica. Nosso destino no 2º dia foi o acampamento Chaullay (2900 metros de altitude). Depois de um dia com oito horas de caminhada, chegamos ao Chaullay, onde jantamos e descansamos em nossas barracas.

3º dia) Chaullay – Sahuayacu – Santa Teresa (26 km)

Começamos o dia recebendo um chá de coca na porta da nossa barraca, pra não perder o costume.

Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Depois, tomamos o café da manhã, arrumamos nossas bagagens e colocamos as tralhas da nossa Família juntamente com as dos demais do grupo. Durante o café da manhã, o Carlito nos disse que só andaríamos até a hora do almoço, e que, depois disso, iríamos de Van até o local do acampamento, para deixar as coisas e ir às Termas de Cocalmayo. Carlito ainda falou que, após o almoço, nos despediríamos das mulas e da equipe de apoio, que só iriam levar nossas coisas até o acampamento e depois ir embora. O grupo fez uma vaquinha, agradeceu a eles pelo trabalho. Até que deu um dinheiro legal! A partir deste ponto da trilha, caso alguém necessitasse de uma emergência, poderia ser socorrido com mais facilidade, pois já estávamos bem próximo da civilização. Por volta de 7h30, quando o guia Carlito, novamente em tom cantante, deu seu comando: “Muchachos… muchachos!”. Partimos…

 Acampamento Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Relato Viagem Trilha Salkantay Machu PicchuRelato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Este dia foi um tanto quanto perigoso para nós. Andamos à beira de precipícios. Foi neste trecho que quase caímos ribanceira abaixo, ia ser fatal. Na quarta imagem, veja o espaço estreito que tivemos que passar. Alguns metros atrás e já havíamos passado por um espaço mais estreito ainda! Não houve quem não sentisse medo naqueles instantes.

 

Aumentou a quantidade de pedras no caminho no 3º dia. Descidas com pedras era o que precisávamos para inchar os joelhos ou torcer o tornozelo. Sendo grande a extensão do percurso (26 km), tomamos bastante cuidado. Ninguém torceu o tornozelo, mas não deu para poupar os joelhos.

  

Em um determinado ponto do trajeto, Carlito parou e nos mostrou algumas flores e sua importância dentro da cultura andina. Durante as explicações, ele fez um ritual inca e pintou com urucum o rosto dos trilheiros do grupo, numa saudação à Pacha Mama (do quéchua Pacha, “universo”, “mundo”, “tempo”, “lugar”, e Mama, “mãe”, “Mãe Terra”. É a deidade máxima dos Andes).

  

Vimos lindas paisagens nesta parte da trilha: a impressionante beleza da floresta amazônica, cachoeiras, os rios azuis oriundos das águas que escorrem das geleiras, pontes, flores multicores e plantações de quinoa, abacate, romã, café, banana e granadilla. Por sinal, a granadilla é muito parecida com o nosso maracujá doce. Através de pontes, cruzamos o rio Santa Teresa e uma variedade de pequenos riachos.

 

No trajeto, tal como havia falado o guia Carlito, começou a esquentar. Enquanto caminhávamos, íamos tirando as camadas de roupa que nos protegeram do frio da montanha. Amarrávamos as roupas na cintura e na mochila, de forma a ficar livre para poder andar com mais facilidade. Se demorássemos a tirar a roupa, a peça ficava ensopada de suor. É surpreendente como a paisagem muda rapidamente nestes dias de trilha: No 1º dia, caminhamos por uma estrada de terra seca e sol escaldante; no 2º dia, por montanhas nevadas e muito frio; e agora, no 3º dia, estávamos na úmida e abafada selva amazônica!!! Uma coisa ruim do 3º dia, pelo menos para nós que fomos no final do mês de setembro, foram os pernilongos. Sofremos com os pernilongos, mesmo utilizando bota, meia, calça e repelente! Colocar agasalho não dava, pois estava quente. Eles picaram os braços, pescoço, rosto e, no meu caso, até a careca! Passamos repelente por diversas vezes na trilha deste dia.

 

Depois de cinco horas de caminhada, chegamos a Playa Sahuayacu (2.200 metros) para o almoçar. Para nossa surpresa, havia cerveja neste local! Para aumentar, ainda mais, a nossa felicidade, eram Cusqueñas bem geladas. Sahuayacu possuía uma infraestrutura melhor do que a dos locais que paramos nos dias anteriores. Logo depois de ter descansado, seguimos o caminho de ônibus até o acampamento de Santa Teresa (1.700 metros), onde passaríamos nossa 3ª noite.

 

Assim que desembarcamos no acampamento, deixamos nossas coisas na barraca e já saímos de Van para o passeio das termas de Cocalmayo. Chegamos às termas por volta das 16h. O preço da locomoção custou PEN 10 por pessoa e a entrada nas termas PEN 5 por pessoa. A água das piscinas é bem quente e muito relaxante. Outra grande coisa deste passeio foi poder se lavar. Afinal, foram três dias de trilha e somente aquela hora estávamos tomando banho! Ainda não era um banho de chuveiro e sabonete, mas saímos limpos e aliviados das piscinas. A única coisa que não curtimos nas termas de Cocalmayo foram os borrachudos, que voltaram a atacar. Eram tantos que a única alternativa que tínhamos para escapar das picadas deles era ficar dentro das piscinas, com água até no pescoço. O fato de ter ido ao final da tarde também deve ter agravado a situação. As marcas deixadas em nosso corpo pelas picadas dos pernilongos na selva se completaram agora com as dos borrachudos.   Não se esqueça de levar uma toalha neste passeio. Estando quentes as piscinas e, consequentemente, o nosso corpo, todas as vezes que saíamos da água fazia muito frio. Ao sair da água, tem que se enxugar rapidamente e já colocar as roupas.

Termas Cocalmayo Tirolesa Santa Teresa Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Termas Cocalmayo Tirolesa Santa Teresa Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

De volta ao acampamento, serviram o lanche e, logo em seguida, a janta. Aconselhamos não abusar muito no lanche porque a janta costuma ser sempre mais gostosa. Durante o jantar, recebemos algumas explicações sobre o 4º dia, que tem como destino a cidade de Machu Picchu Pueblo, conhecida também como Aguas Calientes. O guia fez esta reunião para que todos soubessem que havia três opções para ir até o próximo ponto de encontro, um restaurante ao lado da hidrelétrica. Eram elas:

  1. Pegar uma Van, fazer a aventura da tirolesa de Santa Tereza e descer com o veículo até próximo do restaurante;
  2. Ir como acompanhante de quem faria a tirolesa, não pagando nada pela carona;
  3. Seguir a trilha a pé, passar pela hidrelétrica de Santa Tereza e encontrar com o pessoal no restaurante.

A grande vantagem de quem escolheu uma das duas primeiras opções foi não ter que carregar as bagagens+mochila até o ponto de encontro. Tanto a pessoa que foi na tirolesa como o acompanhante pode levar duas bagagens na Van. Como duas pessoas da nossa Família foram na tirolesa e outra foi como acompanhante, nossas cinco bagagens foram no veículo. Nosso filho e nossa nora foram caminhando.  O único problema foi que a Van não deixou as pessoas na porta do restaurante e elas tiveram que carregar suas bagagens+mochilas por uns 300 metros.

Após explicações do Carlito, os grupos se juntaram em volta de uma fogueira, ouviram música e beberam o quanto puderam! Quando batia o sono ou quando o trilheiro não aguentava mais beber, retirava-se para a sua barraca. A festa de confraternização varou as horas e só acabou de madrugada.

No acampamento da 3ª noite, não havia barracão para proteger nossas barracas e elas ficaram ao relento. Choveu durante a madrugada, mas a boa qualidade delas não permitiu que nos molhássemos.

 

4º dia) Santa Teresa – Machu Picchu Pueblo (16 km)

No penúltimo dia, acordamos com chá de coca às 6h30 e tomamos o café da manhã. Mal terminamos de escovar os dentes, ouvimos a voz do Carlito: “Muchachos… muchachos!”. Quem optou pela caminhada, como nosso filho e nossa nora, era hora de colocar o pé na trilha. Eles tinham por objetivo fazer toda a trilha e não quiseram ir ao passeio da tirolesa. Nós, juntamente com nossa filha, optamos pela aventura e fomos de Van. Colocamos as tralhas dos cinco da Família no veículo e fomos embora para a tirolesa de Santa Tereza. No caminho da tirolesa já pudemos perceber que aquele passeio seria uma loucura. Como o condutor da Van que nos levou já estava acostumado a passar por ali, ele andava rápido por uma estrada de terra, cheia de curvas e beirando os precipícios. Pelo tanto que subíamos já dava para ter noção da altura das linhas das tirolesas! Chegando à entrada, notamos que a organização do passeio era coisa “profissional”: bons equipamentos, guias ajudando a colocá-los e dando dicas sobre como iniciar, brecar, etc. Apesar de toda segurança, eu, Sr VisiteiGostei, amarelei na hora e não participei da aventura. No final, não passei de um mero acompanhante das meninas neste passeio. Falamos tirolesa, mas deveríamos dizer “tirolesas”, pois são cinco ou seis linhas. Na primeira linha da tirolesa elas foram sentadas, mas depois mudaram de posição. Ao iniciar a descida por outra linha, os funcionários do parque fizeram, novamente, a checagem dos equipamentos e reforçaram as orientações que foram passadas na entrada, tudo muito seguro! São 3 km divididos em cinco (ou seis?) linhas de aproximadamente 500 metros de extensão cada, esticadas a uma altura de 150 metros. Você facilmente alcançará mais de 100 km/h durante o percurso. Confira a seguir o vídeo da tirolesa.

Além das linhas, há ainda uma ponte que também é bem emocionante. Construída de corda e tábuas, semelhante à “ponte do rio Kwai”, complementa a aventura do passeio. Tudo é realizado sobre o rio Saqsara, em um local alto e muito bonito. Assista à travessia na ponte.

1ª) Cuidado com bonés, óculos, objetos nos bolsos e outros itens que podem cair durante a aventura. Se cair, já era!;  2ª) Leve um cadeado para trancar a mochila que você deixará no guarda-volumes;  3ª) Atente-se às orientações dos guias e respeite as regras;  4ª) Leve protetor solar.

Tirolesa Santa Teresa Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Tirolesa Santa Teresa Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Tirolesa Santa Teresa Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu Tirolesa Santa Teresa Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Tirolesa Santa Teresa Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Depois de duas horas na tirolesa, pegamos a Van e seguimos rumo à hidrelétrica de Santa Teresa. Descemos a uns 300 metros do restaurante e fomos caminhando até o ponto de encontro. Nosso filho e nossa nora, que já haviam chegado e nos esperavam, ajudaram a levar as bagagens e mochilas. Mesmo assim, foi um grande sacrifício carregar as tralhas! O que teve de legal naquele momento foi que da hidrelétrica já conseguíamos avistar a montanha de Machu Picchu.

Hidroelétrica Santa Teresa Tirolesa Santa Teresa Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu

Ao entrar no restaurante, logo tratamos de empilhar nossas bagagens num canto, sentar à mesa e tomar uma chicha morada geladinha, como não fazíamos há alguns dias. O restaurante era simples, mas a comida era boa e farta. Cada pessoa pagou PEN 100 pelo almoço+suco(chicha)+sobremesa. Terminado o almoço, deixamos nossas bagagens com o dono do restaurante, para que ele as despachasse, via trem, até o hotel onde ficaríamos, em Machu Picchu Pueblo. Não recordamos, mas acho que pagamos PEN 20 por volume. Ficamos com receio de deixar nossas bagagens com todos os nossos pertences para serem despachadas pelo proprietário do restaurante. Porém, como iríamos caminhando não havia outra opção. No final, constatamos que o serviço foi extremamente confiável, pois recebemos as bagagens no hotel. Nossa filha não quis deixar sua mochila para ser despachada e a carregou, com todo o peso que estava, até Machu Picchu Pueblo. Esta decisão lhe custou uma hérnia!

Partimos para a última grande caminhada da trilha, da hidrelétrica a Machu Picchu Pueblo. Muita gente que vai a Machu Picchu faz só essa parte da caminhada, o que já é muito legal para quem não tem pique ou não curte enfrentar uma trilha extensa.

Após o almoço, o guia Carlito convidou todos do grupo a iniciar a última etapa da trilha: “Muchachos… muchachos!”. Por três horas caminhamos pela linha do trem até Machu Picchu Pueblo. Foi um percurso bonito, com caminhada em chão batido e plano, à beira do rio Urubamba. Nós andávamos e nunca chegávamos ao nosso destino. Era mais fácil caminhar pelas vigas de madeira entre os trilhos quando não estavam cobertas de pedras. A linha férrea corria ao longo do rio, que era feroz! Havia ainda a opção de pegar o trem e, em meia hora, chegar a Machu Picchu Pueblo. Valor da passagem: US$ 25.

   

Enquanto caminhávamos, dois trens passaram. Eles buzinaram, alertando para que nos afastássemos dos trilhos. Caminhando ao longo desta seção, pudemos ver melhor a montanha de Machu Picchu.

Ferrovia Tirolesa Santa Teresa Relato Viagem Trilha Salkantay Machu Picchu  

  

Relato Viagem Machu Picchu Pueblo Águas Calientes

Ponto da caminhada que avistamos Machu Picchu Pueblo

Depois de muitos quilômetros caminhados, enfrentando frio, sol quente, chuva, granizo, neve, ar rarefeito, aclives e declives, pernilongos, borrachudos e perigosos precipícios… chegamos, enfim, a Machu Picchu Pueblo (Aguas Calientes).

Relato Viagem Machu Picchu Pueblo Águas Calientes

Relato Viagem Machu Picchu Pueblo Águas Calientes

Machu Picchu tanto pode ser escrito junto como separado (quéchua)

À medida que os integrantes do grupo chegavam à cidade, iam esperando os demais. Grupo formado (guia Carlito + 12 trilheiros), fomos todos para o hotel. Na área de check-in do hotel estavam as bagagens que deixamos para que o dono do restaurante despachasse. Cada um foi para o seu quarto, louco para tomar um banho de chuveiro e sabonete e poder deitar para descansar um pouco numa cama (!!!). Após um gostoso cochilo, saímos pelas ruas da cidadela. Tínhamos como objetivo: conhecer melhor a cidade; comprar alguns souvenirs e, o principal, comprar os bilhetes dos ônibus de ida e volta de Machu Picchu.

Relato Viagem Machu Picchu Pueblo Águas Calientes Relato Viagem Machu Picchu Pueblo Águas Calientes Relato Viagem Machu Picchu Pueblo Águas Calientes

Relato Viagem Machu Picchu Pueblo Águas Calientes  Relato Viagem Machu Picchu Pueblo Águas Calientes

Mesmo que você já possua os ingressos para entrar em Machu Picchu, saiba que, uma vez em Machu Picchu Pueblo, ainda existem alguns quilômetros para se percorrer para chegar à “cidade perdida dos incas”. O percurso pode ser feito de ônibus ou a pé. Se você for caminhando, vai levar de uma hora e meia a duas horas para percorrer os 6 km. Há uma subida muito íngreme com aproximadamente 1.200 degraus! Se resolver desviar dos degraus e for pela mesma estrada dos ônibus, o caminho ficará bem mais longo e você terá que tomar cuidado com os motoristas malucos que correm bastante e podem lhe atropelar neste caminho repleto de curvas. Ah, torça para não chover e ter que visitar Machu Picchu todo molhado! Se quiser economizar, poderá retornar caminhando, a volta é mais tranquila. Só tenha a certeza de que seus joelhos estão em ordem e “aguentam o tranco”. Optando por voltar a pé, inicie sua caminhada antes das 16h, para não ter que caminhar (degraus ou estrada) no escuro.

Relato Viagem Machu Picchu Pueblo Águas Calientes

Bilheteria onde são vendidas as passagens dos ônibus

Optando por ônibus, que leva 20 minutos, a coisa fica mais fácil. Você terá que desembolsar US$ 12/trecho, ida ou volta. A bilheteria funciona das 5h às 21h e os ônibus começam a rodar às 5h30. Caso adquira somente a ida e depois desista de retornar a pé, poderá comprar sua passagem da volta na bilheteria que fica em frente ao portão de entrada de Machu Picchu. Nossa Família se dividiu entre as duas opções: nosso filho e nossa nora foram e voltaram pela trilha; a Sra VisiteiGostei e a nossa filha foram e voltaram de ônibus; e o Sr VisiteiGostei foi de ônibus e voltou pela trilha. Somando-se esta distância à percorrida na trilha, acabamos andando mais de 100 km.   Para comprar os bilhetes você terá que levar o passaporte de todos os passageiros.

 No dia da ida a Machu Picchu, esteja o quanto antes no ponto da partida do ônibus, algo como às 4h. Você não faz ideia do tamanho que fica a fila depois das 4h30!!! Levante com sono, coloque a roupa rapidinho, esqueça o café da manhã do hotel e vá correndo pegar um lugar na fila! Você não se arrependerá deste seu sacrifício.

Quanto aos souvenirs, os compramos na feirinha que fica ao lado da estação de trem. Aliás, esta feirinha possui muitas barracas que comercializam de tudo. É um bom local para comprar e passear.

Como a janta do 4º dia estava inclusa no pacote, o Carlito levou os 12 do grupo (todos chegaram vivos e bem!) a um restaurante. Após a janta, fizemos uma vaquinha e demos uma gorjeta ao guia Carlito. Agradecemos o carinho que teve com cada um do grupo e nos despedimos deste que passou a ser um amigo. Com muita tristeza, demos adeus à pessoa mais bacana, mais pura e mais humana que conhecemos nesta viagem ao Peru. No final, nossa Família tirou uma foto com ele na parte debaixo do restaurante.

Fomos dormir cedo, estávamos cansados e teríamos um compromisso de madrugada.   Para o passeio em Machu Picchu, leve capa de chuva, agasalho (é comum esfriar na montanha do parque) e algo para comer (só há alimentos na saída).

5º dia) Machu Picchu Pueblo – Machu Picchu – Machu Picchu Pueblo (12 km, ida e volta)

Antes, era possível passar o dia todo em Machu Picchu. No entanto, visando a preservação deste sítio arqueológico o governo peruano dividiu as visitas em dois turnos: das 6h às 12h e das 12h às 17h30. Nós fomos no turno 1 e também um dos primeiros a chegar. Chegamos ao ponto de ônibus um pouco antes das 4h e pegamos um bom lugar. Mesmo chuviscando, já havia umas 20 pessoas na fila. Saímos no segundo veículo para Machu Picchu, uma vez que são micro-ônibus que transportam os visitantes.

Sítio Arqueológico Machu PicchuAssim que chegamos, fomos abordados por vários guias que ofereceram seus serviços, em inglês e em espanhol. Durante duas horas, eles explicam a história da “cidade perdida dos incas” e o significado e importância de cada edificação no santuário. Terminadas as explicações, os visitantes estão liberados para conhecer o parque por conta própria.

O portão de Machu Picchu é aberto às 6h. Chegar mais cedo é bom tanto pelo tempo que você pode permanecer no santuário como pela facilidade em se tirar fotos sem muita gente. O acesso ao parque é um pouco lento devido à quantidade de pessoas e aos trâmites de entrada. Em pouco tempo, os visitantes se distribuem e é possível curtir o local e tirar suas fotos tranquilamente.   Antes de entrar no recinto, utilize o banheiro que se encontra ao lado do portão da entrada. Dentro do parque não há sanitários! Caso esteja lá dentro e necessite usar o banheiro, vá até o portão de saída e explique ao segurança que irá sair, mas que pretende retornar.

Sítio Arqueológico Machu Picchu Sítio Arqueológico Machu Picchu Sítio Arqueológico Machu Picchu

Por falar em fotos, mostramos a seguir uma porção das que tiramos em Machu Picchu. Para caber a quantidade que queríamos e você ter noção do interior do parque, as colocamos em tamanho menor.

Sítio Arqueológico Machu Picchu

Sítio Arqueológico Machu Picchu Sítio Arqueológico Machu Picchu Sítio Arqueológico Machu Picchu Sítio Arqueológico Machu Picchu

Sítio Arqueológico Machu Picchu Sítio Arqueológico Machu Picchu Sítio Arqueológico Machu Picchu Sítio Arqueológico Machu Picchu

     

Llama Lhama Sítio Arqueológico Machu Picchu

Já estava incluso no pacote que compramos da agência de turismo, em Cusco, o ingresso para subir na montanha Huayna Picchu. No entanto, como havia muitas nuvens atrapalhando a espetacular vista da “Cidade Perdida dos Incas”, não valeu a pena escalá-la. Quem a conhece fala que ela possui um nível difícil de trekking e que não aconselha idosos, crianças e os que têm vertigem subirem na Huayna Picchu.

   

   

   

   

Antes da viagem, lemos em uma porção de blogs que se quisesse conquistar as lhamas era para levar banana, porque elas adoram. Ocorre que estes bichos devem estar enjoados de tanta repetição desta fruta, pois não comeram uma banana sequer da penca que levamos! A única coisa boa nisso foi que as bananas que levamos para as lhamas enganaram a nossa fome. Veja o desprezo da lhama na quarta foto.

Sítio Arqueológico Machu Picchu Sítio Arqueológico Machu Picchu Sítio Arqueológico Machu Picchu Llama Lhama Sítio Arqueológico Machu Picchu

Machu Picchu Machu Picchu Machu Picchu Machu Picchu

  

Machu Picchu

Ao sairmos do parque, nos dirigimos ao quiosque para carimbar nosso passaporte com a imagem de Machu Picchu. Não há funcionário para lhe atender, é você mesmo quem registrará o passeio no seu passaporte. Visitando Machu Picchu, não deixe de carimbar o seu passaporte.

Após, paramos na lanchonete, que também fica logo na saída. Nossa intenção era tomar um café, comer algo e poder descansar um pouco. Antes do regresso, uma foto dos famosos cachorros vadios que ficam em frente ao santuário.  A foto não chegou a registrar nem 1/3 dos cachorros que estavam dormindo no chão. (rsssss)

Uma bela visão de Machu Picchu

Uma bela visão de Machu Picchu

Voltando pela trilha, paramos num restaurante e resolvemos pedir um cuy (porquinho da Índia) para almoçar. Queríamos provar esta iguaria peruana. Durante o almoço, um músico parou na entrada do restaurante e tirou um belo som de música andina. Não deixe de assistir. Show!

 Após o almoço, fomos para o hotel. Descansamos um pouco, pegamos nossas bagagens e nos dirigimos à estação de trem, rumo a Ollantaytambo. Foi tranquilo embarcar, uma vez que já estávamos de posse das passagens do trem, que nos foi entregue no dia anterior pelo guia Carlito. A passagem para voltar de trem também faz parte do pacote que contratamos em Cusco.

Trem Perurail Machu Picchu

Trem confortável da PeruRail

O combinado foi que ao chegar a Ollantaytambo estaria alguém aguardando para nos levar, de Van, para Cusco. Deveríamos procurar por uma pessoa que estaria se identificando com uma placa nas mãos. Procuramos que procuramos essa pessoa e não a encontramos. Perguntávamos a outros motoristas que foram a Ollantaytambo fazer o mesmo serviço, mas nada de achar o nosso condutor. Quando tudo parecia perdido, seguimos uma pessoa que comprou o passeio na mesma agência e acabamos localizando o nosso motorista. Ufa, que susto! Acredite, ele já estava indo embora. Foi a única parte bagunçada do passeio. É muita gente descendo do trem e fica difícil saber quem é quem naquele momento.

Mais duas horas de viagem e chegamos a Cusco. De volta ao hostel, tomamos um banho, deitamos na cama e ficamos recordando, com saudade, o magnífico passeio que fizemos…  Caminhando pela trilha Salkantay, a visita ao santuário arqueológico de Machu Picchu, a “Cidade Perdida dos Incas”.

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