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P r a d o s, Minas Gerais

P r a d o s, Minas Gerais

Planejando sua viagem a PRADOS

Prados foi a nossa sede quando da visita às cidades históricas de Minas Gerais. Por serem relativamente próximos os destinos de viagem que objetivamos conhecer, optamos por ficarmos hospedados na fazenda de um conhecido e então fazermos bate e volta a estes lugares. A única exceção se deu com Ouro Preto, que, por ficar um pouco mais distante (152 km), achamos por bem dormirmos uma noite nesta cidade. Dos outros locais, Congonhas, Tiradentes e São João del Rei, saímos pela manhã, passeamos e retornamos a Prados no mesmo dia.

Além da curta distância entre as cidades, o lugar que ficamos nos motivou bastante a tomar esta decisão. Nossa hospedagem se deu numa gostosa fazenda, distante 2 km do centro de Prados. No local, além das áreas destinadas à pastagem e cultivo agrícola, há um casarão construído no século XVIII, lagos para pesca esportiva e até uma capela. A fazenda é referência na pecuária leiteira regional e um marco histórico para o município. Algumas fotos dela, antes de falarmos de Prados e seu povoado Bichinho.

Casal VisiteiGostei

Prados

Prados

Estrutura das paredes que sustentam o casarão centenário

Prados Prados Prados

Prados

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Prados

Neste post, você encontrará os seguintes tópicos:

   • Sobre Prados
   • Quando ir a Prados / Melhor época para visitar
   • Dicas de viagem: O que fazer em Prados

SOBRE PRADOS

Prados surgiu por volta de 1704, quando dois irmãos bandeirantes, Manoel e Félix Mendes do Prado, chegaram à cidade com uma comitiva de Taubaté-SP. O povoamento teve rápido crescimento com a influência dos forasteiros que ali chegavam a procura de ouro. A notícia do ouro fácil atraiu muitos paulistas para a região. Outra coisa que muito ajudou na expansão do povoado foi o fato de Prados ser passagem de tropas e boiadas daqueles que, do centro do estado, dirigiam-se para a Zona da Mata. Fazendo parte do circuito do ouro, Prados teve um papel importante na Inconfidência Mineira. Lá nasceram e viveram várias pessoas que participaram deste movimento, inclusive Hipólita Jacinta Teixeira de Mello, a única mulher inconfidente. Marília de Dirceu e Bárbara Heliodora são as personagens femininas de maior destaque, mas foi Dona Hipólita quem participou ativamente do movimento. Mulher letrada (algo raro na época!), ela era responsável pelas correspondências entre os inconfidentes.

Caminhar por Prados, cidade repleta de ladeiras, requer um certo preparo físico: o sobe e desce é constante. Mas bater perna tem seu lado bom, pois cada ruazinha revela construções históricas bem preservadas. É possível conhecer detalhes da história da cidade e de suas edificações sem ter um guia em mãos, pois há placas informativas (em inglês e português) nos imóveis e demais atrações. Muito legal!

O artesanato é uma das maiores fontes de renda dos pradenses. Em Prados, fabrica-se artesanato em madeira, ferro, palha, argila e tantas outras matérias primas. O artesanato pradense é bastante conhecido e é um dos atrativos para turistas e lojistas que vão a esta cidade mineira em busca desses produtos. A maior referência na produção de artesanato é um distrito de Prados chamado Vitoriano Veloso. Se você falar este nome muita gente dirá que não conhece, mas se disser “Bichinho” a coisa muda de figura. Bichinho é uma região que concentra grande quantidade de ateliês que produzem artesanato mineiro e é o lugar com maior variedade deste trabalho de todas as cidades históricas. Além de pousadas e lojas, as oficinas fazem da região do Bichinho um grande polo de produção de arte. As peças e pinturas nascem do aproveitamento de material de demolição e a qualidade destes trabalhados produzidos e garantem as exportações para vários estados do país e até para o exterior. Reserve um espaço no porta-malas do carro para levar alguns dos irresistíveis artesanatos deste vilarejo. Visita obrigatória para quem estiver em Prados, Tiradentes ou São João del Rei.

QUANDO IR A PRADOS / MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR PRADOS

É possível passear em Prados em qualquer época do ano. Somente como informação: chove muito de novembro a março; entre abril e outubro, as chuvas são muito escassas; nos meses de junho, julho e agosto, as noites costumam ser frias, com temperaturas abaixo de 10 ºC. Escolha a ocasião de acordo com a sua conveniência e possibilidade.  As cidades históricas, dadas as diferenças de altitude, frequentemente atingem baixas temperaturas durante todo o ano. Mesmo que sua viagem ocorra no verão, leve um agasalho para usar à noite.

DICAS DE VIAGEM PRADOS
O QUE FAZER EM PRADOS

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CASA SÔ MAMEDE – “Apontada como a casa mais antiga de Prados, este imóvel foi erguido na primeira metade do Século XVIII pelos bandeirantes Manoel e Félix Mendes do Prado, paulistas de Taubaté que, em 1704, fundaram o arraial minerador que deu origem à cidade de Prados. Pertenceu à Teresa de Souza Caldas e depois ao inconfidente Coronel Francisco Antônio de Oliveira Lopes, exilado em 1790. Ao longo do tempo, passou pelas mãos de vários proprietários, incluindo o conhecido alfaiate João Cardoso, carinhosamente apelidado de Sô Mamede.” – (Trecho extraído da placa informativa afixada no imóvel)

Prados

Casa Sô Mamede

Enquanto tirávamos foto da fachada, uma senhora que reside no imóvel, com de uma simpatia que não cabia em si, nos convidou para conhecer o interior da casa. Para não tirar a privacidade da família que se encontrava reunida, só adentramos à sala, aceitando “parcialmente” o convite feito pela moradora.  

Prados

Interior da Casa Sô Mamede

Próximo à Casa Sô Mamede, há outros imóveis do século XVIII. Alguns estão tão bem conservados que, se não fosse a arquitetura colonial, passariam como prédios edificados há poucos anos.

Prados

Imóvel vizinho da Casa Sô Mamede

CAPELA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS PRETOS – A partir da iniciativa da Irmandade do Rosário dos Pretos e com a utilização da mão de obra dos escravos, foi a capela de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos construída no final do século XVIII. A edificação se mantém original, com exceção da torre lateral, que foi adicionada posteriormente, na década de 40. Apesar da arquitetura e ornamentação serem simples, a capela é um marco do município e possui grande importância para a vida social dos pradenses.

Prados

Capela Nossa Senhora do Rosário dos Pretos

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CÂMARA MUNICIPAL – O belo casarão azul e branco é um dos destaques da arquitetura colonial deste município. “No início do século XVIII, o prédio pertenceu à Úrsula dos Reis, proprietária de minas de ouro no entorno do arraial. Em 1890, foi vendida a João Luiz de Campos, político responsável pela emancipação administrativa de Prados. Em 1940, foi doada à Santa Casa de Misericórdia, e a renda obtida com o aluguel era destinada à manutenção do hospital. O imóvel serviu a várias finalidade e abrigou o Ginásio São José até 1990, quando passou a sediar a Câmara Municipal e outros departamentos da administração pública de Prados.” – (Trecho extraído da placa informativa afixada no imóvel)

Prados

Câmara Municipal de Prados

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – “Construída entre 1712 e 1770, para substituir uma capela primitiva, a Igreja Matriz representa o sétimo passo da Paixão de Cristo. Foi ampliada, ainda no século XVIII, com a instalação do arco cruzeiro, da nave e dos altares laterais. A fachada sóbria, com elementos indígenas esculpidos sobre rocha gnaisse, contrasta com seu interior, que apresenta altares característicos da terceira fase do Barroco, estilo Rococó, introduzido a partir de 1760. Chamam a atenção as pinturas do forro da nave e da capela-mor, com predominância das cores vermelha e azul.” – (Trecho extraído da placa informativa afixada no imóvel)

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Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição

CASARÃO DA DONA HIPÓLITA – Do lado esquerdo da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição (para quem olha o templo de frente), está situado o Casarão da Dona Hipólita. “Construída no século XVIII, esta casa pertenceu ao Coronel Francisco Antônio de Oliveira Lopes e sua esposa Hypólita Jacinta Teixeira de Mello, que participaram da Inconfidência Mineira. Perseguidos, o Coronel foi enviado ao exílio e Dona Hypólita empreendeu todos os recursos jurídicos para manter sua propriedade depois herdada pelo filho adotivo Antônio Francisco Teixeira Coelho, o Barão da Ponta do Morro. Passou a abrigar o Fórum Municipal em 1892, após a emancipação da Vila de Nossa Senhora da Conceição de Prados.” – (Trecho extraído da placa informativa afixada no imóvel)

Prados

Lateral do Casarão da Dona Hipólita

Prados

Entrada do Casarão da Dona Hipólita

IGREJA DE SANTO ANTÔNIO – Diferentemente da maioria das igrejas das cidades históricas de Minas Gerais, esta possui uma arquitetura moderna, haja vista que sua construção data de 1967. As pedras dessa igreja foram extraídas da própria região. De fácil acesso, encontra-se localizada no bairro de Pinheiros Chagas.

Prados

Igreja de Santo Antônio

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CASA DA FAMÍLIA SILVA DE CARVALHO – “Primeira habitação construída em alvenaria de tijolos em Prados, sem a presença da taipa ou do pau-a-pique. Difere-se estilisticamente da arquitetura colonial pela fachada ornamentada e pelo jardim de acesso que demarca a transição entre a rua e a moradia. Não há referências semelhantes na cidade, exceto uma fazenda nas proximidades de Lagoa Dourada. Foi erguida para substituir uma outra residência, provavelmente por influência de uma família paulista para cá no início do século XX. Um de seus primeiros moradores foi Leôncio Ferreira da Silva.” – (Trecho extraído da placa informativa afixada no imóvel)

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Casa da Família Silva de Carvalho

CAPELA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – Na saída de Prados, para quem vai pegar a estrada rumo a São João del Rei e Tiradentes, está localizada a Capela de Nossa Senhora de Fátima. Datada de 1953, foi criada para atender aos religiosos daquele bairro de Prados. Passamos por ali diversas vezes e adorávamos quando haviam fiéis da Irmandade em comunhão no final das missas. Paramos rapidamente somente para tirar uma foto da sua fachada.

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Capela de Nossa Senhora de Fátima

SERRA DE SÃO JOSÉ – Serra de São José é o nome de uma obra feita por Deus para circundar as cidades de Prados, Tiradentes, São João del-Rei, Coronel Xavier Chaves e Santa Cruz de Minas. Com 12 km de extensão, a serra, que chega a atingir 1.400 metros de altitude, é uma Área de Preservação Ambiental coberta em sua grande parte pela Mata Atlântica. Muitos vão até o local para ver de cima a cidade de Prados, outros com o objetivo de fazer trilhas, a pé ou de bicicleta, e ainda alguns que se dirigem à serra para contemplar o pôr do sol.  1º) Não ande sozinho pela Serra de São José! Caso decida fazer uma de suas trilhas, contrate um guia. Soubemos que os caminhos são precários de sinalização, fazendo muitos visitantes se perderem pela mata, e que também há buracos nos trechos, alguns com até 30 metros de profundidade. Tais buracos foram criados pelos bandeirantes para a extração do ouro;  2º) Passe filtro solar e repelente, leve água e cubra sua cabeça com boné ou chapéu.

Prados

Trecho da Serra de São José que passa por Prados

No alto da serra, há um local de onde se pode ter uma visão panorâmica da cidade de Prados. O nome deste ponto turístico é Mirante do Cruzeiro. Com uma cruz de madeira que se ergue 12 metros da base do mirante, ele é tido como o lugar mais alto do município.

Prados

Mirante do Cruzeiro (foto cedida por outro blogueiro)

Estando em Prados, você verá pássaros por toda parte da cidade. Tirando os pardais, existentes em tudo quanto é lugar do mundo, as espécies mais numerosas são o canário da terra, o periquito e o canário do reino, que agora se misturam a outros pássaros comuns na região, como o joão-de-barro, o pica-pau e o beija-flor. Além da Mata Atlântica, caracterizada na Serra de São José por árvores altas e muita sombra, fatores como disponibilidade de alimento, locais para construírem seus ninhos e presença de cursos d’água contribuem para a presença destes animais na área urbana de Prados. Com aparências e cantos diversificados, tornam esta cidade histórica de Minas Gerais ainda mais bela. A seguir, algumas das espécies que fotografamos quando visitamos este destino de viagem.

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DICAS DE VIAGEM BICHINHO
O QUE FAZER EM BICHINHO

ATELIÊS – Em Bichinho, a pedida é explorar suas diversas oficinas de artesanato. Antes identificado com a agricultura e a pecuária, o lugar respira arte desde que, em 1991, o artista plástico Antônio Carlos Bech, o Toti, se instalou por lá e abriu a OFICINA DE AGOSTO. O espaço já chegou a ter 60 profissionais trabalhando. Hoje, conta com apenas 18, porque a grande maioria abriu negócio próprio. Bichinho conta com uma rua principal, onde é possível encontrar a maioria dos ateliês. Ficam praticamente um ao lado do outro. É artesanato para todos os gostos, vendido para dentro e fora do Brasil.

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Ateliê Oficina de Agosto, onde tudo começou

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Um dos trabalhos que merece destaque em Bichinho é o da FAMÍLIA JULIÃO, formada pelos irmãos Vicentina, Antonio, João e Itamar. Os irmãos cresceram vendo o pai produzindo arreios de cavalo e a mãe modelando bichinhos com barro e cera de abelha para eles brincarem, quando ainda eram crianças. Observador nato, o filho mais velho Itamar de Pádua Lisboa, mais conhecido como Itamar Julião, logo pegou intimidade com a madeira e com a modelagem. Começou esculpindo santos, até o dia em que um circo chegou à cidade e o inspirou a retratar animais. A partir de então, seu trabalho extrapolou as fronteiras mineiras e uma de suas obras, de 6 metros e 80 centímetros de altura, faz parte do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Falecido precocemente, Itamar Julião (1959-2004) fez história em Prados, deixando um importante legado artístico, não só para os seus familiares, mas também para toda uma comunidade. No município de Prados, mais de 700 famílias sobrevivem hoje do trabalho artesanal em madeira. Com formão em mãos, os familiares de Itamar Julião continuam no ofício, transformando toras de cedro em obras de arte.

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Trabalhos em madeira nos ateliês de Bichinho/Prados

 

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Duas feras e um leão

CASA TORTA – A ideia de erguer a casa nasceu do desejo do casal de viver em uma cidade com mais qualidade de vida junto com os dois filhos. E foi assim que chegaram em Bichinho, depois de deixarem para trás a agitação do Rio de Janeiro. A casa foi feita para despertar o lúdico. No espaço, que abriga um quintal e um café, as paredes coloridas estão repletas de frases de poetas como Manoel de Barros e Mário Quintana. Espalhados pela casa, jogos infantis, de tabuleiro, bonecos etc. 

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Casa Torta

IGREJA NOSSA SENHORA DA PENHA DE FRANÇA – Com sua construção concluída em 1771, Nossa Senhora da Penha de França é uma igreja do povoado de Vitoriano Veloso, localizada perto dos ateliês. Em 1949, a igreja foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

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Igreja de Nossa Senhora da Penha de França

MAZUMA MINEIRA – Outro famoso atrativo de Bichinho é o alambique Mazuma Mineira. No local, é possível realizar uma visita guiada pela fábrica, conhecendo todos os processos de produção da famosa cachaça. O local conta com uma loja oficial, que vende a bebida produzida pela Mazuma e outras iguarias, como doces e queijos. Neste mesmo espaço, é possível conhecer gratuitamente a adega onde as cachaças são armazenadas, além de participar de uma degustação. A visita dura cerca de 40 minutos e custa R$ 10,00 por pessoa. Mais informações no site oficial da Mazuma Mineira. Rua São Bento, 300 Povoado de Bichinho – Fone: (32) 3353-6624.

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Mazuma Mineira

TEMPERO DA ÂNGELA – Na hora que a fome bater, a melhor opção para almoçar em Bichinho é o restaurante Tempero da Ângela. O local oferece uma deliciosa comida mineira, servida sobre dois fogões à lenha, no estilo self service. O restaurante é tão famoso que já apareceu até no The New York Times! Contudo, vá preparado para pegar fila, pois o restaurante está sempre lotado! Não precisa se assustar, pois a fila de espera é bem organizada e há um barzinho, anexo ao restaurante, para tomar uma cerveja enquanto aguarda ser chamado. Vale a pena esperar. É possível se fartar de diversas delícias da culinária mineira por um ótimo preço. Os docin e o cafezin estão incluídos no valor do almoço. Rua Deputado José Bonifácio, 64 Povoado de Bichinho – Fone: (32) 3353-6624. 

Evite chegar tarde, pois, a partir de um certo horário, as cozinheiras se recusam a fazer mais couve refogada. A couve deles é uma delícia!

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