Salar de Uyuni e arredores
Planejando sua viagem ao SALAR DE UYUNI e arredores
Não queríamos apenas viajar; queríamos celebrar quatro décadas da nossa união. Com nosso filho, nora e netos, comemoramos nossas Bodas de Esmeralda no maior deserto de sal do mundo: o Salar de Uyuni. Símbolo da Bolívia e destino mais visitado do país, Uyuni fica longe do conforto e da civilização, e os perrengues não faltaram. Ainda assim, essa viagem superou nossas expectativas. Fomos presenteados com paisagens extraordinárias e vivenciamos experiências inesquecíveis: o Salar com seu deslumbrante espelho d’água, as belas lagoas altiplanas, montanhas com cumes nevados, gêiseres em plena atividade vulcânica e as relaxantes fontes termais. E há ainda muito mais para ver nessa região inóspita. Avisamos desde já: nenhuma fotografia faz justiça à verdadeira beleza do Salar de Uyuni. Sem dúvida, um dos lugares mais impressionantes que já visitamos.
Reunimos nesta página tudo o que você precisa saber e considerar para aproveitar ao máximo a experiência neste destino turístico único no mundo!
Casal VisiteiGostei
Neste post, você encontrará os seguintes tópicos:
• Sobre o Salar de Uyuni
• Quando ir ao Salar de Uyuni / Melhor época para visitar
• Como chegar à cidade de Uyuni
• Fechando o passeio com uma operadora de turismo
• O que levar
• Dicas de viagem: O que fazer no Salar de Uyuni e arredores
• Informações básicas para sua viagem
• Saúde
• Segurança
• Alimentação
SOBRE O SALAR DE UYUNI
Perto da Cordilheira dos Andes, na Bolívia, a maior atração turística é uma enorme planície de sal. Ela abrange uma área de mais de 10.000 km² e encontra-se localizada a 3.656 metros acima do nível do mar. Os habitantes locais chamam a enorme salina de “Mar Branco”. Uma enorme mancha branca pode até ser vista do espaço.
Esta vasta planície de puro sal branco, cercada por vulcões e ilhas pontilhadas por cactos de um metro de altura, forma uma das paisagens mais únicas do planeta. Na época das chuvas, essa depressão mais profunda do Altiplano enche-se de água, formando um imenso espelho, onde o céu e o chão se fundem. O Salar de Uyuni já foi um lago pré-histórico enriquecido com sal. Quando secou e a água evaporou, e esta enorme salina permaneceu como é hoje. Durante a estação chuvosa, a água flui do Lago Titicaca através de um sistema fluvial e lacustre até este Salar, inundando-0. A água, que tem apenas alguns centímetros de profundidade, dissolve-se e mistura-se com o sal da crosta salgada. Quando não há vento, esta enorme extensão de água reflete perfeitamente o céu do Altiplano acima.
Além de sua beleza deslumbrante, este vasto salar abriga sob sua camada de sal os mais ricos depósitos de lítio do planeta. A Bolívia deverá lucrar consideravelmente com a exploração dessa riqueza mineral, em parceria com China e Rússia. Em contrapartida, o futuro do Salar de Uyuni pode estar em risco. “Potências investirão US$ 1,4 bilhão na construção de duas fábricas para a produção e exportação de 50 mil toneladas anuais de lítio a partir de 2025.” — CNN Brasil
Sem pagar nada a mais por isso, faça suas reservas através de nossos links. Apoie este blog.
QUANDO IR AO SALAR DE UYUNI / MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR O SALAR DE UYUNI
O Salar de Uyuni é espetacular em qualquer época do ano, mas sua aparência depende muito de quando você o visita. Durante a estação chuvosa, de dezembro a março, o Salar se transforma num imenso espelho. Durante esse período, você pode esperar magníficas fotos de reflexo, muitas das quais o horizonte chega até a desaparecer. Você provavelmente já deve ter visto alguma dessas imagens no Instagram de alguém. Embora as visitas na estação das chuvas sejam particularmente interessantes para os fotógrafos, também existem algumas desvantagens em ir nesse período. A chuva faz lama e algumas rotas podem ficar intransitáveis. Tivemos este problema em nosso passeio e deixamos de conhecer a Isla Incahuasi, com seus enormes cactos, e também o Volcán Licancabur. Nossa viagem ocorreu na primeira semana de março, e nos agradou ir ao Salar de Uyuni neste período.
A estação seca na Bolívia se estende de abril a outubro, e é durante esses meses que as salinas se transformam em uma vasta paisagem branca, assemelhando-se a um cenário nevado. Neste período, corresponde ao inverno, quando as temperaturas noturnas frequentemente caem abaixo de zero. Relatos na internet ecoam que até mesmo europeus se queixam do frio insuportável do Salar. Mesmo durante o verão, é comum que as temperaturas noturnas permaneçam em torno dos 5 ºC, devido à altitude da região.
No gráfico abaixo, é possível ver, mês a mês, as médias de temperatura (vermelho) e de chuva (azul), obtidas com base em dados climatológicos de diversos anos.
COMO CHEGAR À CIDADE DE UYUNI
Existem várias maneiras de chegar às salinas bolivianas. Para chegar a Uyuni, a cidade mais próxima das salinas, você pode pegar um ônibus, trem, avião, off-road 4×4 ou uma combinação dos quatro alternativas de transporte. No entanto, as rotas mais comuns para Uyuni as são saindo de La Paz e de San Pedro de Atacama, no Chile. Nós optamos por percorrer os trechos São Paulo <-> Santa Cruz de la Sierra <-> Sucre <-> Uyuni, e é sobre ele que falaremos nesta página. Foi um pinga-pinga danado, mas teve um propósito. Uyuni também possui um pequeno aeroporto. Se você quiser economizar tempo e evitar as sinuosas estradas bolivianas, pegue um voo de uma hora de La Paz para Uyuni. Dependendo da época do ano, os preços dos voos podem variar entre Bs 850 e Bs 1.200 (Bs = bolivianos). A companhia aérea boliviana Amaszonas faz esta rota quatro vezes ao dia.
Santa Cruz de la Sierra (altitude: 400 metros) – Através de um voo decolando do aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos-SP, chegamos a Santa Cruz de la Sierra, a cidade mais populosa e o maior centro comercial da Bolívia. Fomos para nosso alojamento (Hotel Viru Viru 1), descansamos um pouco e partimos para uma volta pelo centro da cidade. Cambiamos o valor que achamos necessário para as despesas da viagem. Foi bastante interessante porque negociamos bolivianos abaixo do que eles pediam. Há várias casas de câmbio ao redor da praça principal. À noite, pegamos um Uber e fomos jantar no Restaurante La Casa del Camba, que serve comidas típicas bolivianas. Na manhã seguinte, nos dirigimos ao aeroporto de Santa Cruz para pegar um voo com destino a Sucre. Compre suas passagens Santa Cruz – Sucre – Santa Cruz com antecedência no site da BOA – Boliviana de Aviación.
Sucre (altitude: 2.800 metros) – Por volta das 10h, chegávamos à cidade de Sucre. Nosso principal objetivo era se aclimatar à altitude, antes de partir para Uyuni. Após deixar as malas no hotel (Hotel Recoleta Sur), fomos visitar alguns pontos históricos da cidade. No caminho, paramos no El Patio Salteñeria para comer as que são consideradas como as melhores salteñas bolivianas. Já era possível sentir alguns dos efeitos (ou todos, no caso do nosso filho!) que a altitude causava em nosso organismo: Aumento da frequência cardíaca, náuseas, dor de cabeça e fadiga. Na realidade, não batemos perna como fizemos em Santa Cruz de la Sierra. Uma vez que na volta passaríamos mais um dia em Sucre, fomos para o hotel descansar, para nos prepararmos para a viagem de ônibus que faríamos madrugada adentro. Vá a algum supermercado de Sucre e compre alimentos e bebidas que deverá utilizar em Uyuni. Principalmente água e papel higiênico.
Ao chegar à rodoviária de Sucre, procure o guichê da empresa que você comprou seus tickets. Diante da bagunça que é a rodoviária de Sucre, dá um pouco de trabalho localizar as companhias. Por isso, esteja lá com, pelo menos, 30 minutos de antecedência da partida do seu ônibus. Nós viajamos com a viação 6 de Octubre, partindo de Sucre às 21h em um carro leito. Uma viagem de oito horas bastante segura e confortável. Clique aqui para obter informações e comprar seus tickets de ônibus Sucre – Uyuni – Sucre. Adquira seus tickets com antecedência e não se esqueça de estar com o voucher impresso, para trocar no guichê pelo bilhete que lhe permitirá viajar.
Uyuni (altitude: 3.670 metros) – Eram 5h da madrugada quando chegamos à rodoviária de Uyuni. Fazia frio, mas já havíamos nos preparado e estávamos todos bem agasalhados, principalmente as crianças. Nenhum estabelecimento estava aberto, somente algumas pessoas oferecendo passeios. Afinal, é o momento em que os turistas desembarcam na cidade.
Saímos da rodoviária e fomos direto à Breakfast Nonis, uma cafeteria que abre bem cedo para receber os visitantes. Dá para usar banheiros, trocar de roupas, arrumar as bagagens e, é claro, tomar um café da manhã. O desjejum é saboroso, o preço justo e o atendimento sensacional. Um excelente lugar para aguardar as operadoras de turismo abrirem.
Uyuni oferece a paisagem mais incrível do país. Porém, todos os visitantes são aconselhados a não permanecer na cidade mais do que o estritamente necessário. O lugar é apenas uma estação de trânsito para viajantes e turistas que desejam conhecer o Salar de Uyuni e seus arredores. É chegar de madrugada e partir logo de manhã para o passeio.
FECHANDO O PASSEIO COM UMA OPERADORA DE TURISMO
A partir das 7h, você já pode iniciar sua pesquisa para escolher uma operadoras de turismo para contratar o seu passeio. Percorra a Av. Ferroviária e considere alguns pontos como preço, o que o passeio abrange, a estrutura da operadora e a segurança oferecida. Nós fechamos nosso passeio com a Tunkas Travel Bolivia, que fica ao lado da cafeteria Breakfast Nonis. Fale que está vindo pela indicação do site VisiteiGostei e eles farão um negócio bacana para você. A comunicação é realizada em espanhol ou inglês, mas o pessoal da operadora e os condutores acabam falando o “portunhol”. Uyuni possui em torno de 120 operadoras de turismo, tudo em função de 85% dos passeios ao deserto de sal começarem nessa cidade. Até 60 veículos saem todos os dias de lá na alta temporada.
Os passeios têm saídas todos os dias do ano, costumeiramente às 10h30, e as viagens mais comuns duram um ou três dias. Se você tiver pouco tempo ou estiver interessado apenas em visitar somente as salinas, o passeio de um dia será suficiente. Passeios de dois dias complementam o salar com as coloridas lagoas minerais da região, enquanto os de três dias você poderá ver tudo: o Salar de Uyuni, as lagoas, os desertos, os gêiseres, a fauna e os vales rochosos. Optamos e recomendamos o tour de três dias.
Todas as operadoras seguem mais ou menos o mesmo caminho, em uma ordem ligeiramente diferente. Existem diferenças principalmente na segurança dos veículos, na confiabilidade e nas competências linguísticas do condutor, na qualidade da alimentação e do alojamento e, por fim, no preço. Basicamente, você deve perguntar o que está incluso no preço, como galochas para andar no salar (estação chuvosa), saco de dormir etc. Os preços por pessoa para um tour de três dias custa entre Bs 700 e Bs 800. Como estávamos em seis pessoas, fechamos um tour privado com veículo e habitação exclusivamete para nossa Família. O passeio acabou saindo por Bs 650 para cada um de nós. Não há necessidade de fechar o passeio pela Internet, geralmente fica mais caro! Há ainda a desvantagem de não poder adiar o dia de início se o tempo estiver ruim e também a de não poder fechar um grupo com as pessoas legais que conheceu pelo caminho. Enfim, pesquise e negocie estando em Uyuni, haverá tempo suficiente para fazer isso.
O Tour Salar de Uyuni é, na verdade, uma gigantesca viagem pelo planalto boliviano, o chamado Altiplano. No passeio de três dias, você trafega por uma enorme área de sal, atravessa semidesertos solitários, passa por vulcões, lagos coloridos e uma exótica fauna silvestre. Um espetáculo natural segue o outro que, de tão fascinantes que são, os visitantes não sabem exatamente para onde apontam a lente de sua câmera. Em grupos de até seis pessoas (mais o motorista), as viagens são feitas em um veículo off-road 4×4, sendo, em sua maioria, Toyota Land Cruisers antigos. Uma sensação de aventura é inevitável. Os motoristas, e também guias, são responsáveis e muito bem treinados. Nós tivemos o prazer de conviver e sermos conduzidos por três dias pelo Flavinho, que, além de competente, é animado e de uma bondade imensa. Para que você tenha noção, os veículos rodam em torno de 580 km quando fazem o passeio de três dias.
O itinerário do Salar de Uyuni está sujeito a alterações durante a estação chuvosa, o que pode resultar no fechamento de atrações ou problemas de acessibilidade devido a inundações ou interrupções nas estradas.
O que está incluso no passeio – Transporte em um veículo off-road 4×4; condutor/guia falando espanhol (alguns poucos falam inglês); permissão para levar uma mochila e uma bagagem de até 18 kg, a qual irá sobre o veículo; duas noites de hospedagem em quartos duplos ou triplos (Conforme disponibilidade. Habitações simples, mas cama confortável e bastantes cobertas) com banheiros compartilhados; dois cafés da manhã, três almoços e dois jantares (refeições bem preparadas). Com exceção dos passeios VIP, cujo valor é bem mais alto, você poderá ser colocado em habitações compartilhadas para até quatro ou seis pessoas, sem aquecimento/calefação, mas com camas confortáveis e bastantes cobertores. Todos os banheiros dos alojamentos são compartilhados.
O que não faz parte – Seguro saúde; água; bilhete para acessar o Parque Nacional Eduardo Abaroa (Bs 150), a Isla Incahuasi (Bs 30), o banho nas fontes termais (Bs 6) e alguns banheiros que há no percurso do tour (+/- Bs 5). Tenha bolivianos (em espécie) para pagar estas atrações e banheiros.
O QUE LEVAR
√ Roupas quentes (faz muito frio à noite)
√ Calçados adequados (para explorar a paisagem entre gêiseres, lagoas e vulcões)
√ Traje de banho e toalha (para as fontes termais)
√ Capa de chuva (especialmente na estação chuvosa)
√ Dinheiro para cambiar
√ Óculos de sol (o branco do Salar reflete fortemente a luz solar e pode causar danos aos olhos)
√ Medicamentos de uso contínio e os que podem ser úteis
√ Medicamentos para o mal da altitude
√ Protetor solar (devido à altitude, a radiação UV é muito forte)
√ Protetor labial
√ Rinosoro
√ Câmera fotográfica/celular
√ Powerbank
√ Lanterna (muitos dos albergues possuem geradores que desligam à noite)
√ Acessórios para fotos em perspectiva (dinossauro, colher, etc.)
DICAS DE VIAGEM SALAR DE UYUNI E ARREDORES
O QUE FAZER NO SALAR DE UYUNI E ARREDORES
Até as 10h30 você terá que organizar o que ficará na sua mala e o que estará na sua mochila. É simples explicar: a mochila irá dentro do veículo, com você, enquanto que a mala será colocada no teto do veículo, coberta com uma proteção, e somente será acessada no momento que o grupo parar para a pernoite.
Dependendo de onde você inicia o passeio ao Salar de Uyuni, a direção do percurso e sequência das atrações deverá variar um pouco. No entanto, os pontos turísticos quase sempre fazem parte dos passeios que se dão pela região. O que pode realmente promover mudanças é a quantidade de dias do tour.
1º DIA
CEMENTERIO DE TRENES (altitude: 3.670 metros) – A primeira parada é no Cementerio de Trenes, o cemitério ferroviário, onde se encontram as primeiras locomotivas da Bolívia. Uyuni é hoje uma pequena cidade empoeirada, mas já foi um importante entroncamento ferroviário, principalmente quando se diz respeito ao tráfego de cargas entre a Bolívia e o Chile. Na década de 1940, depois do colapso da indústria local, a maioria das minas de metais preciosos foram abandonadas e as locomotivas e vagões deixaram de ser necessários. Hoje, cerca de 100 vagões servem como atração turística onde é possível subir e tirar fotos bacanas. Uma ótima oportunidade para conhecer o maior cemitério de trens do mundo!
MINERAÇÃO DE SAL EM COLCHANI (altitude: 3.656 metros) – Colchani, uma pequena aldeia às margens do vasto deserto do Salar de Uyuni, é habitada por pessoas cuja especialidade é a extração e processamento de sal, além da venda de souvenirs, constituindo suas únicas fontes de renda. Visitamos uma pequena empresa familiar com o intuito de conhecermos o processo de refino do sal por completo. Há ainda um pequeno museu, no qual são explicadas as etapas individuais da produção até o sal acabado.
Distante da civilização, esses habitantes enfrentam condições adversas, lidando com baixíssinas temperaturas, solidão e extensas jornadas de trabalho. Olhando os ombros dos trabalhadores do sal é possível descobrir um pouco da sua luta diária. O sal é retirado com picaretas e empilhado em montes cônicos, para secar. A matéria-prima é processada na aldeia de Colchani, à beira do deserto de sal.
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DESERTO DE SAL (altitude: 3.656 metros) – Após o almoço, seguimos a caminho do Salar de Uyuni, considerado por todos como sendo o grande destaque do passeio. O Salar não é apenas o maior, mas também o lago salgado mais alto do mundo. A bordo de um veículo 4×4, trafegamos pelo deslumbrante Salar de Uyuni. Apenas sal e céu. Parecia que o mundo havia se dividido em uma metade branca e uma metade azul escura. Esta extensão infinita oferece um magnífico cenário fotográfico. Basicamente, o Salar de Uyuni é bastante diferente na estação seca e na estação chuvosa. Na época das chuvas, porém, o deserto fica coberto de água, criando belos reflexos. Quem visitou o Salar de Uyuni na estação das chuvas e olhou para a superfície aparentemente interminável, brilhante e branca do lago salgado, na certa se maravilhou com a extraordinária superfície reflexiva. Uma experiência que nunca esquecerá na vida. A seguir, as fotos que tiramos falam por si só.
SESSÃO DE FOTOS COM PERSPECTIVA (altitude: 3.656 metros) – Como a sensação de distância e tamanho se perde no Salar de Uyuni, você pode facilmente criar uma ilusão aos olhos e tirar fotos muito engraçadas. Não há limites para a sua criatividade.
Os guias costumam levar alguns acessórios para tirar fotos hilárias. Flavinho, nosso condutor e guia, se esforçou muito e transformou tudo em uma verdadeira sessão de fotos. Ele tinha consigo um dinossauro alaranjado e uma panela com tampa. Por garantia, também levamos um dinossauro (verde) e aproveitamos as botinas e a mochila para criar mais fotos com perspectiva.
No final, nosso guia criou um vídeo com a senhora VisiteiGostei cozinhando a Família dela. Confira, ficou muito divertido. Gostosas e eternas lembranças da viagem que fizemos ao Salar de Uyuni. Procure usar roupas escuras se for tirar fotos no espelho do Salar, de forma que o reflexo se destaque.
HOTEL DE SAL PLAYA BLANCA (altitude: 3.656 metros) – O Hotel de Sal Playa Blanca não recebe esse nome por acaso. Tudo neste ponto turístico foi feito de sal: as paredes, mesas, cadeiras, camas etc. Apenas os colchões e travesseiros são em tecido. Há ainda algumas pequenas estátuas e esculturas, também feitas de sal. Se você não acredita no que vê, pode lambê-lo para ver por si mesmo. Trafegando pelos cômodos do Playa Blanca, é possível sentir um pouco de como era se hospedar neste lugar. Por questões de segurança de saúde, este hotel foi desativada, e o imóvel virou um museu no meio do Salar. Não paga para visitar, mas tem que consumir alguma coisa ou ir ao banheiro, que também é pago. Há, inclusive, uma loja vendendo souvenirs. Tudo realmente muito diferente e curioso, mas nada de estupendo, comparado aos demais locais visitados no Salar de Uyuni. O box do banheiro possui azulejos, pois o contato da água derreteria o sal.
Ao viajar para outro país, mantenha-se conectado de forma prática e acessível com a solução eSIM da Airalo. Diga adeus às altas taxas de roaming e à complicação de trocar chips físicos a cada destino.
PLAZA DE LAS BANDERAS (altitude: 3.656 metros) – Em frente ao Hotel de Sal Playa Blanca, encontra-se a Plaza de las Banderas. Uma floresta de bandeiras que foi construída como atração turística nas colinas de sal. Há bandeiras de diversos países e até de alguns poucos consagrados clubes de futebol. Nada de espetacular, somente um local para visitar rapidamente e tirar algumas fotos.
MONUMENTO DAKAR BOLIVIA (altitude: 3.656 metros) – O monumento Dakar Bolivia é uma enorme placa de sal que marca a passagem do famoso Rali Dakar no Salar de Uyuni, no ano de 2014. A criação do monumento do Dakar em Uyuni tornou-se um símbolo do deserto de sal. De acordo com o Vice-Ministério do Turismo da Bolívia, Uyuni recebeu mais de 300 mil visitantes estrangeiros neste ano, 20% a mais do que nos anteriores. Na loja de souvenirs do Hotel de Sal Playa Blanca e em diversas outras da Bolívia, você encontrará miniaturas do Monumento Dakar Bolivia. Para quem curte automobilismo e motociclismo, é uma grande oportunidade para adquirir lembranças do símbolo do Dakar Bolivia, que são únicas no mundo.
PÔR DO SOL NO SALAR DE UYUNI (altitude: 3.656 metros) – Assim que a tarde começou a cair, nosso guia nos levou a um local muito específico, onde ele já sabia que poderíamos curtir o pôr do sol do nosso primeiro dia de passeio. Foi simplesmente deslumbrante ver aquele cenário irreal sendo pintado com tons amarelo, laranja e vermelho. Como o céu mudou lentamente de cor, as nuvens foram iluminadas pelo sol poente e a paisagem ficou maravilhosa. Depois que o sol se foi, o vento e o frio chegaram com bastante força.
O primeiro dia do passeio terminou com uma janta e pernoite no Hotel Salt Paradise. Havia muita coberta na nossa habitação, e, com isso, não tivemos que congelar na noite fria do Salar. Não há como carregar seus dispositivos elétricos enquanto estiver no Salar de Uyuni e arredores. Os imóveis de sal só têm lâmpadas, mas não têm tomadas. Em alguns deles, o gerador é desligado durante a madrugada.
2º DIA
O segundo dia de passeio pelo deserto boliviano começou às 7h com um delicioso café da manhã. Em seguida, procedemos com a arrumação das malas, prontas para serem novamente acomodadas no teto do veículo. Tal como foi feito em Uyuni, sugerimos que coloque na sua mochila, que estará sempre ao seu lado e dentro do veículo, tudo o que possa vir a precisar ao longo do dia.
Deixamos o deserto salgado completamente para trás, e pegamos o caminho rumo ao topo das montanhas. A paisagem agora mudava a cada poucos quilômetros e fazíamos pausas regulares para tirar fotos e esticar as pernas.
A VIDA SELVAGEM NO ALTIPLANO – Embora os arredores do Salar de Uyuni possam parecer muito desertos à primeira vista, a fauna está bastante ativa nesta região. Na verdade, a vida selvagem prospera no ambiente hostil do deserto de sal, sendo um dos seus mais belos destaques. Essa região abriga uma infinidade de lhamas, alpacas, vicunhas, lebres andinas, raposas, pumas, emas, flamingos e muitos outros animais. A todo momento, nos deparávamos com esses animais pelos campos desertos. Vicunhas, por exemplo, cruzaram repetidamente o nosso caminho, embora sempre ariscas e mantendo uma distância segura de nós.
Nosso guia explicou que as lhamas têm donos, e que cada proprietário identifica sua criação colocando uma fita de determinada cor. Apesar de pastarem juntas, estão todas devidamente identificadas. Já as vicunhas, ao contrário, são selvagens e não pertencem a ninguém.
ISLA DE INCAHUASI (altitude: 3.822 metros) – Durante os meses de janeiro a abril, se produz o fenômeno climático conhecido como inverno altiplânico, um período de chuvas no Andes central. Por isso, é possível que o itinerário planejado mude e não se visite a Isla Incahuasi, lugar no qual existe a maior concentração de água durante a estação das chuvas. Infelizmente, estávamos lá neste período e não pudemos conhecer esta atração. De qualquer forma, passaremos as informações que temos sobre ela.
A Isla Incahuasi, também conhecida como Isla del Pescado ou Ilha dos Cactos, é uma reserva natural nos arredores do Salar de Uyuni. Cactos enormes de até 12 metros de altura, alguns com mais de 1.200 anos, crescem nesse lugar. Pagando uma taxa de 30 bolivianos, você pode entrar na ilha e passear entre esses cactos gigantes. Você tem cerca de uma hora e meia para visitar esta ilha rochosa com seus milhares de cactos.
ÁRBOL DE PIEDRA (altitude: 4.577 metros) – Os ventos agressivos na região do Salar de Uyuni provocaram erosões e acabaram por criar formações rochosas que agora parecem obras de arte abstratas. Se você caminhar pelas esculturas ficará surpreso com a ação da natureza. Dentre as esculturas, está a famosa Árbol de Piedra, uma pedra que lembra bastante uma árvore. É tão grande seu significado para o país que foi declarada Monumento Natural da Bolívia. Como a base é mais fina, não é permitido subir na Árbol de Piedra, de forma a evitar o desgaste.
LAGUNAS ALTIPLÂNICAS (altitude: de 4.186 a 4.278 metros) – Nosso segundo dia de passeio abrangeu visitas a algumas das muitas lindas lagoas dos arredores do Salar de Uyuni. A maioria delas encontra-se na Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa, que tem 7.147 km² de área, e é o parque nacional mais visitado da Bolívia.
No meio da paisagem castanha e árida, as cores das lagoas é algo simplesmente incrível! Inúmeras lagoas, como a Laguna Verde (altitude: 4.350 metros), a Laguna Blanca (altitude: 4.350 metros) e a Laguna Colorada (altitude: 4.278 metros), dentre outras, brilham em cores diferentes, quer seja devido às algas ou aos diferentes minerais que possuem. Dependendo da posição e intensidade do sol, estas lagoas podem mudar de cor.
A lagoa mais famosa do passeio é a Laguna Colorada, que brilha em seu vermelho mais lindo quando o tempo está bom. Infelizmente, venta bastante e faz muito frio neste ponto turístico, fazendo a maioria dos visitantes, congelando, retornar para dentro do veículo. Mesmo com toda sua beleza e inúmeros ângulos para boas fotos, ninguém aguenta ficar mais do que 20 minutos curtindo o lugar.
Presentes em quase todas estas deslumbrantes lagoas do altiplano, os flamingos são verdadeiros protagonistas, enriquecendo ainda mais esse cenário de rara beleza. Com suas plumagens em tons de rosa e vermelho, essas majestosas aves conferem uma aura de magia e encanto a essas paisagens únicas.
Por volta das 18h, chegamos ao albergue para tomarmos um banho, jantarmos e descansarmos. Esta foi nossa segunda pernoite. Mobiliado de forma simples e no meio do nada, o proprietário e funcionárias nos receberam com chá quente, biscoitos, carinho e um enorme sorriso no rosto. Havíamos almoçado bem neste dia, mas, mesmo assim, nosso guia não economizou no jantar. No geral, foi muito alimento para o casal VisiteiGostei e seus dois netos. Somente nós quatro porque, devido aos efeitos da altitude, a mais de 4.000 metros, nosso filho e nora sentiram dor de cabeça e enjoo, e acabaram ficando no quarto.
3º DIA
GÊISERES SOL DE MAÑANA (altitude: 4.850 metros) – O último dia do passeio teve início às 5h da madrugada, antes do nascer do sol, pois deveríamos vivenciá-lo entre gêiseres ativos. Foi difícil sair da cama neste horário, mas nosso guia sabia o porquê de pedir este sacrifício à nossa Família.
Algumas razões importantes pelas quais é recomendado ir aos Gêiseres Sol de Mañana logo no início do dia:
1ª) Atividade Geotérmica: Os gêiseres são mais ativos durante as primeiras horas da manhã, quando a diferença de temperatura entre o interior da Terra e a superfície é maior. Isso significa que você terá a melhor chance de testemunhar a impressionante atividade geotérmica, como jatos de vapor e água quente, que são menos intensos ao longo do dia.
2ª) Melhor Visibilidade: Geralmente, o clima está mais calmo e claro nas primeiras horas do dia, proporcionando melhor visibilidade para apreciar os gêiseres e as paisagens ao redor. À medida que o dia avança, pode haver aumento da neblina ou nuvens que diminuem a visibilidade.
3ª) Evitar Multidões: Visitando cedo, você pode evitar as multidões que podem se reunir nos gêiseres mais tarde no dia. Isso permite que você desfrute da experiência de forma mais tranquila e íntima, sem a agitação de muitos outros turistas.
4ª) Temperaturas mais Amenas: As temperaturas geralmente são mais amenas no início da manhã, especialmente em regiões de elevada altitude, como a dos Gêiseres Sol de Mañana. Isso pode tornar a visita mais confortável, já que durante o dia o sol pode ser muito intenso e o ar mais seco.
A quase 5.000 metros acima do nível do mar, visitamos mais uma atração incrível da Bolívia. Uma espetacular paisagem lunar com potes de lama borbulhantes, gêiseres ativos e uma cordilheira iluminada em laranja pela luz da manhã. Havia um cheiro de enxofre no ar, mas nada que tirasse a alegria e euforia que sentíamos naquele momento.
Um lugar com muita fumaça e crateras fumegantes cheias de lama fervente, a uma temperatura de 90 °C. Tenha cuidado para não cair em alguma destas crateras do vulcão fumegante. É melhor não chegar muito perto das fendas traiçoeiras e das fontes borbulhantes. Mantenha os olhos abertos ao caminhar e o cérebro ligado ao tirar selfies. Do contrário, seus sapatos serão cozidos pela lama quente fervente.
DESERTO SALVADOR DALÍ (altitude: 4.750 metros) – O Deserto Salvador Dalí é um grande deserto rochoso no meio do Parque Nacional Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Abaroa. Recebeu o nome do grande pintor porque lembra algumas de suas pinturas. Uma paisagem surreal que parece ter saído diretamente das pinturas do famoso artista espanhol. Localizado no altiplano boliviano, este deserto é caracterizado por suas formações rochosas e terrenos áridos que se estendem até onde a vista alcança. As cores vibrantes das montanhas contrastam com o azul intenso do céu, criando uma cena digna de uma obra de arte. Este deserto de 110 km² é um dos destaques da região. Parece que os contornos das rochas foram pintados. Eles parecem suaves, quase curvos, e os arbustos amarelos brilhantes são como um pequeno toque de cor no deserto sempre marrom.
TERMAS DE POLQUE (altitude: 4.400 metros) – Onde há muito vapor, as fontes termais geralmente não ficam distantes, e isto ocorre também nesta região. Você pode se aquecer nessas fontes termais depois de mais um dia de passeio. Os que desejarem podem tomar banho na água agradavelmente morna das Termas de Polque. Puro bem-estar, com vista para os vulcões circundantes. É preciso esforço para ficar só com o maiô no frio, mas os agradáveis 30 °C da água da nascente e a experiência de nadar no deserto valem a pena.
INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA SUA VIAGEM
Visto – Brasileiros não precisam de visto para estadas a turismo de até três meses na Bolívia. Devido ao acordo entre os países do Mercosul, podem viajar o país portando somente o documento de identidade ou passaporte. Mais informações, consulte os sites Mundo dos Vistos e Do you need VISA.
População da cidade de Uyuni – Em torno de 30 mil habitantes.
Idioma – A Bolívia tem mais de dez idiomas oficiais, mas o mais falado é o Espanhol (castelhano).
Moeda – A moeda local é o Boliviano (BOB). Consulte a taxa atualizada.
Para uma viagem mais segura e prática, é recomendável optar por alternativas como Cartões de Viagem. O cartão Wise, por exemplo, permite carregar dinheiro em diferentes moedas de forma digital, facilitando na hora de pagar e sacar em suas viagens internacionais. Evite transportar grandes quantias em dinheiro e reduza os riscos de transtornos ao viajar para outro país! Saiba mais sobre o Cartão de Viagem Wise.
Vacinas – Não há nenhum requisito especial quanto à entrada, mas, caso passe por regiões onde há floresta tropical, é prudente estar vacinado contra a febre amarela. A Bolívia não oferece assistência médica gratuita para turistas, nem em casos de emergência. Por isso, é altamente recomendada a contratação de um seguro viagem para quem pretende viajar pelo país. O seguro tem um custo baixo.
Eletricidade e Tomadas – A Bolívia opera em correntes de 220 volts e tomadas nos tipos A e C.
SAÚDE
A cidade de Uyuni está a 3.670 metros acima do nível do mar. Algumas pessoas que não estão acostumadas a essas alturas elevadas podem ter dificuldade em respirar assim que lá chegarem. Esse sintoma chama-se soroche. Procure algum estabelecimento que lhe venda chá de coca, muito bom para aliviar a sensação. Se a tontura persistir, masque folhas de coca ou tome um remédio chamado Sorojchi Pills. Ele é barato e é encontrado em quase todas as farmácias da Bolívia.
As instalações públicas bolivianas são muito precárias, sendo necessário contar com hospitais privados. Leve seus medicamentos de uso contínuo (se tiver) e, por precaução, os que podem ser úteis durante sua estada nesta cidade, já que no exterior costuma ser difícil comprar remédios sem receita médica. Não é recomendado beber água da torneira na Bolívia! O saneamento básico no país é mais precário que o nosso, e beber água ou sucos naturais pode desencadear fortes dores de cabeça ou problemas gastrointestinais, já que nosso organismo não tá acostumado.
Contratar um Seguro Viagem é algo importante para a tranquilidade e segurança de qualquer viagem. O seguro oferece cobertura para situações inesperadas, como problemas de saúde, acidentes, perda de bagagem, cancelamentos de voos e outros imprevistos. Além das precauções, todo visitante deve ter contratado um seguro de viagem para ingressar em 26 países da Europa, nos Emirados Árabes, Catar, Austrália, Rússia, Cuba, entre outros. Compare planos e encontre os melhores preços das principais seguradoras no site da Seguros Promo.
SEGURANÇA
Violência – Os roubos são uma rara exceção durante o passeio pelo Salar de Uyuni e seus arredores. Os quartos compartilhados não podem ser trancados e não há armários, mas quem roubaria seu próprio grupo de viagem? Os proprietários vivem do turismo, e, por isso, não têm interesse em ganhar má reputação, nem os operadores turísticos! Já em grandes centros, como La Paz, você deve estar atento a tudo o que ocorre à sua volta. Não facilite.
Trânsito – Os acidentes são muito raros no Tour Salar de Uyuni, pois a velocidade máxima já é baixa devido à falta de estradas e quase não há tráfego em sentido contrário na interminável salina.
ALIMENTAÇÃO
Durante sua viagem ao Salar de Uyuni e arredores, será fácil perceber como a culinária mantém viva a história do lugar. Ao contrário do que você pode ter ouvido, a comida boliviana é muito mais do que apenas arroz e feijão. Produzidos principalmente a partir de uma mistura de cozinha espanhola e ingredientes indígenas, os pratos tradicionais geralmente são adequados para o clima alto e frio no Altiplano. Juntamente com carne, milho, ovos e batatas, um dos ingredientes mais utilizados na cozinha boliviana é a quinoa. Procure conhecer restaurantes que ressaltem tanto a comida como os alguns costumes típicos da Bolívia. Se você gosta de cerveja, não deixe de provar a Paceña e a Taquiña, fabricadas com água da Cordilheira dos Andes. Elas são realmente ótimas!
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